Aniversário do Olímpico

0 Postado por - 19 de setembro de 2012 - Artigos

Hoje é o aniverário do Olímpico. O último aniversário do Olímpico. E a nossa forma de prestar uma homenagem é contando como foi a primeira vez que cada um de nós visitou o Monumental. Como esse post é colaborativo, ele vai sendo atualizado aos poucos, quando cada um dos colaboradores do blog conseguir deixar seu relato. Fica o convite pra que vocês, leitores, também mandem sua história no comentários desse post.

 

Eu tenho uma história bem longa com o Velho Casarão. Na real a data é fevereiro de 1983. No mesmo ano que entrei na escolinha. Era mais barato eu ser sócio do que a mensalidade da escolinha na época, daí meu pai não teve nenhuma dúvida e me deu o título. De brinde ele ia comigo nos jogos. O primeiro jogo que fomos foi um Grêmio x Ferroviária, debaixo de chuva.
O time tinha De Leon, Casemiro, China, Bonamigo, Tita, Osvaldo, Tarciso e Caio. O técnido era o Espinosa. O resultado foi ruim, perdemos de 1×3, mas eu curti muito as sociais. Ficamos debaixo da marquise. Peguei gripe e tal, mas foi muito legal. Foi uma fase muito legal que meu pai me levava para os jogos. Ia eu e mais um bando de moleque da escolinha que moravam perto de casa.
Lembranças que não vão morrer quando entregarmos o Olímpico, memórias que sempre vão estar vivas.

Beto Schmidt

Passei os anos 90 da minha vida, quando virei fanático por futebol, como torcedor de radinho. A minha primeira vez dentro do Olímpico foi para matar uma aula no Irmão Pedro e ir receber o time do Grêmio campeão da Libertadores de 95. Em jogos oficiais, mais tarde ainda: num solaço em 2001, quando ganhei um ingresso para ver o Cláudio Pitbull arrancar do nosso campo para fazer o único gol gremista na derrota de 1×2 para o São Caetano (que apodreça no inferno). Só quando a grana começou a ficar melhor é que pude me tornar sócio. E vivi lá muita coisa legal. Vai dar saudades do Velho Casarão. Parabéns pra ele.

Fagner

Meu pai costumava me levar ao Olímpico quando ele tinha folgas à tarde, no meio da semana. Eu adorava aquilo, mas ainda não tinha ido a um jogo de verdade. Então, minha primeira vez oficial no Olímpico foi num domingo de sol, acho que em 1975 ou 1976. Era um amistoso contra um time da Argentina (talvez o Newell’s Old Boys). Em frente às cadeiras, existia só a arquibancada inferior. Meu pai me explicou que construiriam a superior. Pra mim, não fazia a menor diferença. Como eu era pequeno demais, minha maior lembrança desta primeira ida foi descobrir que, ao vivo, não tinha replay. Quando saiu o primeiro gol, as pessoas levantaram na minha frente e eu não vi nada. Esperei pelo replay que não veio. Perguntei para o seu Tito se não teria e ele achou muita graça, mas depois explicou que replay só tinha na televisão. O Grêmio ganhou naquele dia. E eu comecei a frequentar o jovem casarão.

Até hoje, mudei milhões de vezes e casa, seja com meus pais, seja em função dos casamentos e separações (que já são 6). Nunca me senti tão confortável e rodeado de pessoas em quem poderia confiar quanto no Olímpico, depois Olímpico Monumental, hoje Velho Casarão. Provavelmente, nunca tive tantas alegrias em nenhuma das minhas outras casas. Vou sentir saudade. Afinal, é o meu lugar de voltar. O único lugar de voltar. Parabéns, Grêmio, pelos 109 anos. E que este último aniversário no Olímpico seja sempre lembrado por nós, que tivemos o privilégio de te ver ganhar tudo nesta cancha.

Duda Tajes

Meu irmão, que é a quem devo meu gremismo pois meus pais nunca deram muita bola pra futebol, foi quem me levou pela primeira vez ao Olímpico. Era 09 de novembro de 88 e o Grêmio encararia o Goiás. Se não me engano, era a última rodada do 1º turno do Brasileirão e a vitória nos daria o título desse turno, garantindo vaga na fase final e poderíamos brincar no 2º turno. Do jogo em si, lembro pouco, só dos 2 gols, o primeiro foi do Jorginho cobrando falta e o segundo foi do Cuca, quase do meio campo, encobrindo o Eduardo Heuser (sim, aquele  mesmo goleiro que veio pra cá e tomou um FRANGAÇO na final da Copa do Brasil em 93). Depois daquela noite, fiquei apurrinhando meu irmão sempre pra me levar aos jogos. Pena que ele nunca foi muito assíduo e eu só fui pela 2ª vez pra ver um Grêmio e Racing e vi um gol de peixinho do Renato.

O Olímpico vai me deixar muitas boas lembranças e desde agora fico com os olhos mareados só de pensar no dia de sua derradeira despedida. Obrigado, Velho Casarão.

Minwer

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