Grêmio Libertador

Um Grêmio muito superior: vitória em Minas

Um Grêmio muito superior desfilou categoria hoje no Mineirão. A vitória de 2×0 foi gigante. Se em casa o importante é não levar gols, fora de casa deixa é obrigatório marcar. E criamos uma situação super tranquila para a partida de volta. Um Grêmio Copero, do cala-boca, do queremos a Copa. No confronto dos Higlanders, dos maiores vencedores da competição, só pode haver um. E o Grêmio vai indo muito bem para mostrar quem é que é mestre de Copas do Brasil. Uma vitória lá depois de 18 anos. Agora é lotar a Arena no dia 2.

Um primeiro tempo de luxo do Grêmio. Aquele camaleão copero que sabe se adaptar às cores do jogo mais uma vez se manifestou. “O time do Grêmio dá a bola pro adversário”, eles disseram. Pois bem, o time foi senhor da posse de bola. Com passes de lado, cadenciando a partida e encontrando espaços o tricolor foi imensamente superior que o seu adversário.

Se foram poucas chances de gol, bem, elas foram praticamente todas do Grêmio. Tirando a primeira cagada que o Edílson fez, criando a única oportunidade do adversário – bem defendida pelo Grohe. De resto só o Grêmio. Teve bolas de fora com bastante perigo: duas do Edílson e uma do Ramiro. Essa última até mostrou um lance absurdo: o goleiro espalmou, Pedro Rocha protegeu a bola e ela saiu pra lateral. O juiz deu pro Cruzeiro.

Mas o resultado já estava construído em uma jogada que calou a boca de 90% dos cornetas do Grêmio do Renato. Se contra o Galo no ano passado, ali mesmo em Minas, o Grêmio do Roger ensinou como contra-atacar, esse do Renato, contra o Cruzeiro, ensinou como abrir uma defesa até fazer o gol. Aquele que não sabe treinar mudou o posicionamento do Douglas pra esse jogo – tava mais adiantado que o normal e encontrando os espaços entre linha da defesa. Isso acabou com a ideia de defesa do Mano Retranca.

E foi assim, com superioridade numérica na intermediária do adversário que o Grêmio ficou com a bola por uns um minuto inteiro, trocando a bola de lado, de pé em pé (23 toques de bola até o chute) até ela ir para a esquerda. O último e decisivo foi do Luan, depois de dominar, para meter um GOLAÇO de cobertura pra abrir o marcador. O Grêmio não foi só superior: foi amplamente superior.

Luanel luanelizou. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr).

Para o segundo tempo voltamos sem o capitão Maicon, que saiu com dores no tendão. Em seu lugar entrou Jaílson. Mano não acreditava tanto no Pedro Rocha que tirou o lateral e botou um atacante. Logo o início duas boas chances do Cruzeiro. A primeira em falta do Kannemann frontal que o Cruzeiro meteu pra fora. Depois em um contra-ataque 4×2 que o Sobis bateu e desviou no Geromel pra defesa do goleiro. Foram aqueles 15 minutos esperados de pressão do mandante.

Mas era claro que o Grêmio perdia em posse de bola com a ausência do Maicon. Mas ainda restava o contra-ataque: bola lindamente roubada no meio, Ramiro recebeu em condições e lançou Douglas. Naquela posição mais adiantada, matador, centroavante, tocou no cantinho e fez o 2×0. Aí os outros 10% de corneta simplesmente desfaleceram. Renato, Douglas e Luan mandaram beijos pros críticos.

Aí o Grêmio foi usar a camisa de copero e abriu mão de ser superior. Com a superioridade no marcador, ficou descaradamente atrás da linha do meio de campo amorcegando a partida. Em um lance bumba-meu-boi uma bola cruzada pelo Sobis ia chegar livre no centroavante, mas aí o Pedro Geromel tirou. Em seguida, saiu o Pedro Rocha e entrou o Everton. A ordem das coisas me lembrou aquele velho ditado de dois Pedros, duas medidas.

O Grêmio praticamente não sofreu sustos até o final do jogo. E com mais chances de fazer o gol em contra-ataques. Kaio ainda entrou no lugar do Luan,  para fazer a função que fez contra o Santos. E a vitória veio tranquila, incontestável. Agora são os reservas contra o Figueirense e foco na classificação pra final.

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