Grêmio Libertador

Uma alternativa para o ataque

Criou-se um senso comum de que o Grêmio não faz gol, este é o primeiro ponto a ser analisado. Nós fizemos gols, o problema é que criamos várias oportunidades de marcar mais e não a aproveitamos, este sim é o nosso problema.

Roger consolidou nosso ataque em cima da movimentação do quarteto final. Jogadores estes que não têm em sua característica principal a função de matador. Mesmo assim, devido ao bom esquema adotado pelo técnico, conseguimos criar boas chances em todos os jogos.

Analisando o mapa de calor do último jogo (veja abaixo), fica claro que temos dificuldade em chegar na área adversária. Mesmo levando em conta que jogamos o segundo tempo inteiro com um a menos, na etapa inicial isso pouco ocorreu. Luan, que na teoria é o nosso jogador mais avançando, volta muito para buscar o jogo e cai pelas laterais, o que nos deixa sem presença na área. Além do mais, Pedro Rocha é jogador de lado, Douglas pouco passa além da meia lua adversária e Giuliano é um condutor de bola.

Movimentação gremista na partida contra o Fluminense

Nossos laterais, quando passam para apoiar e recebem a bola, têm em nosso quarteto final uma opção que não é a melhor: a dos atacantes ocupando a entrada da área. Note em nossos jogos como ocupamos de maneira tímida o terreno perto do gol adversário.

Bobô é uma opção para mudar um pouco este quadro. Sobre o jogador, de tímida passagem no futebol brasileiro, tenho pouco a falar. Porém, não é qualquer um que consegue a façanha de ser o maior artilheiro estrangeiro da história do Besiktas.

Já com nome no BID, creio que Bobô deve ser aproveitado no Grenal, e digo mais, gostaria de ver ele iniciando o jogo, e muito pelo fator surpresa que isso causaria. Com o andamento do campeonato e todo mundo entendendo como jogamos, seria uma boa ‘quebrar’ um pouco nossa estrutura de jogo.

Luan, nosso falso 9, sai muito da área, atuando pelos lados

Além do mais, penso que nossa dificuldade em marcar mais gols e ter uma presença massiva na área adversária pode ser solucionada com a entrada de Bobô. Particularmente, gostaria que Roger adotasse o 4-2-3-1 sem Douglas como um dos três meias, deixando o time mais rápido e dinâmico.

Fato é que ganhamos um reforço, ao que tudo indica, de qualidade no setor ofensivo. Um leque de opções de nomes e esquema será fundamental não só para o clássico, mas para Brasileirão e Copa do Brasil.

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