(Foto: Grêmio FBPA)
Na partida pelo primeiro turno entre Grêmio e Avaí, aqui na Arena, vencida pelo time catarinense por 2 x 0, o goleiro Douglas Friedrich, do Avaí, fez tantas defesas difíceis que acabou alçado à categoria de celebridade futebolística imediata, além de ter garantido a vitória de seu time.
Ontem foi a vez de Paulo Victor, goleiro do Grêmio, mostrar que foi um aluno aplicado em Fundamentos do Milagre, Teoria Básica do Milagre e Milagre Avançado, todas cadeiras ministradas na Universidade Tricolor de Goleiros pelo agora mestrando Marcelo Grohe. Não fosse por Paulo Victor, ontem, teríamos voltado de Floripa como geralmente se volta de SC após um reveillon, ou seja, com dor de cabeça. E o curioso é que apesar disso, o sentimento que ficou é que poderíamos ter vencido a partida.
O Grêmio foi à campo com um time todo reserva, à exceção de Michel, escalado para pegar ritmo de jogo após retorno de lesão. Apesar disso, o início do jogo se mostrou promissor, com um bom entrosamento do time, ultrapassagens e toque de bola envolvente. O caminho mais adequado se mostrava o lado esquerdo, com Everton em uma noite inspirada. Aqui cabe um parêntese para Everton; trata-se do atleta que mais participou em jogos pelo Grêmio em 2017. Participou de 53 dos 67 jogos do time este ano (79%), o que significa que jogou uma partida a cada 5 dias, desde o dia 02/02.
Pois Everton aterrorizou a defesa catarinense ontem, praticamente criando os dois gols gremistas. No primeiro ele serviu Thyere em uma bola recuperada. O zagueiro, que estava ainda na área devido ao lance anterior, deu o tempo correto e chutou no contra pé do goleiro, que saía tentando abafar a jogada.
Com o gol e a certa facilidade com que chegava ao ataque, o Grêmio acabou se acomodando um pouco, permitindo ao Avaí sair para o jogo e fazer pressão, agora com o placar adverso. A estratégia funcionou e os catarinenses empataram com um belo chute de fora da área resultado do rebote de um escanteio. Novo parêntese para dizer que todos os rebotes de escanteios ficavam nos pés do adversário.
Com o empate o time Gaúcho retomou a atitude mais ofensiva chegou ao gol novamente com Kaio, após bela jogada de Everton
Importante lembrar que neste ínterim ainda houve um gol do Bressan (sim, verdade) mal anulado por impedimento e uma bela assistência de Jael (verdade novamente) deixando Everton na cara do gol. Jael, aliás, foi bem participativo ontem, vindo buscar e distribuir o jogo e fazendo o papel de pivô, o que resultou em duas belas assistências não aproveitadas pelos companheiros Everton e Michel, no segundo tempo.
Na segunda etapa o Avaí lembrou que estava na zona ao “ai meu deus” e veio para cima do jeito que conseguia, ou seja, com escanteios batidos sempre por Marquinhos (aquele mesmo). E aí começou a aparecer Paulo Victor. Já no início ele catou uma cabeçada junto ao chão. Mas no segundo escanteio, em mais um rebote que fora parar nos pés do adversário, foi enganado pelo pé traiçoeiro de um atacante quase junto a si, desviando um chute que vinha nele.
O Avaí empatava, entendia que podia vencer e quase o fez. Só não virou o jogo porque nosso goleiro fez mais um par de milagres e ainda contou com a ajuda do travessão em um belo chute de fora da área.
Ao longo da partida ficou aquele gostinho de derrota, principalmente pelo gol perdido por Michel após assistência de calcanhar de Jael. Mas analisando-se o quadro após o jogo, o entendimento muda um pouco, quase pendendo para o lado adversário.
Dois dos jogos contra o Avaí no campeonato, fica a certeza que éramos mais time em ambos, titulares e/ou reservas, e que ambos poderíamos ter vencido, o que já resultaria em uma pontuação bem mais interessante no cenário. E só não estamos questionando isso porque temos aspirações e esperanças bem maiores para o ano.
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