Temos algo. E vencemos.

Lixomburgo segue invicto no Grêmio. Depois de um empate com sabor de derrota (que veio nos pênaltis), em um jogo em que não fizemos o que deveríamos, agora, se a atuação não foi das melhores, cumprimos o objetivo dos três pontos. Taticamente, acho que tivemos um time um pouco mais organizado, com o Marco Antônio ficando mais para marcar e o Marquinhos mais na frente, com aquele losango que foi implementado pelo técnico que não sabia nada de tática (até os dois laterais trocando no segundo tempo tivemos).

Alguns erros permanecem: a volância não se encontrou e quase nunca roubamos bolas no meio de campo. Porém, o Marco Antônio auxilia mais os marcadores que o nosso camisa 19. Isso deu um pouco mais de volume para o time, embora no primeiro tempo as jogadas tivessem surgido mais pela movimentação do vértice e dos dois atacantes contra os dois defensores do adversário. Sem tocar muito a bola, mas ligando com muita competência os ataques, “dominamos” (sem mais posse de bola, me nego a tirar as aspas) o jogo até o gol, em um pênalti claro para mim no momento, mas duvidoso no replay (o que já tira aquela ideia de mal marcado que tentaram passar no PFC). Kléber, com manha, enganou o goleiro olhando para um lado e batendo no outro, tirando o suficiente do goleiro.

A partir daí, o time deles arrumou a marcação e nós nos recolhemos mais no nosso campo, dando a bola para eles. E aí chegamos a ter a bola por muito tempo na nossa parte do gramado. Nada que assustasse, ainda mais com a segurança do Victor. Tirando o gol e uma saída de bola que estava na cabeça do nosso zagueiro, foi mais um ótimo jogo do goleiro. No segundo tempo, mudança no time e mais atenção na defesa para evitar bobagens, o que acabou resultando em um ótimo contra ataque e uma jogada de mestre do Gabriel, recebendo ótimo passe do Moreno, para o gol do Marcantônio. Coroou o seu melhor jogo, já que o passe no Marquinhos para o pênalti já tinha sido dele. Porém, isso me faz ter absoluta certeza que ele só é titular por falta de opção.

Tomamos um gol num lance besta, onde o Gilberto Silva perdeu na velocidade mas nenhum volante deu combate no cara que fez o passe quando recebeu a bola. Assim, cagada dos volantes, que estourou na zaga (para variar). Também teve a estreia do Facundo que fez tudo o que se esperava de alguém que estreia aos 30 minutos do segundo tempo contra um dos piores times do Gauchão: muita participação, movimentação e faltas sofridas. E no momento certo, pois precisávamos da bola com a gente (ou seja, ótima substituição do Laxemburgo). Nossa situação de meia cancha tá tão crítica que nem ficaria bravo se ele fosse titular no próximo jogo no lugar do Marquinhos – não por que ele tenha destruído no jogo, nem porque seja argentino (motivo suficiente para alguns torcedores estarem tendo orgasmos), mas por característica. É mais agudo que o Marquinhos e pode dar certo, principalmente contra times fracos.

Mas temos alguma coisa. Um goleiro, um lateral esquerdo, um direito (machucado, que eu acho que volta zagueiro), um volante. E a melhor dupla de ataque que eu já vi jogar no Grêmio. Em 2012, 13 reforços e só 3 acertos. Mas faltam só cinco posições para fazermos uma equipe forte, tendo ainda três jogadores para tentar mostrar alguma coisa. Seguimos torcendo.