Grêmio Libertador

Mais uma noite no G-4

O primeiro tempo mostrou um Grêmio diferente do que já estávamos acostumados. Ao invés do 4-1-4-1 entramos com um 4-2-3-1 defensivamente que virava um claro 4-3-3 quando atacando. Com o Ruiz no meio, a linha de três virava Dudu (alguém compra uma perna esquerda pra ele?), Barcos e Fernandinho. Quando um deles descia, o Barcos geralmente ocupava o lugar e o Ruiz ia para o centro da área, mantendo a linha. Uma proposta interessante que mostrou coisas boas e ruins. A melhor delas foi o gol. Embora fora da área, se deu em função da maior presença ofensiva. O Fernandinho perdeu a bola, Barcos recuperou, driblou dois, perdeu e aí o Ruiz surgiu pra mandar pras redes. Ele que é o nosso segundo melhor finalizador (e eu não sei porque é reserva).

O lado ruim é que, quando sem a bola, só recebíamos ela de volta depois de um lateral, passe errado ou chute pra fora. Foram muitas finalizações contra o nosso Gordito (falo isso desde a base e ainda não mudou), mesmo que só duas na goleira (uma na trave e outra bisonhamente defendida). Não havia combate. Mas a estratégia foi boa porque o Sport não veio pra tentar ganhar e não teve qualidade pra ficar com ela. De boa jogada, depois do gol, só o chute do Fernandinho depois de tabela com o Barcos (tá, se fosse um passe pro Ruiz podia ser 2×0, mas atacante tem que querer fazer gol). No mais, ótima posse de bola e erros que não custaram tanto (né, Rhodolfo?).

No segundo tempo o treinador deles viu o jogo, fez duas alterações em menos de 20 minutos e só deu eles. Ficando com a bola nós pouco tirávamos deles. Até o Fellipe Bastos se encontrar, depois dos vinte, e começar a roubar algumas bolas no meio. Mesmo assim, criação zero e um monte de bolas  na nossa área. Todas com saídas afoitas do Tiago. E, numa delas, ele acabou colocando todo o sobrepeso dele sobre o azarado do Rhodolfo, que caiu estranho e bateu o joelho no chão. Teve que sair para a entrada do… Bressan (obrigado Felipão!). O Ruiz sumiu na partida e só lembrei da existência dele quando pediu para sair. A entrada do Giuliano (que também não acrescentou nada) acabou mostrando a estrela do treinador aos 30 minutos: bola na nossa área, mais uma espanada do Tiago, bola cabeceada para o Giuliano que deu um passe belíssimo para uma grande vitória do Dudu na corrida, driblar o goleiro e meter o 2×0.

Dudu, fazendo o seu SEGUNDO gol no campeonato. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Depois o jogo ficou meio morno até o final, quando quase marcamos mais um com o Ramiro. Se tivéssemos feito, o Atlético MG tinha que vencer por dois gols pra desalojar a gente do G-4 (aquela diferença monstra de saldo já foi, mas eles ainda tem mais gols à favor). No final, mais rebatidas do Tiago (que segue com reflexos, mas não segura UMA bola), e uma ótima defesa no lance que quatro jogadores cercaram, ele não foi afoito e esperou a finalização em cima dele. Resumo da ópera: valeu pelo primeiro tempo, Fernandinho rendeu pouco (acho que rende mais na esquerda), Giuliano e Ruiz chegam mais na área que o Luan, Walace dá segurança pros volantes saírem e eles rendem mais assim, e não, ainda não dá pra dizer que temos um reserva para o Grohe (ainda mais depois da quantidade de erro técnico num mesmo jogo – que pode ser resultado do nervosismo da estreia).

Sábado temos que buscar mais três. Vamos pra epopeia fora, agora. E com MUITOS desfalques. Felipão, precisamos de ti.

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