Grêmio Libertador

Com primeiro tempo impecável, Grêmio 1×0 Atlético PR.

Era pra ser um jogo tenso. Perdemos para o Flamengo em um jogo onde mostramos pouco. Vencemos poucos jogos fora de casa na temporada. Pegamos o adversário mais difícil possível na época do sorteio. E o juiz era um sem-vergonha useiro e vezeiro em nos atolar. Além disso, perdemos o Maicon. Tudo parecia muito complicado. Mas foi um jogo impecável.

Saiu a escalação e foi uma comoção: COMO ASSIM TRÊS VOLANTES? ROGER TÁ LOUCO? Como na última vez que eu mesmo falei isso vi o Grêmio do Renato meter 3×0 no Bahia, não me deixei levar. Fui analisar os motivos. Tomamos 2×0 deles na Arena pelo Brasileiro permitindo chutes de média distância. Três jogadores marcadores ali diminuem o espaço pra esse tipo de jogada. Miller não marca como o Everton, mas tem mais cadência em puxar ataques, ideal para um time que quer ficar com a bola.

Logo aos seis minutos veio a maior prova de que o Roger não é nosso treinador por acaso. A movimentação intensa acabou com a defesa do Atlético Paranaense. Em uma jogada de velocidade, pressão  na saída de bola, passe rápido pro Douglas colocar um passe milimétrico no Miller. Gol do equatoriano, 1×0 e o início do domínio do tricolor. Defendendo em 4-3-3 (ou 4-3-1-2, ou 4-1-2-1-2 dependo de como o Atlético Paranaense fazia a sua saída de bola), o ataque mostrava o time menos no 4-2-4 do que o normal. Porém, só nós tivemos chances de gol. Foram seis, duas na goleira além do gol. Um primeiro tempo impecável.

Miller the killer. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Facebook)

O segundo tempo começou com duas alterações do mandante. Mas a primeira grande chance foi nossa: mais uma bola de cinema do Douglas largou o Miller sozinho com o goleiro. O Equatoriano mandou pra fora. Logo em seguida, o primeiro chute deles. E eles voltaram pra partida pelos primeiros minutos no jogo. E foi essa a tônica do segundo tempo. Bola nas costas do Marcelo Oliveira com um guri, recebendo faltas e lançando na área. Ou em escanteios.

Assim foram as melhores chances deles. Mesmo com muitas bolas ganhas pela nossa defesa, foram três boas cabeçadas do Luan deles, uma só defendida pelo Grohe. E uma no André Lima, a queima roupa, defendida brilhantemente pelo nosso goleiro. Essa maior posse de bola do adversário não passava mais de uma pressão inefetiva contra um adversário defendendo o resultado do que um domínio real. Mesmo com freio de mão puxado jogamos melhor que o adversário.

O Grêmio teve ainda mais três chances claríssimas de fechar o caixão. Duas com o Luan. Na primeira, Weverton salvou. Na segunda, errou o gol por pouco, aos 42 do segundo tempo. A última, aos 45, foi com o Everton, que recebeu boa em um contra-ataque, venceu na velocidade e tocou por cobertura, alta demais, por sobre o gol. 1×0 e podia ter sido mais. Mesmo se o gol do André Lima aparecesse, era jogo pra 3×1, 2×1 no mínimo.

Resultado impecável todos os motivos. Agora, o jogo de volta é só dia 21 e podemos empatar pra passar. E pensar com carinho nesse esquema mais seguidamente fora de casa.

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