Só nos resta torcer

O jogo é fora. O adversário tá na nossa frente. Tem um jogador que é (ou está, não sei) anos luz melhor que vários “craques” da mídia – o Bernard, que quando não joga eles não ganham. Um time muito parelho com o nosso, com características quase iguais. O primeiro jogo, não conseguimos ganhar porque eles são experts em jogar no contra ataque, com três jogadores rápidos (Danilinho, o já citado e o Guilherme) e um aipim lá na frente. Fizeram um retrancão vergonhoso e, num lance de habilidade e vitória pessoal de um jogador (quebrem o desgraçado!) fizeram o gol. Martelamos, martelamos e nada.

O nosso treinador parece já ter combinado com o nosso time que vai ser a nossa vez de jogar retrancados, saindo nos contra-ataques. Nós não temos jogadores rápidos para fazer isso. Mostramos contra o Flamengo, contra o Coritiba, contra a Ponte, contra o Palmeiras… não temos equipe para jogar assim. Até o Náutico tem, questão de peças disponíveis (não de qualidade, mas de característica). Até quando ganhamos do Coritiba tínhamos no mínimo o Tony, que, embora carregue a sua ruindade, vai no fundo e é rápido. De antemão afirmo: é o sistema errado para o nosso time. Mesmo que pareça o certo para enfrentar o adversário.

O time deles realmente perde muito quando a marcação está forte nos caras da frente. Não sobra uma bola para o aipim, o time morre de fome. Mas aí teremos que ter cuidado redobrado com as bolas paradas. O jogo deles contra o Palmeiras foi exatamente assim: estavam dominados até acertarem um gol de cabeça. Depois, os paulistas foram pra cima e tomaram mais dois na velocidade.

Dito isso, só nos resta uma coisa: torcer. E muito. Talvez o pensamento positivo faça com que consigamos num lance, como quando matamos o Botafogo no Rio, garantir os pontos que precisamos para continuar sonhando com o título. Até por que, a vaga está praticamente garantida.