O Grêmio Libertador, como todos sabem, é um AGLOMERADO de diversas correntes de pensamento, sejam eles sociais, políticos e o diabo a quatro; e isso se traduz em ~ ANARQUIA ~ editorial.
Porém, uma coisa que sempre damos ênfase é a manifestação, seja nossa, ou dos outros. Por isso, abaixo publicamos a resposta da chapa 03 sobre a seguinte pergunta feita durante o debate que realizamos nesta semana. Cabe lembrar que a referida chapa não participou do debate. Reveja aqui, aqui e aqui.
LEIÃO:
Pergunta: “A chapa 03 prega a união partidária, 3ª via, Lula paz e amor. Mas a chapa 3 fazia parte da gestão odone, na figura do Vicente, e saiu fora um pouco antes para ela pleitear um cargo a presidência. Por quê?”
Queridos, evidentemente que é um prazer estar participando, mesmo que por e-mail, considerando o contratempo no dia do debate que nos impediu de estar presentes na gravação do programa. Tenho certeza que, além de mim, o Homero já esvaziou o assunto com o Minwer, mas reitero o pedido de desculpas. Nós, que não estamos cometendo loucuras financeiras nessa campanha, precisamos de TODOS os espaços disponíveis. A audiência de vocês é maravilhosa. Eu sou assíduo (acho que nem precisaria referir). Então, feitas as considerações iniciais, vamos à resposta.
Bem, na verdade, o Movimento Grêmio Independente, sem sobra de dúvidas, foi apoiador da gestão Paulo Odone, o que muito nos orgulhou. Durante o primeiro ano de mandato da atual gestão, além da vice-presidência do Vicente, estivemos em outros cargos, como na base, no jurídico, na Grêmio Empreendimentos e no relacionamento com torcidas e clubes. Sem contar o apoio irrestrito que demos a diversos assuntos encaminhados ao conselho deliberativo.
Ocorre que as coisas não funcionaram nesta gestão da forma como pretendíamos. O clube continuou sendo administrado como em todas as gestões históricas do Grêmio, centrado na figura política do Presidente. Estávamos na gestão, mas não nos sentíamos gestão. Em muitas oportunidades, por motivos que desconhecemos, aqueles que participavam ativamente da gestão ficaram sem qualquer tipo de respaldo. Para todo e qualquer trabalho desenvolvido no clube é fundamental que TODOS os elos estejam suficientemente alinhavados.
Abandonar o apoio a gestão, formalmente, foi algo muito difícil de ser decidido. Passamos muitos meses com esse dilema em amplo debate no grupo. Entendíamos que com o Vicente na condição de vice-presidente, bem como com o Pegoraro na gestão da Arena, seria uma posição muito complicada de ser adotada.
Porém, acredito que este é um grande diferencial que temos no MGI. A base do movimento é muito forte, ela realmente participa de todo o processo decisório. Através da assembleia geral é que retiramos 100% das posições do grupo.
Era sabido que o Vicente não deixaria seu cargo de vice-presidente, assim como Pegoraro na Grêmio empreendimentos. Em especial o primeiro, havia recebido o convite pessoal para ser parte da gestão, sendo levado ao cargo para representar o associado. Todos os motivos que levaram o Antônio Vicente Martins a não renunciar o cargo são absolutamente compreensíveis. Vou me abster de entrar em detalhes por se tratar de uma particularidade dele.
Foram dias de extrema dificuldade no grupo. Assim, em maio de 2012, antes dos jogos envolvendo Grêmio x Bahia pela Copa do Brasil, fizemos uma reunião para decidir tal assunto. E a assembleia, por maioria, decidiu que o MGI não faria OPOSIÇÃO ao presidente Paulo Odone, mas deixaria de ser parte da gestão. O Vicente seguiu, de forma independente.
Quando falamos em pacificação, pensamos em dar suporte ao Grêmio. Este tema veio para a pauta agora, há um/dois meses, momento em que entendíamos que um processo eleitoral poderia representar a derrocada de qualquer chance do clube em disputar o campeonato brasileiro. Em outras oportunidades isso já acontecera, basta lembrar o fatídico ano de 2008. Mas, além disso, achávamos que para o Grêmio retomar o caminho das vitórias, era importante que todas as facções políticas estivessem próximas. Tentamos até o final o convencimento de todos em nome do Presidente do Conselho, Raul Régis de Freitas Lima. E essa era um posição em prol do clube, independente se estaríamos ou não no conselho de administração que se formaria.
Como isso não foi possível, visto que as candidaturas começaram a tomar corpo, nos sentimos na obrigação de dar ao torcedor uma opção de projeto, que já vinha sendo trabalhado há 8 anos. Não considero a candidatura do Homero uma 3ª via, mas sim uma opção diferente daquelas que foram disponibilizadas ao associado. Uma opção forte, com conceitos de clube bem definido, e que não trabalhará a exclusão de nenhuma pessoa que presta, com competência, seus serviços ao Grêmio.
Então é isso. Espero ter esclarecido essa dúvida do Grêmio Libertador!
Um abraço.
Edson Berwanger – Candidato a vice-presidente na Chapa encabeçada por Homero Bellini Jr.
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