Mais uma vez jogamos contra um time retrancado de Caxias do Sul. Porém, ao contrário daquele outro dia, agora conseguimos fazer os gols. Como eu falei naquele jogo, repetimos a boa partida. Mais uma vez tivemos chances de gol no meio de onde não parecia haver espaço. É uma evolução em relação ao ano passado. Ainda mais da forma como foi hoje. Claro, o primeiro gol(aço) foi de bola parada do Douglas, como deve ser quando a gente está encarando um adversário voltado para desarmar. Temos uma bola parada 200% melhor que 2014.
Yuri Mamute, contra todos os prognósticos (e alguns torcedores) mais uma vez mostrou por que era titular na base enquanto o Lucas Coelho ficava no banco como terceira opção. Pode não ser um cara de movimentação, com vantagem em bolas aéreas e tal. Mas é muito bom para criar espaço na força, na raça. E, recebendo um presente, mostrou que não é mal agradecido. A bola enfiada pelo Douglas foi qualquer coisa de fenomenal. A vitória pessoal no corpo, calma para driblar o goleiro e fazer o gol. O cara abre espaço. Não vai ser titular, obviamente. Mas é muito melhor que o que tínhamos.
O nosso terceiro gol da noite* foi resultado direto da insistência do new Pará. Marcelo Oliveira roubou a bola, avançou com gana e foi premiado por um rebote do goleiro no chute a gol bem batido pelo Everaldo, que fez uma boa arrancada. Aliás, essa marcação pressão do Grêmio que funcionou muito, foi outra coisa que me agradou muito. O posicionamento avançado forçou o time deles a bicar a bola. Quando cedemos espaços, voltamos a mostrar alguns velhos problemas (como a bola aérea defensiva, não uma falha só do Marcelo Grohe, já que o Oliveira só olhou pra bola). E escancarou o péssimo hábito dos volantes não saberem dar bote algum no campo defensivo. Parece que, com medo de fazer faltas, só avançam sobre a bola na hora da pressão. Isso precisa ser arrumado e, talvez, seja o motivo da vinda do Maicon.
Douglas foi o cara do jogo. Se movimentou muito, triangulou, correu, passou. Calando algumas bocas. Giuliano foi quem apareceu pouco, mas se movimentou bastante e abriu espaços. Menção honrosa para o Marcelo Hermes que, mais uma vez, mostrou qualidade para servir de opção – algo extremamente necessário em jogos retrancados. A parte boa é que seguimos em evolução.
Editado: como bem lembrado pelo Vinícius aí nos comentários, a ordem dos gols foi: Douglas, Marcelo Oliveira, Caxias e o último do Mamute. A ordem da descrição deste texto não obedeceu a ordem do acontecimento dos gols. Nem havia citado o gol que levamos até esta edição.