O Campeonato Brasileiro começou e, mais uma vez, nos obrigamos a escrever o clichê: todos os times são nivelados, todos os times têm chances de ser campeão.
É clichê? Sim.
É verdade? Não.
Um time só será campeão do Temerzão 2016 se: tiver grupo, tiver sorte e priorizar a competição.
Infelizmente a Libertadores mostrou que não temos grupo.
Rui Costa caiu e o Guerra assumiu, junto com o Mosque – um cara que eu conheço e acredito muito no potencial.
O Mosque (aka Antônio Dutra Jr.) é o cara por trás da negociação e aquisição do SAP – pra quem não sabe.
Mas, sabemos, só o SAP não basta. E é ai que entra o feeling, os relacionamentos e a experiência de um diretor de futebol.
Não sei se o Mosque tem tudo isso. É a primeira vez dele no cargo. Mas o Guerra já ocupou esta cadeira antes. É dele esta obrigação.
E sei também que o Mosque sabe muito de futebol.
Enquanto a gente torce pra que dê tudo certo, vamos remontando o grupo.
Edilson retornou. Mais maduro, menos cachaceiro, mas infelizmente sem ter sido titular absoluto em nenhum time que preste.
Não era o que a gente esperava para a lateral. Mas, agora, nos resta apoiar. E torcer.
Estamos atrás de zagueiros também. Ao contrário do que muitos acham, eu gosto do Wallace do Flamengo.
O cara tem o De Leon como ídolo. Pediu pra vir pro Grêmio. Sei lá… nas horas que falta dinheiro e sorte, gosto de acreditar na vontade de cada um.
Grupo e sorte.
Sorte e grupo.
Justamente por achar que, mesmo contratando uma setor defensivo novo inteiro, não teremos grupo suficiente, acho que não deveríamos priorizar o campeonato brasileiro.
Eu sei que é polêmico. E por isso mesmo é um pensamento corajoso.
Foda-se o clichê do nivelamento que eu citei lá em cima.
Prefiro tentar a Copa do Brasil, que já vitimou o Flamengo.
E, se não rolar (toc, toc, toc), se deixar levar pra SulaMiranda em 2017.
Sim, minha proposta consiste em recomeçar devagarinho. Recuperar a confiança. Encorpar os mais jovens – que tremeram mais que vara verde contra o Rosário Central, aqui e na Argentina.
Ganhar uma Sula dá chance de ganhar também uma Recopa. Seriam 2 títulos em um ano, e o fim de uma sina incomodante.
Ahhhhhhh, mas e a Copa do Brasil????
Se, em 2017, estivermos na Sul-Americana, abriria mão também da Copa do Brasil.
Eu gostaria de ver um planejamento assim, pé no chão, no Grêmio para os próximos 2 anos.
Copa do Brasil este ano.
Sul-Americana (em caso de fracasso na Copinha – toc, toc, toc) no ano que vêm.
Não é fácil recomeçar. E é mais difícil ainda fazer isso querendo dar passos maiores do que as pernas.
Foco, determinação e planejamento. Pra voltar a ter um grupo compatível com o tamanho da competição disputada e, com isso, voltar a ter sorte.
Porque sorte, nada mais é, que simplesmente trabalhar para caralho.
8 + comentários
O título para o Grêmio ganhar é o do Brasileiro. Esqueçam mata-mata.
O time não é ruim como estão pintando por aí, e, sim, temos grupo (com algumas carências na defesa).
Esta tese não faz sentido e beira a irresponsabilidade, o pagamento de imagem da transmissão da TV levará em conta o desempenho nos campeonatos, especialmente o brasileirao! O grêmio precisa estar sempre brigando lá em cima inclusive por uma questão financeira!
Inicialmente é difícil fazer uma previsão do Brasileiro. Nenhum time despontou como grande time. Pela 8 rodada poderemos ter uma ideia melhor.
Se até lá não rendermos entre os 3 primeiros até aceitaria esse seu planejamento de abrir mão Brasileiro. Mas, sei lá, a Copa do Brasil é traiçoeira. Ainda acho mais viável, caso o Gremio vá bem no inicio do Brasileirão, jogar todas as fichas nele e foda-se o resto.
Abs
Cara, se concentrar na Copa do Brasil é receita pro desastre, pra depressão no brasileiro, porque a chance de não ir longe na Copa do Brasil é enorme. Grêmio e Roger especialmente não sabe jogar mata mata. Não adianta.
Vendo São Paulo e Galo ontem fiquei pensando se a gente poderia estar ali. E não, não poderíamos. Falta organização, sangue e grupo pra decisões. O que o Grêmio sabe fazer é esse perfil brasileirão, jogando todo jogo igua como se ainda tivesse 387 jogos pela frente e, na média, ser melhor que os outros.
Ser campeão? É possível, mas extremamente improvável.
Não, cara… parece que não conhece o time do Grêmio, o time não tem característica de mata-mata.
Nossa chance é o brasileiro, onde jogos são mornos, não são de raça e é aí que nosso time parece render.
Para mata-mata será preciso remodelar o elenco de maneira radical, além de ter outros esquemas de jogar, além do toque de bola.
A maioria dos gols em jogos de mata-mata saem em bolas levantadas na área, bola parada, dificilmente sai um gol em uma jogava de toque de bola pelo chão.
Fecho contigo! “Quem despreza o pouco o muito não merece” em quanto não reapreendermos a sermos campeões, começando pelo desprezado ruralito, não vamos reencontrar o caminho dos grandes títulos. Chega de comemorar vaga ou estar “no bolo” dos primeiros. O Precisamos de título!
Tiago Copa do Brasil com esse estilo que o GREMIO tem hj não rola. Por incrivel que possa parecer é mais fácil o GREMIO ganhar o Brasileiro do que a Copa do Brasil. Campeonato de pts corridos não tem como base a motivação. Basta tu seguir a receitinha de ganhar o máximo possivel em casa e evitar perder mto fora que tu leva. Ontem vendo o jogo entre o Nacional de Medellin e os Canalhas me doeu na alma constatar que em playoff não precisa lá ser grande coisa pra ganhar do GREMIO hj. O GREMIO perder pro Rosario Central foi na proporção com o Gaúchão a mesma coisa que perder pro Juventude. Se percebia que os colombianos iriam levar a classificação. Teve o teor de dramaticidade mas se sabia que eles iriam levar. E dói saber que poderia ser perfeitamente nosso time na semifinal.
Na teoria, seria ótimo. Hipoteticamente, se ambos nós tivéssemos poder de escolha, talvez eu apoiasse tua ideia pura e simplesmente pelo fator do planejamento. Mas pra mim o que inviabiliza tudo isso é que o Grêmio copeiro do mata-mata tá morto, e temos que de uma vez por todas admitir isso.
Outra: impossível ganhar título que preste (e aqui falo dos continentais) sem nem mandar em casa. É o que tu falou de começar de baixo. Tem que ganhar regional, como ele já passou, tem que ganhar brasileiro. Em pontos corridos a ausência de pressão nos favorece e seria temerário (…) largar tudo por uma Copa.