Empate com sabor de reforços: Grêmio 1×1 Atlético GO

0 Postado por - 26 de novembro de 2017 - Artigos

O final de temporada está com aquele sabor de expectativa. Afinal, quem consegue se concentrar num jogo contra um rebaixado sendo que o Grêmio já está em 4 lugar mesmo que tudo dê errado? Ninguém que ainda esteja pensando em 2017. Porém, pros que se enxergam reforços pra 2018, a situação é diferente. E foi exatamente isso que se viu no empate do Grêmio com o Atlético Goianiense na Arena. O último jogo na Arena do ano foi marcado por um primeiro tempo desastroso e um segundo tempo alentador. O 1×1 foi de bom tamanho, mas ficou aquele gostinho de que se a escalação fosse outra, mais reserva ainda, os 3 pontos teriam vindo.

A escalação não revelou novidade alguma. Se em Santos o time reserva estava bem e até jogou melhor que o adversário em vários momentos, aqui o time foi praticamente o que estava jogando o campeonato de aspirantes. Com alguns reforços, como Paulo Vitor, Bruno Rodrigo, Cristian e Beto da Silva. O tesão pelo jogo foi zero. Todo mundo achando que seu lugar tá garantido e nada de produção. Foi seguramente o pior primeiro tempo do Banguzinho em 2017. Chegou ao cúmulo do Machado ceder um escanteio pro adversário recuando da intermediária ofensiva uma bola impossível do Paulo Victor chegar, perto da bandeirinha de escanteio. Mas não sofremos gol algum, o que dava aquela esperança maldita em um golzinho salvador e 3 pontos.

Na volta pro segundo tempo o Grêmio já veio sem Cristian e com Lucas Poleto. O Kaio foi pra volância, onde rende mais (porque na função do Ramiro ele é péssimo) e ganhamos o primeiro reforço pra 2018. Se ele já tinha mostrado alguma coisa nos minutos finais da partida contra o São Paulo, na ponta direita ele fez chover. Muita velocidade, habilidade e as melhores jogadas do Grêmio. Também houve uma mudança de postura, colocando Dionatan e ele muito espetados na linha com o Beto da Silva (que parece que não entrou em campo no segundo tempo). A ponta esquerda e a ponta direita foram muito bem com esse acréscimo de velocidade. Justamente onde os reforços fizeram falta esse ano desde a saída do Pedro Rocha.

A melhor jogada do Grêmio foi um contra-ataque rápido (jogada que NÃO TEMOS MAIS desde que perdemos o 32) entre os dois guris. Dionatan foi lançado na ponta esquerda e foi como uma flecha pra linha de fundo. Depois de vencer dois jogadores, cruzou. Lucas Poleto saiu da ponta e fez a centroavância (coisa que o Peter Rock fazia muito), deixando o marcador perdidinho, mas errou em bola e não fez o gol. E quem não faz, né. A gente sabe. Levamos um gol em uma jogada lixo do time de Goiás. A bola sobrava de um pro outro e entrou no canto mascada. Logo em seguida, escanteio no primeiro pau. Thyere dá uma fuzilada, o goleiro faz um milagre e, na sobra, Lucas Poleto mergulha e marca o seu merecido gol.

Lucas Poleto: segundo jogo, primeiro gol. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Mas se o jogo seguiu abaixo e não mudou tanto com a entrada do Jean Pierre no lugar do Patrick, o mesmo não se repetiu quando o Renato abriu mão do Kaio e colocou outra grata surpresa pro ano que vem: Vico. É o tipo de guri que me agrada, o da transição rápida, do giro e da velocidade, que sempre parece que vai chutar a qualquer momento de onde estiver. E o Grêmio mandou tanto no jogo que o Atlético Goianiense começou a fazer cera pra não perder a partida.

Sim, agora tudo é Libertadores. Mas em 2018 tem Libertadores também pra gente, com calendário apertado e, se tudo der certo, com um time mais qualificado para fazer os pontinhos que faltaram pra disputar efetivamente o título brasileiro. Em um cenário de Copa do Brasil pagando muito mais que o Brasileiro, haverá mais necessidade de separar equipes e entrosar mais de um time completo. E o Grêmio já apresentou ao longo de 2017 reforços importantes: Cícero, Cristian, Paulo Vitor, até mesmo Bruno Rodrigo. Hoje mostra que a base também pode reservar surpresas do nível do Arthur.

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