Burocracia, mas eficiente

1 Postado por - 19 de agosto de 2015 - Artigos

O primeiro tempo foi muito ruim. Muito por parte do freio de mão puxado pelo Grêmio, que pouco se movia e muito errava passes. Não vimos pressão em momento nenhum no jogo. Não chutamos NENHUMA bola no gol. Nada. Zero. Também, pudera: o time jogando espaçado, com os atacantes abertos, quase sempre defensivo (4-4-2) e, pra variar, a nossa vocação de NÃO DAR BOTE nem pra roubar um pãozinho que tivesse dando sopa, não havia como. Pedro Rocha, mais uma vez, não veio. Bobô não parece ser um cara de levar três com ele e abrir as jogadas como o Luan faz. Douglas lento e Giuliano sem parceria com o Galhardo.

Douglas mais uma vez recebia sempre marcado, Edinho não tem saída de bola (e nem futebol pra jogar no Grêmio, né) e o Maicon não estava em um bom dia. Galhardo também, cometeu um pênalti que foi trocado por uma falta e não acertou mais nada no jogo (igual ao pênalti que não deram pra gente no lance que mais perto chegamos de um chute a gol). Se jogamos alguma coisa, foi dos 40 minutos em diante, quando, pelo menos, conseguimos um escanteio. Mas até ali era um jogo pra achar que o contra o Joinville foi bom.

Na saída pros vestiários, tudo ficou  mais claro: a ideia era não jogar. “Estamos cansados”. Segundo tempo começou com o Fernandinho no lugar do Pedro Rocha. E seguimos sem finalizar – mesmo no melhor lance até ali, Giuliano se livrou da marcação, lançou o Douglas livre, que passou pro Fernandinho livre, que passou pra defesa. Aí, saiu o Bobô e veio o Vitinho (ele ainda tá vivo!), aos 17 minutos. E já era cada vez mais escancarado que o Grêmio estava pelo 0x0 (um resultado meio burro, porque dá todos os empates com gols para o adversário na volta). Mas, pelo menos, com mais possibilidades de contra-ataque, já que os erros de passe diminuíram e o Giuliano começou a girar mais rápido e com a bola, ao invés de ficar tocando. Além disso, o camisa 8 foi ocupar a ponta esquerda, ao invés de centralizar, abrindo uma avenida pro Galhardo infiltrar.

Marcelo Oliveira está chutando pro gol. Imagem do frame da transmissão da ESPN

Marcelo Oliveira está chutando pro gol. Imagem do frame da transmissão da ESPN

O primeiro chute a gol veio só aos 27 minutos do segundo tempo e… GOL DO GRÊMIO. Erazo antecipou um contra-ataque, Giuliano meteu no Douglas, que girou no marcador e passou para o Marcelo Oliveira, que meteu uma pancada da intermediária e cometeu o crime. A partir daí o Coritiba sentiu o golpe. Acabou toda a sua organização, a pressão e a pressa tomou conta. Isso e a pressão da torcida na arbitragem. Nada mais. Aos 35 a nossa segunda chance: mais uma puxada do Giuliano, um drible lindo do Galhardo para um cruzachute, fácil pro goleiro e difícil pro Vitinho.

E ainda teve um terceiro chute: Fernandinho foi lançado em contra-ataque, já aos 40, avançou pela esquerda e isolou, quando o passe parecia ser a melhor opção (Vitinho e Douglas estavam mais atrás, esperando). Foi dele também o quarto chute, aos 47, em um contra-ataque puxado pelo Vitinho que cruzou pro Douglas fazer a assistência. E era isso. Fim de jogo, baita vantagem e, agora, tudo é Brasileirão, novamente.

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7 + comentários

  • rodrigo 19 de agosto de 2015 - 22:38 Responder

    Cara discordo totalmente de que o Edinho não tem bola pra jogar no GRÊMIO, ainda mais nesse time em que eu ouvi isso de quase todos os jogadores que agora são aclamados. QUASE TODOS MESMO, e no GRE-nal ele comeu a bola, jogou muito. E pode sim, com Roger na casamata desencantar e ainda ser considerado indispensável, assim como pode só fazer cagada e vazar do time, eu não sei como isso vai terminar, mas falar que qualquer um dos jogadores que hoje carregam nosso manto não servem em não concordo.

  • Ezio 20 de agosto de 2015 - 01:33 Responder

    Achei que o time poderia ter sido mais audacioso. O GRÊMIO ganhou sem fazer força alguma. O coxinha completo já é uma tristeza imagina desfalcado. Era jogo pra enfiarmos 3 sem fazer a menor força mas valeu pelo resultado. Semana que vem na Arena dá pra passar a máquina no coxinha mesmo se o Roger optar em mandar meio time pro jogo.

  • Jardel 16 20 de agosto de 2015 - 10:02 Responder

    O Grêmio entrou para empatar e descansar. É incrível a tranquilidade que o time tem mesmo sendo pressionado. Sai jogando de boas, troca passe e evita o balão. Não fomos intensos nem jogamos bem, mas gostei de jogo, visto que o time não conseguirá jogar bem todos os jogos alternando Copa do Brasil e brasileirão.
    Acho que o Roger está fazendo o correto. Montou o time pra segurar a bola, evitar correr o que não precisa, para deixar os jogadores mais descansados para o brasileirão que ainda somos candidatos. Porém nas quartas de finais em diante vamos ter que escolher. Força total no brasileiro ou Copa.
    Obs: Se fosse no brasileiro, o grêmio estaria pertinho do líder. Atlético decaiu e empatou em casa com o fraco figueira e o Corinthians tomou um banho de bola do Santos.

    • Eduardo Marques 21 de agosto de 2015 - 14:10 Responder

      Pois é, umas horas, a câmera deu close no Pedro Rocha, 40 do primeiro tempo, e o cara nem suado tava, pqp, pensei vamo corre desgraça, depois analisando melhor eu pensei, ahhh, vamos descansar então…aushdauhdsauhd

  • mano 20 de agosto de 2015 - 11:36 Responder

    Acho que o Grêmio está atingindo uma certa maturidade, aquela que mesmo jogando mal tira proveito de time ruim, porque está mais organizado e entrosado. Foi assim contra JEC e ontem contra CUritiba.
    Fica também a sensação de que se Brain, Bobô ou Vitinho fossem melhores poderíamos ter saído com resultados ainda mais amplos.
    Mas o esquema atual não favorece centroavante fixo e os que temos não sabem atuar (ainda) com movimentação fora da área.
    E fica também a sensação de que umas 3-4 contratações realmente diferenciadas e cirúrgicas podem nos tornar postulantes a título brasileiro, copa do brasil e libertadores ano que vem.

  • Artur Wolff 20 de agosto de 2015 - 11:53 Responder

    Como foi bom rever Rafael Marques………em outro time!!
    Quantas partidas levamos ferro por causa daquela naba.
    Werley, Pará, Cris, Thiego, Patrício ………creeedo, que estejamos numa nova fase em que jogadores deste nível nunca mais coloquem a camiseta do Grêmio.

  • rodrigo restelato 21 de agosto de 2015 - 06:58 Responder

    espero que essa fase nunca acabe! O futebol do tricolor é intenso, desgasta o jogador, e serão varios jogos nesses dias, oque é preocupante!

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