Lavada: Grêmio 4×0 Brasil

0 Postado por - 1 de abril de 2018 - Artigos

Finalmente a chuva deu trégua em Porto Alegre, mas a lavada esteve presente na Arena. A tentativa de emparelhar alguma coisa no confronto entre Grêmio e Brasil ruiu no 45º minuto do primeiro tempo. Com a expulsão de Eder Sciola o time de Pelotas foi engolido pelo tricolor que goleou com dois gols de Everton, um de Alisson e outro de Ramiro. Um arrodião que praticamente coloca o título do Ruralito na Arena. A lavada teve requintes de crueldade: Jael jogou muito bem dentro dos seus limites, dando duas assistências para gol e dois chutes no gol para defesas do goleiro.

Clemer fez bem a lição de casa. Pegou o que de melhor fizeram os adversários do Grêmio para tentar não levar uma surra. Botou um time cheio de volantes, jogadores rápidos pra tentar contra-atacar e marcou como se não tivesse amanhã. A tática só não deu certo porque o Daronco não foi conivente. Pelo menos não tão conivente quanto o juiz do segundo Grenal das quartas e o substituto do Vin Diesel no Grenal da Arena. Pra encurralar o Grêmio é preciso que o juiz deixe que batam no Luan impunemente e marquem faltinhas para o adversário na intermediária para alçarem 500 bolas na área. Depois de avisar muitas vezes, aos 45 do primeiro tempo a paciência do juiz terminou e veio o segundo amarelo por EXCESSO DE FALTAS (como será possível ver pela súmula mas já ficou claríssimo no gestual). Embora um certo comentarista de carnaval insista que foi excesso do juiz e que a falta não foi violenta o aviso já tinha sido dado minutos antes, quando ele acertou o Luan matando um contra-ataque no círculo central e levando o estádio à loucura por não ter dado o segundo cartão merecidamente.

A volta pro segundo tempo é que trouxe a lavada. Éverton fez o primeiro em uma assistência primorosa do Jael. Depois o Alisson fez em uma grande jogada do Maicon, que achou o Jael, que cabeceou e o goleiro pegou. No rebote o guri vindo de Minas fez o segundo. Ainda antes de sair Jael foi determinante em mais uma jogada: um passe de calcanhar deixou o Everton outra vez em condições de chutar e fazer o seu segundo gol. O centroavante, mesmo sem fazer gols, saiu de alma lavada pra entrada do Tony Anderson. O quarto gol, de Ramiro, foi de falta – o que, tecnicamente, deixa ele apenas com dois gols de falta atrás da temporada de 2017 do Edílson. Eu que não estou sentindo falta do ex-camisa 2.

Everton está afiadíssimo. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr).

Com a sua principal virtude comprometida – bater no Luan – o Brasil apenas ficou esperando não levar mais gols. E mesmo com uma linha de 5 e outra de 4 a gente quase fez mais. Não creio que será necessário. Duvido muito que a nossa defesa, com Geromel e Kannemann, leve os 5 gols que são necessários para perder o título. Nem que levaremos 4 para ir para os pênaltis. Fazer uma lavada virou marca registrada do Grêmio no Ruralito. Levar lavada seria inédito.

O melhor do resultado é que ninguém vai ficar enchendo o saco e a gente pode jogar a Libertadores com a atenção que ela merece. Quarta todos na Arena!

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2 + comentários

  • Ezio 1 de abril de 2018 - 23:07 Responder

    O Xavante foi um time valente conforme sua história conta. Tentou ser aplicado e tirar os espaços do GRÊMIO. Porém há um abismo de diferença entre os dois times e os dois plantéis. Some-se a isso a expulsão (pra lá de merecida) do Eder Sciola mais o cansaço que o Xavante já demonstrava no final do 1 tempo foi um abraço. Foi uma lavada com direito ao Renatão pedir pro time maneirar visando a Libertadores.

    • Fagner 2 de abril de 2018 - 13:41 Responder

      Verdade, Ezio, citou uma coisa que eu não coloquei ali no texto mas tu tem toda a razão: o cansaço. As faltinhas na intermediária quando estavam tentando atacar o Grêmio foram, várias delas, sintoma de cansaço na marcação. O Clemer (e o Saurício Maraiva) colocam a “culpa” só na expulsão, mas tem muita coisa aí na jogada.

      Saludos,
      Fagner

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