Grêmio Libertador

Vuaden segue invicto: Grêmio 2×2 Inter

E o Lenadro Vuaden segue invicto. São 11 anos apitando clássicos Grenal. 10 jogos no período. E mesmo quando o Grêmio foi campeão com ele (duas vezes) foi um empate com gol de nuca do Pedro Junior e uma derrota (gol do Giuliano no Olímpico). É impressionante. São vários times, com vários desempenhos, e o Grêmio NUNCA venceu um jogo contra o Inter no Ruralito com ele no apito. Segundo o próprio, não interessa a estatística, ele nunca interferiu no resultado. E tivemos mais uma demonstração disso hoje, quando um pênalti RIDÍCULO do Paulão foi solenemente ignorado. E ainda marcou um lance inexistente. Ou era pênalti ou, no máximo, tiro de meta e amarelo pro Pedro Rocha. Mas foi escancarado que a perna do Paulão desequilibra o Pedro Rocha no carrinho. Eu ainda não acredito que ele teve a cara de pau de não marcar aquilo.

É difícil se concentrar no jogo, mas vou fazer alguns comentários rápidos. O Grêmio surpreendeu o Inter já na escalação: Barrios não veio pro campo, nem Edílson e nem o Maicon. E o time de posse de bola e criação de jogadas com paciência correu como nunca no último terço do campo, deixando a defesa adversária atônita. Além do pênalti, Ramiro também conseguiu aparecer sozinho na cara do goleiro, mas não conseguiu finalizar. Os lances mais perigosos foram do Miller “On Fire” Bolaños (você ouviu isso primeiro aqui – abraço Alano, da próxima vez cita a fonte). E no melhor deles, depois de um lance de FALTA do ataque colorado dentro da área do Grêmio (ignorada, também), bate rebate e a bola sobra pro Ramiro. Ele coloca no Pedro Rocha que avança e faz um passe milimétrico pro Miller dominar com um pé e fuzilar com o outro, indefensável. Grêmio 1×0 – fora o baile.

Grêmio segue no ritmo de Miller. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

O primeiro lance de realmente perigo do Inter sem interferência nenhuma da arbitragem veio só aos 40 minutos do primeiro tempo, um chute de fora da área bem defendido pelo Grohe. Sinal que não era necessária alteração alguma no Grêmio. Mas o RACISTA da casamata adversária fez duas. Saiu o Charles, que deveria ter levado ao menos um amarelo por tanta falta e o Carlos (quem?) para entrarem Roberson e Nico Lopes (aquele que nunca vai deslanchar). O Inter abria mão do meio de campo para colocar dois atacantes rápidos para receber a bola do centroavante no meio das linhas de 4 da defesa.

O antídoto era claro: ficar com a bola o maior tempo possível. Quando defendendo, ir para um 4-1-4-1 ou 4-4-2 losango, com alguém na frente dos zagueiros. E o Grêmio fez bem a parte do ataque até os 10 minutos da segunda etapa – só nós atacávamos. Mas quando precisou atuar na defesa o papo foi outro. Falhou em três lances e dois resultaram na virada colorada. A solução de como não tomar mais seguia sendo a mesma: um volante precisava neutralizar os que vinham para o meio das linhas, pra não sobrecarregar os zagueiros.

Aí o Renato resolveu mexer. Primeiro viu que a gente tinha espaço pra avançar pelas laterais e só não cruzava porque não tinha ninguém dentro da área. Colocou, portanto, o Barrios no lugar do Pedro Rocha. Além disso, logo em seguida, resolveu trazer o Ramiro pra fazer a função na frente da linha de zagueiros, colocando o Fernandinho no lugar do Michel. Por incrível que pareça ele é o cara mais parecido com o Walace que temos. E, defensivamente, o Grêmio voltou a mandar no jogo. Só que, ofensivamente, contra um time que já jogou todo o primeiro tempo retrancado, só não ficou impossível porque o Fernandinho resolveu que 2017 ia ser o seu melhor ano do Grêmio. Recebeu uma bola linda do Luan da esquerda, cortou pro meio e FUZILOU da intermediária. O goleiro aceitou e o jogo voltou a ficar empatado.

Como aconteceu durante 80 minutos do jogo, só o Grêmio jogou. Estava tão escancarado que o Inter queria o empate que o Renato ainda colocou o Lincoln no lugar do Jaílson, deixando mais marcado ainda o 4-1-2-1-2 (e praticamente 4-1-4-1 atacando). Cada tirada de bola do time da segunda divisão era festa. Cada segundo era fundamental. E, mais uma vez, o homem do jogo pelo Inter foi o Vuaden.

A parte boa é que esse jogo era mais moral do que valendo alguma coisa. Fica a raiva por não ter vencido um jogo com tanta superioridade. Mas jogar contra 12 é difícil.

Comparilhe isso: