Dirão que fizemos o que devíamos. Mas se dissermos que devíamos ganhar de goleada do Atlético Paranaense simplesmente porque o adversário apresentou algo que até parecia um tanto com futebol estaremos ignorando que o Grêmio apresentou-se com total PRECISÃO. Uma precisão com aquela dubiedade do verso de Fernando Pessoa, entre o necessário e o exato.
Fizemos, portanto, o que era preciso.
Nos primeiros minutos, já era possível ver o Grêmio da precisão nos passes, da precisão do posicionamento da defesa, da precisão do bote para retomar a bola o mais próximo do campo de ataque possível. Até os 15 minutos, foram pelo menos quatro finalizações para o gol.
Então, num deixa que eu deixo, Geromel recuou e Grohe catou com as mãos na linha da pequena área. A imprecisão gerou o momento do necessário entrar em campo: lotamos a goleira e a pequena área com os nossos, apelamos para a sorte e a ruindade do adversário. Deu certo.
Em seguida, aos 22 minutos, voltamos à exatidão: assistência de Pedro Rocha deixando Lucas Barrios pronto para enfiar um patazo daqueles de botar no manual. A bola voou a exatos 103,6 km/h para vencer Wéverton. O gol necessário para tranquilizar os que já ouviam o tio do pavê soltar o “quem não faz leva”.
Nos próximos sete minutos, seguimos com tudo precisamente controlado. E o principal controlador da bola no ataque era aquele que alguns acham necessário cornetar: Pedro Rocha. Aos 29, foi ele a iniciar a jogada que resultou no segundo patazo de Barrios no jogo e seu segundo gol.
Ainda não era tudo o que havia para o primeiro tempo. Três minutos depois, de novo ele, Pedro Rocha chutou para o gol, Wéverton espalmou. O escanteio cobrado na primeira trave desta vez foi desviado por Kannemann direto para dentro do gol. Um toque de nuca preciso para abrir uma vantagem praticamente incontestável para o segundo jogo em Curitiba.
No segundo tempo, o jogo ficou um tanto naquele ritmo de que tudo já havia sido decidido. Pudemos, então, prestar ainda mais atenção no quanto jogam Arthur e Ramiro. O primeiro com sua serenidade tão necessária à exatidão dos passes que dão ritmo ao meio-campo. O segundo aparecendo em qualquer lugar do campo no exato segundo em que se faz necessário. (Desnecessário foi aquela bola bater na trave e impedir um belo gol de Ramiro.)
As entradas de Fernandinho, Éverton e Lincoln no lugar de Pedro Rocha, Arthur e Barrios foram necessárias para um time que precisa administrar três competições. A exatidão sendo trocada pela vontade parecia que não renderia tanto assim e lá pelas tantas estávamos nos empolgando mais com o vermelho de Nikão do que com as chegadas do Grêmio ao ataque.
Mas porque para um time ser campeão também é necessário que o time coloque um porém em cada corneta, Fernandinho acertou passe exato para Éverton chutar pro quarto gol do Grêmio.
Fizemos, portanto, o que era preciso. O necessário para retomar o fôlego depois de uma derrota com a qual não contávamos justamente na abertura de uma quinzena de jogos decisivos. E exatamente o que era preciso para que o jogo da volta em Curitiba, daqui um mês, já não seja a nossa principal preocupação.
10 + comentários
Olha… pode não levantar nenhuma taça esse ano mas uma coisa vocês terão que concordar comigo… Que time Supimpa esse nosso Grêmio. Put… que Pari….
Time grande que está bem tem que fazer isto. meter goleada para garantir classificação.
Cansei de ver o Grêmio no passado, sendo superior, jogando bem, fazer 1 ou 2 gols e desistir da partida. Ontem com 3 x0, que parece um resultado bem tranquilo, se toma um gol ( e quase tomou!) O Atlético entrava no páreo de novo pois fazendo 2 x0 lá se classificaria.
Então é isso, quando está bem tem que continuar jogando para meter 4, 5 como Barcelona, Real, etc……fazem.
Uma partida ótima do Grêmio quando se observa que todos os jogadores estavam bem.
Com excessão da rateada entre Geromel e Grohe (para variar!) que no 1º tempo conseguiram fazer o que quase nem se consegue ver mais em futebol de 1ª linha; atrasada pro goleiro pegar com a mão. Se o Atlético faz aquele….podia complicar.
Nem com 4 a Zero, os corneteiros dão sossego!!!
Enfia a corneta no C.U., secador FDP!!!!
Classificação virtualmente garantida, show de bola o oportunismo do Barrios que volta a velha forma e possivelmente a melhor partida do PEDRO ROCHA que vi com a camisa do GREMIO. Nem na final contra o CAM em 2016 ele jogou tanto como ontem. O que segue preocupando é nosso goleiro que por pouco não entregou mais uma. Alguém no GRÊMIO precisa chamar esse rapaz de canto e saber o que está acontecendo. Domingo foi aquele frangaço contra a Chinelagem de Itaquera e ontem foi nitido que o Geromel estava atrasando a bola pq não deu um bico pra onde apontava o dedão do pé. E se o CAP faz aquele gol ? Ainda estava 0 X 0.
Se o atletico faz aquele gol, teríamos iniciado como contra o fluminense nas oitavas. O Grêmio ganharia de um jeito ou de outro, tamanha a superioridade. O que aconteceu do recuo, é coisa de jogo. Ficar conjugando o “SE” é desnecessário. Eles não fizeram gols, fizemos 4×0, e inclusive com boas intervenções do nosso goleiro. Isso você não enxergou, não é mesmo?
Corneta com nosso goleiro agora é desnecessário. O time está voando, vamos apoiar o que ocorre, não o “se”.
Abraxx
Oliver domingo passado tivemos uma bela amostra do prejuizo que uma falha do goleiro pode provocar. Não dá pra ficar brincando, acho que cabe o Renatão ou alguém da comissão técnica chamar o Grohe de canto e cobrá-lo. Mas enfim valeu pela grande atuação do time após esse incidente. O jogo só não terminou uns 7 graças ao Weverton.
Partidaça do Grêmio! Impressionante como jogou bem o Pedro Rocha, talvez tenha sido a melhor atuação dele com a camisa do Grêmio. Ontem tivemos muita mobilidade, as nossas linhas estavam se “conversando” bem. Mais um adversário retrancado, só que dessa vez o time foi mais vertical, teve a coragem e a competência necessárias pra ignorar a defesa adversária. A triangulação do segundo gol é um exemplo disso. Passes rápidos e aprofundados, pode botar uma parede na frente que uma hora a gente entra. Foi isso que faltou contra o Corinthians, ficamos tocando a bola lateralemnte, sem aprofundar e sem velocidade, respeitamos demais. Não vou comparar os adversários obviamente, mas o nosso time é que mudou do jogo anterior pra ontem. Como diz o Renato, se jogarmos pro ataque, tivermos coragem, o adversário pode até fazer gol, mas nós vamos fazer mais (obviamente que na Copa do Brasil não levar gol é importante, mas vencer é muito mais).
O Grohe seguro ontem.
Incrível reclamarem do Grohe. Se ele não se joga e coloca mão na bola é gol contra do Geromel. Nosso zagueiro que errou desta vez. Do resto, esbufetamos o patético, do jeito que tem que ser.
Olha com 37 anos e não me lembro de ver um time do gremio jogando desta forma. Que timassso. Não estou me referindo a resultados em si, mas a forma de jogar. Talvez aquele time do Tite de 2001 e 2002. E o de 95. Mas com essa sede de atacar, troca de passes rápidas, transição e roubadas de bola nada como este time. Incrível. Podemos até não ganhar nada, vai passar muito pelo que a janela européia vai nos prejudicar, mas sinceramente, estou vendo cada jogo como se fosse o último deste time. Que coisa incrível!!!! Não tem o porque criticar, pelo amor de Deus!
Excelente resultado e atuação. Time jogando série e com o foco no resultado.
ps: e os cornetinhas do Grohe não se cansam.