Longe do fim do mundo

Perdemos ontem, contra o Corínthians, lá em São Paulo. Teve gente pirando, dizendo que o jogo estava fácil, que era jogo para três pontos, etc. Eu digo que eles beberam. O nosso adversário de ontem já jogou contra os três líderes: Fluminense, Atlético Mineiro e Grêmio. Na primeira fase, como foi logo no início, jogou com os reservas, fora de casa contra nós e os mineiros, em casa contra os cariocas. Perderam os três. Dezenove jogos e um título de libertadores depois, era óbvio que o time seria diferente e a atuação também. Assim, fizeram três pontos no Atlético e um no Fluminense. Em dois jogos em casa, 100% de aproveitamento.

Assim, se alguém saiu com vantagem nesse adversário, foi o ponto do Fluminense em casa. O que não vai ser vantagem desde que a gente ganhe mais jogos em casa do que os cariocas. E, só para avisar, em casa, nesse turno, eles já conseguiram empatar com o Corínthians. Nós temos 100%. E, também para ajudar, eles só fizeram dois pontos contra o Figueirense (2×2 em casa e fora), enquanto já fizemos três da nossa vitória em casa. Ou seja, se ganharmos mais uma em Santa Catarina, abrimos quatro pontos nesse adversário.

O jogo ontem foi ruim, mas eles tiveram muita sorte. Deram três chutes para o gol e fizeram três gols. Os dois primeiros antes mesmo do jogo esquentar, o que bagunçou todo o esquema nos deixando na obrigação. E era tudo o que eles queriam. Nunca vi na minha vida um time mais retranqueiro que o do Corínthians de 2012. E não digo só desse jogo, falo de todos. Eles simplesmente se fecham com cinco jogadores que quase nunca passam do meio de campo quando tem vantagem – em casa ou fora, não interessa.  O nosso meio de campo marcou pouquíssimo, mas, mesmo assim, não levamos sufoco, blitz ou algo que o valha. Apenas deixamos demais a bola com eles, que vinham tocando despretenciosamente. E mais nada.

Porém, nós não estávamos superiores ao adversário para se lamentar o resultado. Mesmo quando fomos para cima, com méritos do Lixemburgo, que colocou o Leandro, Marcantônio e Marquinhos, deixando só o Zé Roberto de volante, não conseguimos jogar melhor. Mas tentamos. Não foi como quando enfrentamos o Coritiba e a Ponte Preta fora de casa. Naqueles jogos, vínhamos melhores até o treinador pedir para puxar o freio, no primeiro, e mudar os laterais de lado, no segundo. Por falar nisso, ontem ele fez a mesma coisa, que continuou não funcionando. O Pará não é um fenômeno para virar o Edilson de lado. Se queria colocar o Pará na direita, então não tirava o Fernando, mas o Edílson, para passar o Zé Roberto para a lateral esquerda. Assim, não estou nem um pouco revoltado hoje. Era um resultado completamente natural.

Assim, segue o baile. Agora é foco no Nautico. Esse jogo nós temos que ganhar. E vamos fazer a nossa parte: lotar o Olímpico mais uma vez.