Fagner abre seu voto

0 Postado por - 15 de outubro de 2014 - Artigos

A última vez que votei foi em 2008, quando achei que era hora de trocar o Odone por alguém. O Koff indicou o Duda Kroeff e eu ajudei a eleger. Assim, entendo completamente quem quer votar no Homero. Porém, acho que não é o momento. E não tem nada a ver com a falta de títulos ou mesmo a razão que pesou bastante na escolha do Menezes (a compra da gestão da Arena) que me fez tomar o mesmo caminho. É também relativo à administração do clube, que, acho, é mais importante para o clube do que títulos (já cansei de falar aqui que vincular administração com ganhar título é charlatanismo). Meu motivo tem três letras: S A P.

Esse ano compramos o SAP praticamente junto com o Felipão. Se escolher um software e conseguir viabilizar a sua compra é um trabalho monstro, implementar ele é umas cem vezes mais difícil. O processo de compra envolve quem tem o dinheiro, quem negocia e o chefe de todos os usuários, digamos assim. Se os três conseguem executar bem o seu trabalho (o último escolhendo a melhor ferramenta, o penúltimo conseguindo o melhor preço e o primeiro conseguindo levantar esse montante) está tudo certo e a compra se efetua.

Na implementação, além do pessoal de suporte, todo o funcionário que precisar cadastrar ou retirar uma informação dele é atingida. Um software novo sempre obriga as pessoas a mudarem a sua forma de trabalhar. Ao invés de três pessoas envolvidas, temos cem, duzentas, dependendo da profundidade dele na organização. E isso é um processo que desperta rancores e boicotes. “Eu sempre tive a minha planilha do Excel e ela é mais confiável que esse treco”. “O quê? Como assim eu tenho que passar essa informação? Se eu não for o único que sabe isso, vão precisar de mim pra quê?” É uma mudança de cultura organizacional. É um desafio maior ainda do que a compra da gestão da Arena porque vai mexer nas entranhas do clube.

Assim, basicamente: eu confio mais em quem comprou o software e sabia que essa etapa era necessária do que um candidato que não sabe bem pra que isso serve.  E isso é, em 2015, mais importante até que um título. Voto Romildo Bolzan.

Comparilhe isso:

14 + comentários

  • CELSO 15 de outubro de 2014 - 13:07 Responder

    Fagner, a eleição que tu referes, aconteceu em 2008 e não como assinalastes.Nela Koff prometeu, entre outras coisas, participar ativamente do vestiário, não participou de coisa alguma e voltou para sua confortável cadeira, no Clube dos 13. Agora, na véspera da eleição vem com mais 2 fábulas: Compra da Arena e o tal software. Para ser eleito em 2012, acenou com o jogador no cofre e o investidor de cem milhões. Se não cumpriu antes dá para confiar agora? Quem quiser que acredite! Quem viver verá!

    • Fagner 15 de outubro de 2014 - 13:27 Responder

      Olha, cara, o software já está comprado. Não é promessa, está aí. Precisa ser implementado. Ter a gestão da Arena significa fazer o que precisar com o dinheiro das entradas, coisas que não podíamos nos moldes anteriores. Já devolveram o Grêmio pro ODONO pelos erros dele em 2008. Vão continuar fazendo isso a vida toda?

      E obrigado pela correção. Já arrumei o texto.

      Saludos,
      Fagner

  • Felix Nuñez 15 de outubro de 2014 - 14:33 Responder

    Bom, eu não voto, mas se votasse iria de situação, mais do que pela compra da arena e do SAP, e sim por acreditar que 4 anos é um bom parâmetro para medirmos uma gestão. Aliás, se pudesse mudaria o estatuto para gestões de 4 anos sem direito a reeleição.

    Com a atual ZONA que é administrar qualquer clube de futebol, basicamente o primeiro ano seria para entender as finanças e iniciar o planejamento estratégico. Mas como a gestão é de 2 anos, o pessoal vai no “all-in” logo de cara, gasta mais do que arrecada e testa a sorte dentro das 4 linhas. E essa a bola de neve vem crescendo há 13 anos. Primeiro ano gasta-se demais, segundo conserta um pouco, mas o passivo vai aumentando ano a ano.

    Espero que nesses 2 anos a casa tenha se ajeitado um pouco e os 2 próximos sejam para efetivamente ganharmos ( título e dinheiro)

  • CELSO 15 de outubro de 2014 - 15:10 Responder

    Bom, o software tá explicado, embora ainda não implementado. Mas e o jogador do cofre? E o investidor?

    • Israel 15 de outubro de 2014 - 15:26 Responder

      O jogador do cofre era o Lugano, informação que já foi bastante divulgada aliás. O “Fica Pojeto Luxemburgo” disse que nunca foi consultado sobre tal contratação e que por isso era contra a vinda do uruguaio. Aliás, a frase foi “se trouxerem ele, vai passar dois anos correndo em volta do gramado porque eu não vou escalar”.

  • CELSO 15 de outubro de 2014 - 16:26 Responder

    Então o software e o jogador do cofre estão explicados. Tá faltando o investidor!

    • Arthur 17 de outubro de 2014 - 11:27 Responder

      O investidor trouxe o Giuliano. Acho que foi uma opção equivocada, mas ele existe e investiu no clube.

  • Jorge 15 de outubro de 2014 - 18:04 Responder

    Voto no Romildo por acreditar ser esta a melhor opção no momento.

  • felipe tavares 16 de outubro de 2014 - 19:41 Responder

    Só uma pergunta que vai ajudar a definir meu voto. Em caso de vitória do Romildo, continua de executivo “muito” bem remunerado o Sr, Rui Costa que só contrata porcaria a peso de ouro? Sim porque o cara conseguiu contratar um lateral pior que o Pará, tanto que virou reserva.

    • CELSO 16 de outubro de 2014 - 20:38 Responder

      Felipe, esta é tal pergunta que não quer calar e que ninguém da chapa oficial responde. Por que será? Eu também gostaria de saber, embora o meu voto já esteja definido.

      • Fagner 17 de outubro de 2014 - 15:06 Responder

        Não sou da chapa, mas eu acho que vão manter o cara lá. Também acho ele ruim (quase tanto quanto o Pelaipe). Mas a pergunta que eu faço pra vocês é: quem vocês acham que o Maineri vai trazer? Vocês lembram quem é o Maineri? Vocês sabem como foi o Grêmio montado por ele quando fez a função do Rui Costa em 1992? Vocês lembram o que jogamos e como fomos em 1992? O que ele fez para melhorar desde 1992?

        Saludos,
        Fagner

  • Fausto 17 de outubro de 2014 - 11:13 Responder

    Bom, sobre esta questão do software, como tu mesmo disse, muito mais difícil que comprar é implementar, mudar a cultura da organização. Profissionalizar mesmo a gestão do clube. Quem conseguir fazer isso, aí sim terá méritos inacreditáveis.

    Agora, de cara me chama a atenção uma coisa. Eu não conheço a fundo a estrutura administrativa do Grêmio, mas será que o software mais indicado era mesmo o SAP? Um software caro para adquirir, caro para manter, caro pra implantar e muito mais caro ainda de customizar?

    Será que quem comprou, de fato sabia o que estava comprando e para quê estava comprando. Será que foi feito esse trabalho monstro de “escolha” que tu mencionou? Ou simplesmente digitou no Google “software de gestão”, foi lá e Pimba. Por exemplo … profissionalizar a gestão não deveria envolver contratar um diretor de TI realmente qualificado (já tem no Grêmio?), um executivo mesmo, que viesse para colocar a tecnologia para trabalhar a favor do tricolor, estruturar toda a TI do clube e entre outras atribuições, deveria avaliar os softwares disponiveis no mercado e qual a melhor opção para o Grêmio?

    Volto a dizer, com 50 mil se paga grandes executivos. E daria pra montar uma equipe com:

    CEO
    Diretor Administrativo
    Diretor Financeiro
    Diretor de Marketing
    Diretor de Marketing Esportivo
    Diretor de Comunicações
    Diretor de TI
    Diretor de Eventos
    Diretor de Patrimônio
    Diretor de Relacionamento

    10 caras top do mercado, custando R$ 500,00 mil mensais aos cofres tricolores. Pouca coisa a mais do que custa hoje o Kleber Gladiador que joga pelo Vasco!

    • Fagner 17 de outubro de 2014 - 15:55 Responder

      Concordo com tudo o que tu escreveu. No caso, o cara que viabilizou o SAP é um dos CA’s do Romildo. Acho que não partiu dele a escolha e acho que a expertise do Hoffenheim foi fundamental para isso. Também já ouvi falar das limitações dele (é um bicho papão de todo o funcionário que usa que conheço). Mas a probabilidade de não funcionar é maior se o processo de implementação for feito por quem já manifestou que ele não é importante.

      Já sobre os valores e as diretorias, há outro grande problema: os cardeais que são ricos o suficiente para se dizerem abnegados insistem em manter o Grêmio como clube social, ao invés de SA. Isso inviabiliza a lógica de contratar profissionais. E aí a briga é bem maior (e nenhuma das duas chapas quer desfazer isso, infelizmente).

      Saludos,
      Fagner

    • CELSO 17 de outubro de 2014 - 21:36 Responder

      E daria para acrescentar ao que ganha o Gladiador, o que ganha o “aspone”, colorado de carteirinha que organiza a “agenda”do Presidente, pela módica quantia de R$30.00,00 mensais, trazido pelo “cacique” do Clube dos 13, certamente recomendado pelo amigo Fernando Carvalho.

    Deixe uma resposta