No banco dos réus.

0 Postado por - 8 de agosto de 2012 - Sem categoria

Não vou falar diretamente do Jogo do Grêmio contra o Bahia pois acho que o que aconteceu está acontecendo para todos. E mais para os times com pouca força política.

Esse Campeonato está ficando marcado por grande erros de arbitragem. E a parte fácil é botar a culpa no Juíz. Mas tem culpado pra todo lado.
CACETE estamos em 2012 e só recentemente foi aprovado pela Camara dos Deputados e está tramitando para aprovação no Senado o Projeto de Lei que regulamenta a profissão de Juiz no país do futebol. Essa notícia já seira suficiente para isentar praticamente todos os árbitros de seus erros (se não levarmos carater em consideração).

Não é novidade que o referee por essas bandas de cá não é um profissional de fato. Que quase todos eles tem uma segunda profissão e que não podem se dedicar exclusivamente aos exigentes treinamentos. Também não é novidade que o salário que eles ganham é uma mixaria salvo os TOP FIFA.

Mas se isso isenta, também incrimina. Pois se o camarada sabe que paga mal e sabe que não é regulamentado só pode estar lá por convicção ou puro masoquismo. Não tem amor a mãe.

Dai tu junta o despreparo às pressões externas (e elas vem de todos os lados) e está feita a merda. Os cartolas pressionam a Federação, os técnicos pressionam antes do jogo pela mídia, os jogadores simulam faltas e a torcida xinga. Não há quem resista, eles são o alvo de toda a cadeia.

Pra piorar essa história temos os canalhas, os que de fato merecem estar na Galeria dos Grandes Ladrões e que fazem a má fama. Nesse caso temos o caso inesquecível do Edílson Pereira de Carvalho que ganhava uma “bolinha” de 15 mil por jogo manipulado (BR 2005).
Mas na minha leitura esses são a minoria.

Além disso a regra do futebol evolui muito pouco. E neste caso me refiro ao uso da tecnologia para auxiliar os árbitros. O futebol evoluiu e se profissionalizou quase que totalmente. E as regras para auxiliar o Juiz continuam as mesmas. O máximo que foi feito foi a tentativa de se colocar 2 juízes em campo e agora essa do juiz moita, que fica posicionado na linha de fundo. Porém todas essas alternativas estão condicionadas ao erro humano.

O Juiz hoje aplica um cartão vermelho e descreve na sumula o que ele interpretou do lance e no julgamento os clubes usam o recurso da televisão com slow motion. Não é justo.

Temos exemplos concretos de outros esportes que usam a tecnologia para auxiliar. O Tenis a muitos anos usa câmeras para determinar se a bola foi dentro ou fora. O Beisebol também.

Justiça seja feita parece que a FIFA aprovou a tecnologia das bolas com sensores. Para determinar se a bola passou a linha do gol ou não. Isso já eliminaria erros históricos no futebol. Não se tem mais espaço para o romantismo do erro.

Mas é pouco. Para o que nosso futebol representa merecíamos ter mais qualidade em todos os aspectos. Principalmente para garantir que o juiz não acabe sempre como o grande culpado.

Nota de curiosidade.

Nos primeiros anos do futebol, eram os próprios jogadores que acusavam as infrações, pois os ingleses acreditavam no cavalheirismo de quem participava do jogo.
Esse hábito verificou-se, muitos anos depois, numa partida entre as seleções do Brasil e Argentina, disputada em Buenos Aires. Jogo duro que estava empatado em um gol, quando a Argentina marcou um segundo. Depois que o juiz havia confirmado o gol, acreditem, um argentino correu para ele e pediu para anular o tento porque havia cometido infração antes. É claro que, entre os fleumáticos ingleses, sempre havia os mais espertinhos, os “menos britânicos”, que se continham e deixavam de acusar suas infrações, criando problemas.
A Liga Inglesa passou a buscar uma solução que veio em 1878, ao decidir pela colocação em campo de mais um participante, o “referee”, encarregado de apontar as faltas. Para assinalar o jogo faltoso, o “referee” ganhou, como equipamento, uma bandeirola vermelha de 15×15 centímetros. Três anos depois, isto é, em 1881 a bandeirola foi posta ao lado, sendo substituída pelo apito, instrumento que, silvado, interrompia com maior facilidade o jogo. Essa evolução ganhou maior força a partir de 1894, quando se determinou que, as decisões do “referee” eram irrecorríveis.
No Brasil, durante longo tempo, o “referee” foi chamado de juiz. A partir de 1964, quando ocorreu o golpe de estado que implantou o regime militar, as autoridades recomendaram à imprensa que, para diferenciar o juiz de futebol do magistrado, se usasse outra designação surgindo, assim, a de Árbitro.
(http://www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/juiz-ou-árbitro-de-futebol)

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4 + comentários

  • Eduardo 8 de agosto de 2012 - 11:45 Responder

    Eu acho que o futebol já está robotizado demais, e isso só vai piorar a situação, o erro do árbitro faz parte do futebol, o que não se deve é ter penas tão graves para jogadores, e eu ainda sou da opinião de que o que aconteceu no campo fica no campo (como em vegas) com expulsões com períodos menores.

    Acho justo esse mecanismo do gol para preservar o próprio árbitro, mas na minha opnião o maior problema está nas expulsões.

  • Fagner 8 de agosto de 2012 - 16:56 Responder

    Ótimo texto, Tito. E tem vários outros esportes que usam o desafio por vídeo, como o hóquei. A parte ruim é a estrutura, por que exige filmagem dos jogos. Mas acho muito válidos os recursos tecnológicos. Ajuda muito mais do que atrapalha.

    Saludos,
    Fagner

  • Rafael Farina 9 de agosto de 2012 - 10:36 Responder

    Logo mais tem julgamento do Kleber. Prevejo 3 jogos, no mínimo.

    Se a qualidade dos árbitros é baixa, e também é a da CBF e do STJD, que CAZZO de “país do futebol” nós somos?

  • heraldo 9 de agosto de 2012 - 11:19 Responder

    e ai tito,vai falar da garfeada no nautico?

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