O Giuliano tem sido muito importante para o Grêmio desde que voltou ao time. Isso por fazer uma função bem específica, que pouco conseguíamos fazer: o toca e corre, e, quando não dá pra correr, bem, cuida dela, gira, inverte jogo. É um meia atacante clássico, um cara da onde se espera velocidade e finalização mas também se vê uma ajuda na criação e jogadas de força na recomposição. E, além disso, temos visto ele fazer gols. Já são três jogos seguidos onde ele resolveu com três gols e uma assistência.
Temos um time que dilui as ruindades. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)
Mas se isso anda acontecendo, também é verdade que o Grêmio tem ajudado muito o Giuliano desde que ele voltou ao time. Não que tenha jogado pra ele, por ele, como já fizemos em outras épocas com outros jogadores. Se o Grêmio desses últimos jogos tem uma virtude, é ser um time. Se a falta de habilidade, a afobadice e as limitações técnicas mantém o Marcelo Oliveira no time isso é resultado direto de haver um time. Não há como conseguir vitórias seguidas com individualidades incompetentes e pura birra de treinador. É preciso resultado positivo, é preciso boas partidas, um time para compensar os defeitos. E é mais ou menos como o time do Grêmio é hoje: nenhum dos seus jogadores é craque (talvez o Grohe, que não tá na sua melhor fase), mas o time está encorpado, então temos muitos destaques.
Temos coletividade, mas também temos mais qualidade que no ano passado. Maicon está mostrando que é umas 15 vezes melhor que o Fellipe Bastos. Douglas é o armador que não tínhamos no ano passado (e de bônus temos o Lincoln de reserva). Só perdemos o drible sem o Dudu, mas ganhamos em bola na rede, já que o nosso atacante não era muito afeito a esse papel. Obviamente estamos apenas começando, pode dar errado, o ano é longo. Mas o Felipão não perdeu a mão. Onde eu achei que era difícil há quase um mês, ele conseguiu. Mudando algumas peças, mas conseguindo o respeito de todos os garotos por dar oportunidade.
E temos reforço por entrar. Cristian Rodriguez é um igual ao Giuliano – forte, rápido, aparece na área e sabe segurar a bola. Ambos sabem recompor o meio. O 4-2-3-1 de onde parte o Grêmio tem condições de evoluir ainda mais. E as individualidades aparecerão ainda mais. Só precisamos ver o que o Felipão fará com o Bastos. Eu deixaria alegremente no banco.
