Grêmio Libertador

Vitória no talento

Entramos em campo oficialmente já classificados para a Libertadores de 2016. Não que a gente não soubesse faz tempo, mas, a matemática, essa danada, ainda apontava um percentual mínimo de chance de dar merda até as 21h30 do dia 28/11. Então o jogo até que valia pouco. E sem Giuliano, um cara que perdeu só três jogos no campeonato, e toda a movimentação que as pessoas não costumam enxergar mas que fazem toda a diferença no time.

Aí o nosso primeiro tempo foi de razoável para ruim. A torcida pode ver o quão ruim é jogar sem o oito ajudando na articulação. O problema foi tão grave que só se resolveu com o Luan saindo da frente para tentar fazer alguma coisa junto com o Douglas, mais uma vez, bem marcado. Mesmo assim, no início, apenas as jogadas por ele chegavam até a frente. Até o time ver que o Luan genérico (do Galo) abria um espação quando tentava pressionar o Marcelo Oliveira. E tinha um lateral fraco na defesa atrás dele. Resultado: todos os nossos lances perigosos até o gol vieram por ali.

E foi naquele lado que o juizinho começou a complicar a nossa vida. Aos 10 minutos, pênalti CLARO pro Grêmio. Em um cruzamento pra traz, Rafael Carioca estava se deslocando com os braços abertos quando a bola bate num deles, desviando a bola e matando o lance. O juiz nada deu. Porém, na primeira derrota do Roger no comando do Grêmio, no Morumbi, esse mesmo juizinho deu pênalti e cartão amarelo nesse lance:

Logo em seguida, pela SEGUNDA VEZ NA TEMPORADA, o Grohe saiu de jogo por uma contusão que o departamento médico já tinha liberado. Isso é simplesmente inadmissível. Se o cara não está 100%, como é que vai pra campo? Mas quando tudo parecia caminhar para um desastre, boa jogada na ponta pelo Marcelo Oliveira, que cruza para o Everton. O guri mete um corte  no zagueiro e uma bola  no cantinho do Victor. 1×0. E só deu Grêmio. Uma boa enfiada de bola do Douglas ainda deixou o mesmo atacante em condições de chutar, mas a bola foi pra fora.

E tudo ia bem até o juiz voltar à cena. Dátolo recebe a bola, avança pra área e dá um drible no Geromel que, fora da área, põe a mão na cintura do atleticano, que adianta demais e se joga dentro da área, pedindo pênalti. E o apitador deu. Eu não tenho certeza do agarrão, tenho certeza que foi FORA da área e a mais absoluta convicção que Péricles Bassols ingressou de vez na Galeria de Grandes Ladrões. Gol deles. Em um lance que era um contra-ataque 4×3 nosso, onde o Pedro Rocha não passou para o Luan que partia livre pela esquerda e perdeu a bola que resultou na jogada descrita no início desse parágrafo

Voltamos para o segundo tempo colocando o Bobô no lugar do Pedro Rocha. Só pelo Pedro ser uma pedra, porque não era jogo para centroavante. E o resultado foi: tomamos uma pressão pesada. O Atlético tinha o domínio do meio de campo, o Douglas não conseguiu mais nada e o Luan ficou preso na esquerda, onde produz pouco. E as coisas se encaminhavam para a complicação total quando o Grêmio conseguiu uma boa triangulação e o Ramiro levou falta. A bola bateu no Bobô, impedido. E o juiz marcou impedimento.

Felizmente, a marcação absurda foi revista. Se o Ramiro tomou uma  falta, era impossível marcar o impedimento. Aí Luan, no talento, atirou uma bola rasteira no cantinho do Victor, que aceitou mais uma vez. 2×1.

Luan marca o gol da vitória. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Ainda tomamos outra baita pressão depois que o Douglas saiu. Ele, que tomou amarelo por levar um soco na cara do 8 deles, que também tomou amarelo no lance, e não joga contra o Joinville, no nosso último jogo de 2015. Entrou o Edinho e chamamos de vez o Atlético pra dentro. Eles só não empataram o jogo por causa do Bruno Grassi, que fez algumas defesas muito importantes.

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