Sim, eu joguei a toalha quarta-feira passada. Ao final daquele jogo, em que nada funcionou e que parecia que nem com uma intervenção divina a gente conseguiria fazer um gol, eu não tinha ânimo nem pra ter esperança de reverter o quadro no jogo de volta. A impressão é de que a fatura tinha sido fechada já no primeiro jogo. Só que o tempo foi passando, o dia da revanche se aproximando e aquele sentimento de que VAI DAR foi crescendo. Aí fui procurar na história motivos pra alimentar o sentimento.
Não faz muito tempo desde a última vez que perdemos uma em casa por 1-0 e revertemos fora, foi no ano passado mesmo. O Criciúma venceu na Arena e devolvemos lá, com direito a gol do Pedro Rocha e vitória nos pênaltis. Ok, mas o Rosario não é o Criciúma e a Libertadores não é a Copa do Brasil. Tanto que nunca revertemos situação similar na Libertadores. Na história dela, das 60 vezes que o time da casa perdeu a primeira partida, só em 11 conseguiu reverter. Complicadíssimo.
Os Canallas não vencem em casa desde 23 de março, quando fizeram 1-0 no valoroso Sarmiento de Junín. Depois disso, foram 2 derrotas (Velez e Gimnasia) e um empate com o Palmeiras. Mesmo que tenham poupado os titulares no último jogo, é bom saber que não são imbatíveis em casa. Tem gente que gosta, mas eu tenho sérios problemas com tabus: quando é contra a gente, parece uma barreira intransponível. Quando é ao nosso favor, parece ser tão frágil que não tem como se manter.
Pra esse jogo, Roger teve uma semana inteira pra preparar o time, ao contrário do que aconteceu na semana passada, quando teve tempo só pro pijama training – sdds Luxa. Só isso já dá um fio de esperança maior do que tinha naquela noite fria em frente ao portão A da Arena. Nosso treinador é estudioso e confio muito na capacidade dele de colocar em campo um time organizado e a postura necessária pra gente voltar a sonhar. Não precisa voltar muito no tempo pra lembrar de quanta bola esse time já jogou e se dar conta de que é totalmente possível repetir atuações como as que teve contra a LDU.
Mas talvez nada me dê mais esperança que aquele gol do Lincoln no San Lorenzo. Aquela estrela não pode ter brilhado por acaso.
Eu joguei a toalha, mas meu gremismo não quer deixá-la cair.
Vamos, Tricolor! Tu vais vencer!