Foi uma ótima vitória no Paraná, a quinta fora de casa, por 2×1. Com pressão no final, mas o que é um jogo sem emoção, não é? Até o encerramento desse post, o Atlético Mineiro estava perdendo e o Corinthians empatando. Ou seja, pra rodada ser melhor, só derrota (ou ao menos não vitória) de Flamengo e São Paulo, amanhã.
O treinador do Atlético fez o mesmo que o Osório: colocou um volante (não um zagueiro) para impedir a movimentação do Luan e do Douglas pelo meio. Porém, inseriu mais dois volantes e dois meias, pra tentar chegar lá na frente só com o Walter. Só que ele não se deu conta de duas coisas. Em primeiro lugar, o Grêmio estava jogando fora de casa, ou seja, não precisava criar. E como a qualidade dos jogadores não é a mesma, foi até bem fácil controlar as estocadas adversárias. A melhor chance deles veio em um cruzamento com cabeçada pra fora.
No primeiro lance de coletividade, o Grêmio puxa um contra-ataque pela esquerda com o Fernandinho, que cruzou pro Luan deixar o volante sem pai nem mãe com uma janelinha e lançar o Douglas sozinho pra balançar as redes. Note-se que o Wallace infiltrou no espaço do Fernandinho no momento do passe, puxando o zagueiro que deu posição pro nosso 10 ficar livre. E esse ainda desviou a bola do goleiro, pra dar pacote completo. Depois disso, uma pequena pressão, com uma bola perigosa do Walter defendida. No fim, outra boa bola trabalhada e cruzamento do Galhardo, mas ninguém conseguiu concluir.
Quanto ao pedido de pênalti: a bola realmente bateu na mão do Edinho. Na verdade, depois de explodir na barriga do volante as mãos dele descem (estavam estendidas) e tocam na bola quando ela está saindo em direção ao meio do campo. Como já falei, eu daria tiro livre indireto, no máximo. O juiz, nem isso deu. Grohe teve que sair por sua “dor de pescoço” e o Erazo fez uma coisa tão feia que nem merece menção.
Se todo o mundo achava que o Grêmio ia se fechar pra controlar o jogo na segunda etapa, teve certeza antes dos dois minutos. Passe curto do Erazo, bom toquinho do Edinho para tirar o volante e fazer a bola chegar para o Giuliano que meteu outra bola perfeita para deixar o Luan livre para fazer o seu sexto no campeonato e o segundo do Grêmio. O Atlético mudou mais uma vez e a gente seguiu controlando a partida sem pressa.
Aos trinta, depois de grande período de vazio de oportunidades, contra-ataque, Marcelo Oliveira chegando atrasado e bola muito bem enfiada para o atacante acabar com o Tiago: 2×1. Aos 37, saiu pra catar borboleta, viu que era repetida e voltou. A sorte é que o gordo Walter não alcançou. Fernandinho era lateral, Marcelo Oliveira zagueiro, Giuliano volante. Mas um lance de perigo só nos acréscimos, aos 47. Gordo Walter bateu, gordo Tiago pegou. Nem goleiro aos 48 e 50 resolveu. Pressão – mas naquelas.
Fim de jogo, mais três pontos na conta, e é o que interessa.