Grêmio Libertador

Um Grêmio fundista

O jogo foi ruim. O resultado, pior. Esse 0x0 modorrento que vimos naquele horário RIDÍCULO das 11 horas foi um banho de água fria na sequência conquistada. “Ah, mas era fora de casa”. Que eu saiba, só com sorte é que seremos campeões fazendo só dois pontos contra a Ponte Preta. Todos os outros adversários pelo título farão ao menos 3. Falhamos e sucumbimos diante de uma estratégia que ainda não se sabe onde vai dar, mas é a aposta do Roger para esse início de final de brasileiro.

Vamos jogar uma maratona, como todos tem dito. E o que o Grêmio dos dois últimos jogos vem mostrando é um time que é velocista, que é explosivo, tentando correr provas longas. É como um, sei lá, Carl Lewis (pra me manter na vibe anos 90 dos últimos dias) quisesse competir contra quenianos no Brasil no último dia do ano. O Grêmio abandonou a intensidade contra adversários mais fáceis para controlar o jogo e definir em uma bola. Pode dar certo?

Olha, pode. O Grêmio jogou da mesma forma que vinha jogando, mas sema velocidade da recomposição. Mostrando claramente desde o início que essa não era a ideia. Era ficar trotando o jogo inteiro e, depois, arrancando no momento oportuno, sair de trás e passar por cima do adversário pra cruzar em primeiro. E o que o Grêmio está tentando aprender é que momento é esse. Contra o Coritiba tivemos dois jogos distinto, no que eu atribuí apenas à desorganização do adversário. Porém, também houve uma crescida no ritmo, na imposição física, avanço da marcação por quinze minutos.

O jogo hoje serviu pra mostrar que ainda está faltando o feeling de quando pressionar. O time fez isso e quase chegou no gol. Porém, nesse horário, com o desgaste característico do sol batendo à pino na moleira, ficava difícil querer algo a mais do que fizemos. E, mesmo assim, tivemos a chance de matar o jogo no segundo chute a gol. E isso também é um problema. Precisamos ser letais. Viu, Braian?

Braian Rodriguez acabou de perder a única chance que tivemos. Imagem do frame da transmissão.

O Grêmio controlou o jogo, deu a intermediária para os chutes mas cedeu espaços e levou duas bolas na trave além de deixar o Grohe sem pai nem mãe ao menos uma vez. Perdemos de fazer e escapamos de levar. Essa estratégia de fundista pode não ser o mais indicado. A distância entre zaga e ataque foi o nosso maior problema. A recomposição deles, sem precisar fazer movimentos para trás (não pressionamos) acabou aguentando até o final para  não nos deixar superioridade física alguma. Estavam tão ou mais inteiros que o Grêmio (já que usaram reservas na Sulamericana no meio da semana).

Agora é seguir na overdose de Coritiba, pela Copa do Brasil e pelo Brasileiro (mais uma vez naquele horário maldito).

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