Um jogo onde só um time queria jogar quase sempre esse time vence. E foi assim, mais uma vez, nessa noite fria e nebulosa na Arena. Porém não pro torcedor gremista, que viu uma vitória com muita tranquilidade na Arena. Aliás, graças à neblina, tivemos mais uma vez aquela linda imagem dos tempos de Olímpico, um monte de gente perto do gramado pressionando o adversário – o pessoal do quarto anel foi liberado pra descer. Aliás, podia descer sempre que o o jogo começasse e que aquele espaço ali de baixo tivesse vazio, né?
O treinador Paulo Bento, no dia do enfrentamento, com o Grêmio na Areeeenaaaaa… ele não quis artilheiro, e voltando do banheiro, botou Riascos à jogar… olé, olé, olé, olá… nesse dia o tricolor, faltou pouco pra golear (ler no ritmo dessa música – colaboração do @zenasciment0). Defensivamente, praticamente o time adversário tinha um 4-5-1, com muita proximidade das últimas duas linhas. Mesmo com a bola, saía com um 3-2 lá atrás, voltando os volantes. Era claramente uma estratégia para não perder pro Grêmio aqui. Aí não tivemos trabalho defensivo algum no jogo inteiro.
Nós seguimos o nosso jogo tradicional, atrapalhado pela efetividade defensiva do adversário. Isso exigia vitórias individuais ou bolas muito rápidas. O resultado foi pouca efetividade nossa lá na frente e muito passe errado tentando apressar a bola. Everton era o cara destacado para ter a vitória individual. No meio do primeiro tempo, Wallace se machucou e foi substituído por Bressan. Mas boas jogadas nossas só a partir do momento em que o Luan resolveu chamar o jogo. Primeiro acertando a trave (e o Douglas isolou o rebote). Logo em seguida, vitória da marcação adiantada, Maicon rola uma bola ótima pro Everton que cruzou de maneira perfeita pro Luan testar e abrir o placar.
Na volta pra segunda etapa o time deles mudou a estrutura do meio pra tentar chegar mais na frente. Resultado: o Grêmio achou espaços e começou a controlar ainda mais o jogo. E o segundo gol saiu mais uma vez em uma grande jogada do Luan, o craque da partida. Carregou a bola do meio pra direita, limpou os adversários e abriu espaço para um chutaço, espetacularmente defendido pelo Fábio; porém, dessa vez, Douglas não desperdiçou e meteu pras redes de peixinho. 2×0, fatura resolvida. Ou não?
Douglas está marcando o segundo gol. Foto espetacular do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Facebook)
Foi a vez do imponderável entrar em campo. Como foi no primeiro confronto com mineiros, mais dois jogadores caíram por lesão. Ao mesmo tempo Maicon e Geromel saíram. Entraram Jaílson e Marcelo Hermes. Isso levou o Oliveira pra zaga, acabando com a nossa zaga em 80% (lateral direito e defesa esquerda improvisados, um lateral esquerdo e um zagueiro reservas – só o Grohe era titular). E essa bagunça não podia acabar em boa coisa; no único arroubo ofensivo adversário, pênalti descarado do Marcelo Oliveira. A batida catastrófica do Arrascaeta acabou com o jogo. À partir daí voltamos a nos organizar e tivemos o controle das ações e a garantia de tranquilidade até o apito final.
Não faltou ainda mais uma defesaça do Fábio. Esse cara que tem a mania de fazer defesas espetaculares em Porto Alegre espalmou uma bola forte do Giuliano, que ainda bateu na forquilha e foi pra escanteio. Mais três pontos na conta e agora estamos com 8 dos 15 pontos ideais, a apenas um ponto da liderança. Vamos lotar a Arena pra vencer o Vitória e garantir o segundo check-point rumo ao título.
