Grêmio Libertador

Vitória providencial: Grêmio 1×0 Chapecoense

Foi uma vitória providencial. Com esse resultado ficamos a 5 pontos do G-4. Ainda temos muito a evoluir, mas tirar um pouco da diferença que só aumentava é um grande alento. Fazer os três pontos é o mais importante no momento. Jogar bem, por mim, a gente deixa pra 2017. Destaques individuais o Pedro Rocha, que fez ótima partida (não apenas o gol), Luan, no final do jogo destruindo nos contra-ataques. De negativo, Jaílson, que jogou bem pouco, errando muita coisa.

Um primeiro tempo muito abaixo dos últimos jogos. O Grêmio entrou em campo com o seu 4-2-3-1. Grohe formou a defesa com Ramiro, Geromel, Wallace Reis e Marcelo Oliveira, Jailson e Walace. Três desfalques dos últimos jogos. E o ataque seguiu com Pedro Rocha, Douglas, Luan e Henrique Almeida, enfiado. Depois de um jogo de ida onde sofremos com a bola aérea, nessa partida quem assustou no lance foi o Grêmio. Dez minutos de jogo, cruzamento da esquerda e o Wallace Reis perdeu o gol, cabeceando sozinho.

Logo em seguida, a primeira jogada de perigo do adversário: erro de saída de bola de Walace, que foi desarmado. Bola colocada no centroavante deles, que fez o pivô para o Matheus Biteco chutar e o Grohe defender. Na cobrança de escanteio uma bola baixa, mal afastada pelo Ramiro, retornou pra área. A defesa afastou com Ramiro que achou o contra-ataque com o Walace. Bola no Pedro Rocha que correu, cortou pro meio e devolveu pra passagem do nosso 5 que cruzou pra trás pro 32 pegar de primeira, de esquerda. Gol providencial do Grêmio, depois de quase 500 minutos sem fazer um.

Aí foi estranho ver o Grêmio atrás do meio campo, esperando o adversário com praticamente 11 atrás da linha da bola. E a Chapecoense controlou o jogo. Em comparação com as partidas contra o Galo, Palmeiras, Fluminense e Atlético PR fomos muito inferiores. Criamos no contra-ataque, não com posse de bola. Tivemos mais uma finalização no gol com o Pedro Rocha, Luan chutou do meio do campo e o Douglas cabeceou uma bola pra área. E só. Uma grande diferença de como vínhamos jogando. Mas vão dizer que jogamos bem. A única coisa boa foi o resultado.

Pedro Rocha, autor do gol. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Segundo tempo voltamos com o mesmo time e mesma postura. Pouca marcação alta, que foi a marca do Grêmio nos últimos jogos. A aposta, claramente, era seguir nos contra-ataques. Num lance desses, aos 12 minutos, uma bela finalização do Henrique Almeida. Foi a única participação boa dele, fora da área. A bola desviou no zagueiro e obrigou o goleiro a fazer a sua única boa defesa no jogo. Aos 22 ele saiu pra entrar o Guilherme.

Por alguns instantes pareceu que a merda pegaria preço. O Grêmio ficou esmagado em duas linhas na sua intermediária defensiva. Aos 26 Kempes quase faz gol de cabeça e o Grohe foi repreendido pelo juiz por fazer cera. Mas aí a entrada do Luan na centroavância acabou resolvendo os nossos problemas. No lance em seguida bom ataque do Grêmio com Luan, que é derrubado fora da área e o juiz não deu. Na sequência, a bola virou de lado e o Ramiro achou o Jaílson livre, que isolou. Aos 29 outro contra-ataque puxado pelo Luan, que tocou pra Douglas, que bateu de fora da área e o goleiro pegou.

Aos 30 entrou outro cara pra bola aérea na Chapecoense, o Bruno Rangel. No mesmo lance o goleiro da Chapecoense tomou um inexplicável cartão por cera. Aos 39 outro grande contra-ataque. Douglas vira uma bola linda para Luan, que mata no peito e manda uma bola venenosa de sem pulo que tira tinta do ângulo. Como a Chapecoense queria botar a bola na área, aos 40 o Renato foi providencial botando mais um zagueiro, Thiere, na vaga do Pedro Rocha.

Aos 42 mais um contra-ataque e o Guilherme recebeu uma bola perfeita do Luan, mas meteu pra fora. Aos 44 entrou o Ty no lugar do Douglas. Terminamos a partida num 3-4-3. Aos 47 Luan pifou o Guilherme mais uma vez e ele não finalizou. Em resumo, o Grêmio funcionou no contra-ataque. Não jogou bem, mas conseguiu o resultado. O Renato fez o que era preciso, mas o time ainda precisa evoluir muito em finalização. Espero sinceramente que no retorno do Everton o time volte  a ter o Luan de centro-avante. Mas agora tudo é Copa do Brasil.

E fizemos 4 pontos na Chapecoense. Muito melhor que o 0 do ano passado. Um resultado providencial.

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