Grêmio vence mais uma: 3×0 em casa.

4 Postado por - 27 de março de 2016 - Artigos

Com a vitória o Grêmio joga a primeira das quartas de final em casa, com o 4º lugar garantido. Uma vitória contra o Passo Fundo no Vermelhão da Serra deve colocar o Grêmio antecipadamente em primeiro no geral. Mais um jogo tranquilo e com três gols, colocando o time com a média de 2 gols por jogo. E esse é o único problema do time do Roger: podia ser mais. Pelo volume que andamos criando, várias goleadas já podiam ter saído. Inclusive hoje.

Everton ficou fora e Pedro Rocha começou a partida tentando muito. O esquema com o Douglas revezando com o Lincoln e o próprio 25 na linha atrás do centroavante só começou a realmente dar resultado quando o Bobô, em seu melhor jogo pelo Grêmio, cavou o seu espaço pela ponta esquerda. As melhores jogadas do primeiro tempo foram exatamente por aquele lado. Começando pelo gol: jogada iniciada pelo 13 que passou para o Douglas, que voltou com ele, que tabelou com o Maicon que fez um ótimo passe pro centroavante limpar o zagueiro com muita habilidade e tocar pro fundo da rede.

Bobô, melhor jogador do jogo, achou o caminho do gol. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Bobô, melhor jogador do jogo, achou o caminho do gol. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Foram poucas as chances na primeira etapa, é verdade. Mas o Grêmio controlava bem o jogo, mesmo com marcação muito forte. Nessa tarefa Walace foi crucial. O volante é muito rápido para trocar a bola e, quando sem opção e marcação não tem o menor pudor de arrancar pelo meio da defesa e fazer o passe em profundidade. Pena que o ataque não teve a mesma intensidade. Porém, logo antes do primeiro minuto do segundo tempo o jogo ficou bem mais tranquilo. Tentativa de jogada do Pedro Rocha com o Douglas acabou encontrando o pé do zagueiro. Ao invés dele tirar, acabou fazendo um passe digno de 10 para o nosso ponta driblar bem o goleiro e chutar com precisão, enganando o zagueiro: 2×0.

Aí o jogo abriu e empilhamos chances desperdiçadas. Bobô, Pedro Rocha e Lincoln tiveram as mais claras e pararam todos da mesma maneira: nos pés do Lauro. Seguíamos tendo as melhores chances pelo espaço aberto pelo 13, faltando claramente alguém ocupar o seu lugar no meio para aproveitar para meter pra dentro. Na primeira alteração, ao invés de tirar o Lincoln ou o Douglas, tirou justamente o Bobô pra colocar o Henrique Almeida. Que começou com as sua tradicional vontade (sobra, até), brigando muito e conseguindo um belo chute logo que entrou.

O Grêmio oscilou e parou de criar até o Henrique começar a ocupar os mesmos espaços que o Bobô. Aí o time voltou a crescer e teve boas chances de conclusão, porém com o Douglas e o Maicon (duas vezes) foram mal aproveitadas. Roger tirou o Maicon para colocar o Edinho (péssimo presságio para a Libertadores) e o time ficou bem espaçado, com quase cinco jogadores na defesa (o 12 cobrindo). Aí, no final, Roger fez o que eu queria: tirou um meia (o Douglas) e colocou dois centroavantes no time. E foi o Batista que estava no lugar onde um centroavante deveria estar quando Henrique Almeida puxou um rápido ataque na ponta esquerda e cruzou em diagonal pra área. Com um toque e um bom arremate de esquerda, o 24 fechava o placar e encerrava o jogo: 3×0.

Próximo jogo é quarta e, URGENTEMENTE, precisamos tirar o Marcelo Oliveira e o Maicon do time para testar opções para o jogo contra a LDU. O Ruralito já está muitíssimo bem encaminhado (pra quem gosta de – você sabe o quê – o prato tá bem cheio) e teríamos duas partidas para ver o que pode dar errado. Não gosto nem um pouco da ideia de Edinho no meio em Quito.

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12 + comentários

  • Félix Nuñez 27 de março de 2016 - 22:06 Responder

    Gostei muito do Henrique Almeida. Talvez seja o melhor finalizador a meia distância do time.

    Acho improvável Roger colocar Caio no time. Ou deslocar Ramiro pra meio e Wallace na direita. Acho que virá o Edinho mesmo. Espero que não comprometa.

    • Fagner 28 de março de 2016 - 10:55 Responder

      Eu queria que ele jogasse na ponta, ia ser titular com certa tranquilidade. Mas insiste em dizer que é “centroavante”, aí se complica. O ego dele já foi um grande problema na sub-20 aquela, onde tinha Neymar, Lucas, mas ele se achava o melhor do time. No sulamericano até o Wiliam José foi mais decisivo. Quando recebeu chuteira de ouro no mundial precisou parar no Coritiba pra colocar um pé no chão. Se colocar o outro, de repente jogue 30% do que acha que joga.

      Saludos,
      Fagner

  • comaru 28 de março de 2016 - 10:12 Responder

    O problema não é o Edinho comprometer, é que ele não ajuda em nada nossa saída de bola. A LDU está quase desclassificada e provavelmente não vai ser atirar ao ataque, se fizer o mesmo que o San lorenzo, ou seja, deixar os volantes com a bola e marcar os meias temos um jogador que vai ser inútil no meio para armar e não vai ser rápido o suficiente para parar os contra-ataques.
    Gostaria de Ramiro no meio, mas pelas alterações do Roger acho muito difícil.

    • Fagner 28 de março de 2016 - 10:51 Responder

      Exatamente o que eu penso. Preferia um guri ali, tipo o Kaio. De repente o Ramiro até pode aparecer por ali, desde que o Wallace Oliveira volte a jogar pelo menos esses dois jogos pra readquirir ritmo. Ia ser melhor pro Grêmio.

      Saludos,
      Fagner

      • Ramiro 28 de março de 2016 - 12:42 Responder

        Minha opinião: exatamente o que foi redigido por Fagner a partir do segundo ponto.

  • Artur Wolff 28 de março de 2016 - 10:48 Responder

    Passam os jogos e em poucas oportunidades se vê o Grêmio jogar com aquela esperada ” vontade de vencer”, garra, “fome de gol” ou seja lá como se possa qualificar.
    Parece haver uma indolência uma “vagabundagem” em, por exemplo o jogo de ontem, buscar fazer um 3 x0 e liquidar o jogo.
    Não, fazem um a zero, “tiram o pé” fica aquele joguinho morno sem vontade esperando quem sabe como aconteceu já muitas vezes tomar um gol para começar a correr atrás de novo.
    E por favor, era o Lageadense com 6 reservas……….
    Falta ainda sem dúvida neste grupo de jogadores aquele espírito guerreiro de amassar o adversário, DE DECIDIR O JOGO, principalmente dentro de casa.

    • Artur Wolff 28 de março de 2016 - 10:52 Responder

      Me refiro ao 1º tempo. No intervalo parece que Roger deu uma “mijada” e a coisa melhorou.
      Mas a esta altura precisa chamada no intervalo pra isso…????

      • Fagner 28 de março de 2016 - 10:56 Responder

        Não só isso, né. O gol com 50 segundos fez o time adversário se obrigar a sair. Aí deu espaço e o Grêmio mostrou seu futebol. O Grêmio jogando com espaços é uma máquina. Por isso não tenho medo de nenhum time grande. Só de time pequeno jogando no contra-ataque.

        Saludos,
        Fagner

    • Ezio 28 de março de 2016 - 11:24 Responder

      Artur se o Lajeadense estava com 6 reservas por outro lado nós também estávamos ontem eu não achei o time insolente a questão é que o goleiro deles tava inspirado. Foram pelo menos umas 5 certas que ele salvou.

  • Ezio 28 de março de 2016 - 11:23 Responder

    Barbada é pouco pra definir esse jogo. O GRÊMIO foi didático mesmo jogando com meia formação reserva (Grohe ir pra Seleção pra ficar no banco é pra matar) mostrou bem quem era o time grande. Só não foi uns 7 pq o goleiro deles tava inspirado. O legal é que o time (com o banguzinho) vai fazendo o dever de casa (coisa que não vem fazendo há anos) que é se impor no campeonatinho do noveletto e há um jogo pra garantir todas as vantagens no Play-off e gurizada mesmo o time da padre cacique não assusta nem um pouco. A primeira vai ser no aterro e eles vão ter que sair pro jogo pq os dois empates vão ser nossos. Não dá pra afirmar 100% pq futebol é futebol e o histórico do GRÊMIO não anda nos permitindo ser mto otimistas mas pro chroumoso dá pra acreditar uns 90% que vai ser do GRÊMIO.

    • Ezio 28 de março de 2016 - 11:52 Responder

      a um jogo de garantir todas as vantagens no play-off quis dizer na msg acima

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