Não tem polêmica?

Jogo só no final de semana é dose para blogueiro. Não tem muito o que falar, as atenções estão voltadas para outros lugares e, para não deixar seu espaço às moscas, tem que vir e tirar o pó com um texto despretencioso. Agora, imagina para jornaleiro. Nós não temos que vender diariamente algo para o leitor. E como é que se resolve isso? Quando a coisa aperta é necessário inventar polêmicas.

A última foi a do favoritismo. Enquanto os jornaleiros não tinham ainda notícia nenhuma sobre os treinos da segunda força da capital e seu embate com o tricolor carioca, a pauta foi atirar a obrigação da vitória para cima do Grêmio. Isso começou domingo, amainou na segunda e amanhã, principalmente depois de um resultado negativo hoje, virá com força total. A ideia é mostrar como o estado todo sabe que o “Grêmio está em melhor fase”, que o adversário está combalido e ocupadíssimo com a Libertadores.

A melhor resposta, surpreendentemente para mim, veio do presidono do Grêmio, Paulo Odono, que disse, já no Sábado, que o favorito era o adversário principalmente pela “campanha que vinha mostrando na Libertadores”. Foi uma resposta muito inteligente. Talvez, a flauta mais elegante dos últimos tempos. Estamos desfalcados de posições importantes e a formação que acabou com eles não vai poder estar em campo. Porém, temos um motivo importante para correr no domingo: decidir o último campeonato Gaúcho do Olímpico na nossa casa. E isso nos dá a obrigação de patrolar os adversários no domingo. E só isso. Não é plantel melhor, não é momento, não é técnico.

Seja como for, prepare os ouvidos e olhos: a quinta feira será de notícias mobilizadoras. Desconfiem de tudo. Principalmente de polêmicas de última hora.