Grêmio Libertador

Um Grêmio COPERO: empate em 1×1 e rumo às Semifinais.

Rumo às Semifinais! Depois de um jogo muito complicado, com muita catimba e com o REGULAMENTO embaixo do braço, jogamos melhor na soma dos dois tempos e classificamos para enfrentar o Cruzeiro na semana que vem. Everton foi o nome do jogo com um gol em passe do Douglas, que estava sumido até o Grêmio mais precisar. Perdemos o Grassi lesionado e o jogo ganhou contornos de épico. Um Grêmio COPERO como há muito não se via. Ainda dá tempo de erguer um caneco em 2016.

Um primeiro tempo onde o Grêmio flertou com o perigo por 49 minutos.  A proposta era clara, defender atrás da linha da bola e articular contra-ataques. O Palmeiras, de tanto enfrentar o Grêmio, pela primeira vez veio com um centroavante. E isso, parece, não era bem o que o Grêmio esperava. Gabriel Jesus bem aberto nas costas do Edílson deixou  o time imprestável naquele lado. Com Marcelo Oliveira sendo Marcelo Oliveira, as melhores chances do adversário foram todas pelo lado esquerdo.

Tivemos zero de articulação. Douglas se livrando da bola, Luan caindo, Ramiro perdido, Walace e Maicon sem saber se atacavam ou defendiam. Só não vou perguntar onde o Pedro Rocha estava porque perdeu a única chance que criamos chutando ridiculamente. O ataque adversário de ligação direta deixava qualquer tentativa de ataque nossa com um peso do medo do contraataque. Esse freio de mão puxado foi a tônica. E o Renato não estava gostando nadinha disso. E, por incrível que pareça, o Grassi não precisou fazer defesa alguma, embora três chances claríssimas do Palmeiras nesse terceiro quarto do jogo.

Mas estávamos com o regulamento embaixo do braço. Para fazer um gol era preciso mudar: entrar o Miller no lugar vago pelo Douglas e o Everton no vago do Pedro Rocha, por razões óbvias de contraataque. Mas o Renato optou por esperar mais um pouco e mandou o mesmo Grêmio para o quarto tempo da partida. E aos 40 segundos outra grande chance, roubada de bola e triangulação entre Douglas e Luan, que botou o 10 na cara do gol. Mas o goleiro estava esperto e meteu pra lateral. Aos 2, Luan fez grande jogada e errou o passe pro Walace, com o goleiro mais uma vez se adiantando. E acabou sendo pressão. Aos 3, Marcelo Oliveira quase faz de cabeça, o goleiro salvou pra escanteio.

Aos 5, porém, a merda pegava preço. Em bola aérea, erro do Geromel que não conseguiu tirar e do marcador do zagueiro deles que estava tomando um refri (era o Maicon, que estava marcando em zona como disse o Alex). Não viu a bola ser mandada no cantinho do Grassi. Resultado que ia tirando o Grêmio da Copa do Brasil. Era preciso empatar. E o Grêmio foi pra cima. Aos 12 minutos boa jogada do Edílson e foi a vez do Walace forçar o goleiro a fazer mais uma defesaça.

Aos 15 saiu Pedro Rocha (ele entrou?) e o Everton foi pra campo. No primeiro lance já começou a carregar a marcação dos adversários e empurrar o Palmeiras pra trás. Aos 20, expulsão direta do monitor+CPU do Palmeiras. Ele entrou no meio do Everton, que estava limpando dois jogadores. No mesmo momento tivemos que trocar outra vez de goleiro no meio de um jogo, entrando o Leo no lugar do lesionado Bruno Grassi. Tinha que empatar e o jogo ganhava contornos dramáticos.

Na jogada da falta, Ramiro pegou ela no segundo pau e deu uma paulada goleiro que o goleiro pegou novamente. O Palmeiras botou um monte de jogadores defensivos, chamando o Grêmio pra dentro. O Grêmio tinha paciência e agora era a vez do Palmeiras catimbar. Aos 25 Renato foi expulso reclamando disso. Mas antes de sair ordenou: “bota o Miller”. O equatoriano entrou aos 28 no lugar do Ramiro.

Era muita posse de bola. Muita catimba dos parmera. E aos 30, girando a bola de um lado pro outro, Douglas pegou na intermediária da direita, carregou dois marcadores e lançou o Everton na ponta esquerda. E ele fez exatamente o que todos os torcedores do Grêmio pediam ao mesmo tempo em suas casas. O MONSTRO EVERTON PEGOU, CORTOU PRA PERNA DIREITA E ESTUFOU A REDE. Era o gol da redenção.

Tivemos ainda três chances de gol incríveis perdidas por displicência ofensiva. Mas nada disso importa. Estamos na semi-final e enfrentaremos o Cruzeiro já na semana que vem.

Pobres porquinhos.

PS: Como é bom eliminar uma TORCIDA HOMOFÓBICA. Gritar “bicha” em tiro de meta é assumir que é imbecil o suficiente pra se achar melhor que outra pessoa só pela sua orientação sexual. Mais uma vez isso foi SOLENEMENTE ignorado pela TV paladina da justiça. Ironicamente fomos eliminados exemplarmente nessa fase pra ver esta vista grossa vergonhosa.

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