Grêmio Libertador

Vitória e topo da tabela

Não tem ninguém na nossa frente na tabela do Brasileirão 2016. Se isso pode soar ufanista demais, não é problema meu. É início de campeonato? Sim. Mas não ocupamos essa posição fora da primeira rodada desde a temporada de 2008. Isso é tempo a dar com pau. E se considerarmos as tendências de não ficar muito longe da maior posição (com o Roger não caímos de terceiro por mais de 25 rodadas no ano passado) já dá pra esfregar a mão para o que vem por aí.

O jogo em si não foi complicado, mas também não foi a barbada que alguns queriam. O Coritiba usou a receita Rosário de jogar contra o Grêmio, colocando o time pra defender em 4-3-3. A diferença é que eles não tem um Marco Ruben na frente e nem sabem fazer uma pressão intensa. Por outro lado, o Roger já demonstrou que tem o antídoto anotado. Hermes e Edílson pisavam na linha lateral do campo para ampliar o campo. Embora nos impedindo de chegar no ataque, eles também ficaram bem longe da nossa goleira.

Isso deixou a torcida bem nervosa. Nosso primeiro chute a gol veio lá pelos 15 minutos, com o Edílson, de fora da área e sem pretensão. Se eles não chutavam e só enrolavam em campo, sem querer o jogo, nós também pouco criamos até os 30. Durante todo esse período o Roger tinha me ouvido entrou em campo com o Giuliano na direita, colocando o Everton na esquerda. Foi só ele trocar os dois para o Grêmio crescer e começar a chegar na frente. Em resumo, mais uma vez eu estava errado e o comandante não.

Primeiro uma boa triangulação em roubada de bola para o Maicon, que, bem aberto pela esquerda, tirou para a direita e cruzou pro Everton acertar a rede pelo lado de fora (eu gritei gol, confesso). Depois, em outra bola apertando o adversário, conseguimos encontrar o Walace entre linhas, que meteu uma paulada pra fora. Aí teve o patético episódio da torcida vaiando o Maicon e, logo em seguida, o nosso gol. Triangulação rápida pela esquerda, Hermes lançado pelo Giuliano e cruzando na medida para o Everton dar de centroavante e enfiar um toquinho nas redes.

Entramos o segundo tempo com a mesma formação. Eles começaram a chutar de fora, quase sempre sem perigo. Nós também não oferecíamos muito risco, até um passe primoroso pro Luan, que surgia na centroavância. Porém, quando deu o toque e ganhou na velocidade do zagueiro, foi derrubado. Mas o juiz não deu nada. Aí em um escanteio, bola tocada para o Everton que deu um pique e uma meia lua num marcador, depois em outro e partiu em direção ao gol. Quando ingressou na área novamente levou a carga e, finalmente o juiz deu o pênalti. Luan cobrou e deu números finais ao jogo.

Luan fazendo o seu terceiro no campeonato. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Tomamos uma bola na trave em uma cobrança de falta e um chute com muita força da intermediária, mas no corpo do Marcelo, que conseguiu se colocar bem na frente da bola. No mais, a partida foi tranquila. Controlamos o adversário e tivemos as melhores chances. Um adversário que veio para amarrar o jogo, catimbar e defender. Só pra lembrar, com essa mesma postura eles fizeram 6 pontos na gente no ano passado. Juntou-se na Arena o bom resultado e a atuação consistente contra o último tipo de adversário que faltava.

Agora falta só a Arena lotar. 12 mil pessoas foram testemunhas do retorno do Grêmio ao primeiro lugar da maior competição do Brasil. Eu tava lá. No próximo final de semana, espero que tu também esteja.

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