Tchau, Chapecoense

2 Postado por - 21 de setembro de 2014 - Artigos

O nosso último encontro com a Chape esse ano deu um gostinho de “ah, já vai? Fica, vai ter bolo”. Duas vitórias contra eles. Dois jogos onde o principal jogador foi o Barcos – com dois gols no primeiro e assistência de cinema ao Luan no segundo. A defesa do goleiro deles foi qualquer coisa, também, viu. Que saída. Mas o Dudu não deixou a jogada ser esquecida e fez o gol com um foguete rasteiro (que ainda bateu na zaga e na trave, pra dar mais emoção). Baita resultado, mesmo em uma rodada não muito boa para nós – importante para essa semi pedreira que enfrentaremos nos próximos três jogos (Fluminense e Botafogo fora, São Paulo em casa).

Emoção essa que faltou na maior parte do jogo. Fui surpreendido na expectativa: esperava o time de Santa Catarina jogando fechado. Como não fizeram, o primeiro tempo acabou ficando fácil, até, com várias chances desperdiçadas. Uma muito boa com o Luan, num contra-ataque, e outra com o Dudu. Nos dois lances, chiadeira total. Na primeira, o Dudu entrava pelo meio. Na segunda, acho que era o Biteco que chegava. Só que, nos dois casos, havia muito espaço para finalizar e foi o que fizeram. Eu acho que fizeram certo. Não dá para ficar pedindo pra passar quando chutam e para chutar quando passam. Tem que se decidir. Eu prefiro o chute a gol, sempre, quando livre daquele jeito. Não houve muita chance dos catarinenses, além de um chute de fora que passou bem perto. E o Zé, quase tirou o atraso dos gols de falta.

Dudu, autor do gol. Foto do Lucas Uebel, via Flickr do Grêmio Oficial

Dudu, autor do gol. Foto do Lucas Uebel, via Flickr do Grêmio Oficial

No segundo tempo, a Chapecoense veio pra cima. Aí a gente precisava segurar bem atrás e partir bem para o contra-golpe. Mas acabamos sendo mais envolvidos do que seria normal. Logo no início, Felipão trocou de volante da linha de quatro, botando o Riveros no lugar do Bastos. A intenção provável: parar o meio de campo deles. O resultado não foi exatamente esse. Com três meias, a Chapecoense conseguiu ter a bola por mais tempo, embora sem obrigar o Marcelo a fazer alguma grande defesa. Por outro lado, tivemos várias chances de fazer o gol e matar o jogo. Porém, uma série de erros no fim da jogada levaram o Felipão à loucura.

Tanto que foi xingando muito que ele botou o Fernandinho e, logo depois, o Lucas Coelho. Esse sim, em um contra-ataque quase igual ao que ele meteu uma bola na trave do Santos na quinta, ele perdeu a chance, optando por não passar para o Fernandinho e o Biteco, livres na direita, ao perder a bola para o zagueiro. Não havia garantia que ele conseguiria o arremate, ele acreditou demais no seu futebol, e não foi feliz. No fim, a impressão que me deixou esse jogo foi que, embora o ataque tenha produzido muito mais que nas outras partidas, faltou capricho.

Agora é jogar no contra-ataque no Rio contra o Fluminense, sem Biteco e Geromel. E que sigamos com o bom retrospecto contra os cariocas.

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2 + comentários

  • Felix Nuñez 22 de setembro de 2014 - 10:11 Responder

    Sem Geromel preocupa, mas enfim, temos jogado melhor explorando os contra ataques, sem necessidade de propor jogo.

    Na verdade o que mais gostei até agora são as entrevistas do Felipão. Não que eu entenda alguma coisa de futebol, mas o pós jogo dele sempre bate com o que penso. E vi que ele está enputecido com a melhora ZERO nas bolas paradas e nos erros de passes. Só discordo dele no não aproveitamento do Ruiz, que mesmo lento e as vezes irritante, para mim tem espaço para entrar no segundo tempo. Mas acho que o Bigode conhece mais que eu.

    Esse G4 vai ser embolado até o fim do ano. Temos que ficar no bolo para no fim tentar um sprint a lá Bigode.

    Os próximos 3 jogos já poderá nos dizer o que realmente ambicionaremos nesse campeonato.

  • Jones 22 de setembro de 2014 - 16:49 Responder

    Eu prefiro que passe a bola para um companheiro melhor colocado. O Dudu entrava no meio da área, onde sempre é melhor de concluir a gol (se não fosse, a marca do pênalti não seria onde é).

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