Deixem 2014 para 2014

0 Postado por - 15 de outubro de 2013 - Artigos

O post que acabou fazendo eu entrar no blog foi resultado de não entender os motivos da birra da Social, principalmente, com o Jonas. E o pior, isso se repete sempre. A bola da vez é a indignação com o Marcelo Grohe não confirmar que vai seguir no time em 2014. Acho que tem torcedor que se acha dono de jogador. Por que ele não pode? Ou melhor ainda: por que isso é uma coisa ruim?

Deixem o Marcelo decidir a vida dele. Foto do Flickr oficial do Grêmio

Jogador de futebol é funcionário igual a ti, igual a mim. Não é porque ele trabalha com uma coisa que fazemos por diversão que ele faz isso por diversão. Se ele se diverte enquanto trabalha? Olha, eu, se gostasse muito do meu trabalho, não ia ficar feliz em não poder fazer o que gosto no melhor momento. Só ralar em treinos e não aparecer em partidas oficiais é como o cara que trabalha afú, monta a apresentação e o chefe é que é visto como “o cara”. Mesmo que o chefe seja, estar à sua sombra não me traz ganho algum. Ou seja, não me interessa ficar ali. Vou procurar coisas novas.

Não existe obrigação de jogador nenhum permanecer no Grêmio se não quiser. Pelo motivo que for. Mesmo que o cara tenha sido uma joia da base, se não tem espaço pra ele no elenco, ele tem que rumar para outros ares. Isso é bom para o Grêmio, desde que ele não seja atirado pela janela. Uma valorização justa, um valor interessante e vai, segue teu rumo. Até a venda de grandes jogadores não é problema – desde que se faça um bom trabalho de reposição. O ideal é mudar o menos possível de uma temporada para a outra, mas nada garante que grandes mudanças sejam negativas.

Não adiantem a pauta de 2014. Temos dois campeonatos para disputar. Não interessa quem saia. Interessa quem vem. Quem quer sair, já tá saindo é um problema dele e do Renato. O nosso é dar tranquilidade para os dirigentes trabalharem. Chega de empurrar coisas goela abaixo. O resultado é sempre uma merda.

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11 + comentários

  • Warlei Vieira 15 de outubro de 2013 - 13:54 Responder

    Embora queira muito que ele permaneça, concordo plenamente… inclusive se eu estivesse na pele dele já o teria feito há muito tempo, pois o futebol é simplesmente “FASE” e não acho legal passar a possível melhor fase de sua carreira no banco do Dida arriscando ter de passar por outra frustração como ocorreu quando da saída do Victor.
    Se tiver que ir vá e seja feliz, e se possível retorne um dia e será recebido de braços abertos pelas qualidades que tem e principalmente pelo profissionalismo e caráter!!!

  • maria candida dias 15 de outubro de 2013 - 14:22 Responder

    Ele é um grande goleiro merece jogar

  • maria candida dias 15 de outubro de 2013 - 14:24 Responder

    Ele é um grande goleiro merece ir para um grande clube não tem oportunidade no grêmio

  • Guilherme P 15 de outubro de 2013 - 14:55 Responder

    Cagada sem tamanho o que tão fazendo com o Marcelo. Baita goleiro, seria titular em qualquer time do Brasil e aqui é banco do lento do Dida. E aí, o vovô já ta com 40 anos, quando ele se aposentar quem vai ser o goleiro?

    Isso que o Dida não é absoluto, começou o ano mal suas boas atuações vieram de alguns jogos pra cá.

  • Mano 15 de outubro de 2013 - 15:05 Responder

    Fagner, concordo com muito do que tu disse, mas acho que a relação trabalhista pode ser a mesma, mas não a relação “de trabalho”.

    Pra começar, futebol é algo que envolve paixão. Não existe esse coração em outras relações de trabalho. O “cliente” do futebol é o torcedor, e em qualquer relação de trabalho ouvir o cliente seria a regra, não é verdade?
    Ninguém cresce apaixonado por Coca-cola, que passou de pai pra filho, crescendo indo beber juntos uma Coca-cola e vibrar por isso!
    Fagner, não tem ninguém torcendo por ti no teu trabalho, talvez tua mãe (com todo respeito). Empresa não pede apoio ou ajuda de ninguém, empresa que não faz direito vai à falência.

    Na MINHA visão, dizer que a relação de trabalho no futebol é a mesma que em qualquer empresa, significa admitir que o torcedor tem o direito de vaiar, de cobrar resultados, de pedir a saída de jogadores e de não apoiar incondicionalmente.
    Fato combatido em INÚMEROS posts de vocês aqui no blog.

    A relação de trabalho no futebol é diferente porque envolve amor, é uma relação única e o jogador que entende isso onde joga se dá melhor. Especialmente aqui no Grêmio onde o amor à camisa, a raça e a entrega são tão importantes.

  • Eduardo Schwede 15 de outubro de 2013 - 22:48 Responder

    Mano colocou bem seu comentário, mas uso o comentário do Guilherme P para dizer o seguinte:

    Se o Dida tivesse com seus 35 anos por aê tudo bem, mas e se o kara declinar? quantas equipes já não ficaram reféns de titulares veteranos absolutos e que, na hora do fim da linha do jogador, não possuíam suplente à altura???

    Dida está atacando bem? lógico, mas por pouco tempo ainda. Tomara que estejam apoiando o Grohe e mostrando para ele que sua titularidade está muito próxima, caso contrário estamos com uma alta probabilidade de perdermos 2 grandes goleiros numa tacada só!!!

  • Fagner 15 de outubro de 2013 - 23:45 Responder

    Mano, o patrão do jogador de futebol não é o torcedor. Se tu acha que é, vai lá na Europa e diz pra eles que eles estão errados. Porém, aqui, o torcedor se acha a bolachinha mais recheada do pacote.

    Futebol não vive sem o torcedor, isso é óbvio. Mas o torcedor não é o dono do clube. E isso é um conceito bem simples, pra dizer a verdade. O problema que eu quero salientar é que tem presidente que quer ser eterno e atende algumas reivindicações dos sócios pra não perder eleição. E isso a gente pode evitar nos colocando no nosso devido lugar.

    Torcedor consome o espetáculo. Só.

    Saludos,
    Fagner

  • Fausto 16 de outubro de 2013 - 12:55 Responder

    Comentando o post e os comentários.

    Sobre o Grohe, é até admirável que ele tenha permanecido diante do que ocorreu ano passado. Não se trata de questionar o Dida, a contratação dele e as atuações dele. Mas o fato é que o Grêmio tinha um goleiro considerado titular absoluto que era o Victor e vendeu ele com o campeonato em andamento. O Grohe entrou e deu conta do recado. Aí no ano seguinte é contratado outro pra ser titular. Ele poderia ter se arrancado ali já.

    Ficou, voltou pra condição de reserva e mais uma vez, quando se precisou dele, ele entrou e correspondeu.

    Acho que ele deixou o futuro em aberto porque não quer ser reserva por mais uma temporada. Está com 27 anos e tem lugar de titular em quase todos os grandes clubes do Brasil. Inclusive, atravessando a rua pra jogar do outro lado como muitos já fizeram.

    Se Dida for embora no final do ano e comissão técnica e diretoria derem moral pro Grohe acho que ele fica. Se não, tem mais é que ir embora mesmo e que seja feliz em outro clube. Só o que faltava a gente como torcedor querer que os caras fiquem no Grêmio, sendo reservas de luxo e achando mil maravilhas.

    Quem precisa entender que o futebol é um negócio que envolve paixão, em primeiro lugar, é a diretoria, a administração do clube que se esquece disso em inúmeras oportunidades.

    Inclusive na “merda” comentada pelo Fagner no post. Não pode, em hipótese nenhuma uma diretoria assumir com planos de recolocar o Grêmio no seu devido lugar e fechar com um treinador no qual não tem convicção por pressão da torcida, que é passional. Agora o Koff vem dizer que foi “condicionado” a renovar com o Luxa? Um macaco velho desses, com anos e anos de experiência nas costas e com um currículo vitorioso suficiente pra chegar pra torcida que estaria indignada pela não renovação com o Luxa e dizer: “eu sei o que estou fazendo, comigo o Grêmio conquistou seus maiores títulos, me deixem trabalhar e me cobrem depois”. Aí ele vai e repete o Odone que em 2011 não queria renovar com o Renato mas fez pra não ficar mal com a torcida. Isso é falta de convicção. É escolher a opção mais covarde e conveniente possível, pois se dá certo leva os méritos, se não dá, coloca a “culpa” da cagada na torcida.

    Quanto aos jogadores, o que eles precisam é dar o sangue pelo clube, enquanto estão no clube. O que deve nos indignar é jogador que ganha 500 mil reais de salário, entrar em campo com aquela malemolência que não é raro de se ver. Talvez a rapaziada da torcida em geral, autores e leitores do blog esteja bem de vida, mas 500 mil reais é muito, mas muito mais mesmo do que eu ganho em alguns anos de trabalho suado, ralando todo o dia.

    No momento de renovar contrato, negociar salário, querer a merecida valorização ou buscar espaço e oportunidade, o jogador tem que pensar é nele, na carreira dele, na família dele. Até porque um clube, assim como uma empresa qualquer, não pensa duas vezes antes de mandar um jogador embora, seja pra reduzir a folha, por entender que ele não serve mais ou simplesmente pra satisfazer a vaidade de algum treinador.

  • Mano 16 de outubro de 2013 - 15:26 Responder

    Eu concordo com muita coisa no post. Mas tem questões que são culturais nas relações de trabalho também. O futebol é diferente aqui, até o calendário é diferente.

    Não estamos na Europa. Tenta como consumidor reclamar de uma loja que fecha pra “siesta” na espanha, não da em nada.
    É uma questão cultural que influencia uma relação de trabalho, não quer dizer que porque é assim lá tem que ser aqui.

  • Fagner 16 de outubro de 2013 - 15:44 Responder

    Mano, o futebol é endeusado pela torcida. Não é porque nós gostamos dele, que temos sentimentos por ele, que os profissionais também devem ter. Aliás, é isso que “profissional” significa: faz pela sua profissão. Quem ama é o amador.

    E, pra fechar: não é muita presunção achar que nós amamos mais o futebol do que os europeus?

    Saludos,
    Fagner

  • Mano 16 de outubro de 2013 - 19:08 Responder

    Fagner, não é que a gente ame mais o futebol, nós reagimos mais passionalmente.

    Agora, tem que ter um equilíbrio entre as duas coisas, a emoção e a profissionalização.
    Senão a torcida também tem o direito de se “profissionalizar”, saca.

    Em qualquer lugar, em qualquer empresa, gente sem tesão é um saco e não empolga ninguém.

    Daleô, abraco

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