Jogamos melhor essa partida do que a anterior. Tomamos o gol em um lance de falta de atenção: contra-ataque do adversário aos 15 segundos gerou um escanteio. Três jogadores do Grêmio deixaram o zagueiro deles livre para cabecear e fazer o primeiro gol com apenas um minuto de partida. Nem deu para sentir como o Grêmio jogaria com a saída do Luan para a entrada do Jean Pierre (o cara alto, aquele).
O time no gramado. Foto do Grêmio via Twitter oficial (@Gremio)
Porém, a melhora no time foi nítida. Tínhamos saída de bola e dominamos todo o primeiro tempo. Embora ainda faltando mais qualidade ofensiva: um jogador de cada vez na área não faz o menor sentido. Assim, embora acertando muito mais a goleira, nenhum chute trouxe esforço para o goleiro deles. Que, ainda, tinha a virtude de sair bem em bolas aéreas – coisa que tivemos bastante.
No segundo tempo o treinador do Grêmio resolveu colocar o jogador driblador do elenco, o Nikolas, no lugar do Jean Pierre. Mas, mais uma vez, não deu pra ver o que ia acontecer, porque o treinador adversário colocou mais um zagueiro no time deles pra ficar só no contraataque. O camisa 18, ao entrar, disse que pediram mais “pegada”. Discordo totalmente, faltava era futebol.
E seguiu faltando. Não conseguíamos dar trabalho pro sistema defensivo. Careca não conseguia ser centroavante, Érik sumidaço, Dionathã tentando achar outro chute daqueles de fora da área. Liverson travado atrás, Machado e Natan com sérias limitações pra armar, com mais cacoetes de primeiro volante do que de segundo. Aí vieram as alterações: primeiro, Luan entrou no lugar do Careca. Nada mudou. Dez minutos depois, entrou mais um centroavante, o Klauss, no lugar do Liverson, passando o Machado para a lateral esquerda. Aí as coisas mudaram.
Melhoramos? Um pouco. Passamos a jogar só pelas pontas, com Erik na esquerda e Nikolas na direita. A bola girava pelo meio, ia pras pontas e, de lá, pra área. Aí tínhamos dois no meio de três zagueiros e isso, finalmente, começou a nos dar vantagens. O primeiro gol, do Luan, mostra bem como foi: cruzamento do Nikolas, bola passa por todo o mundo, sobra pro Erik, que cruza pra área novamente; dois zagueiros fecham no Klaus, que estava mais perto e deixam o 22 livre pra acertar a goleira e empatar o jogo.
Isso, somado ao fato do time deles estar morto, levou a aumentar a superioridade. Primeiro Luan recebeu uma bola no pivô e meteu uma bicicleta na trave. Depois de um escanteio afastado, Natan dominou a bola pelo meio, passou para Machado, que havia batido o escanteio, cruzar novamente pra área e achar Klauss livre para um testaço e a virada. Ainda no final do jogo, Dionathã quase fez mais um.
Meu destaque da partida, dessa vez, foi o Luan. Pelo gol, pela bola na trave e por desestabilizar a defesa com um tanto de catimba e um muito de presença de área.
Boa vitória, desempenho melhor que o jogo passado, mas ainda faltando bastante para o time empolgar um pouquinho sequer. A vitória veio na maior virtude desse time: não se entregar. O adversário da terceira fase é mais uma vez o Ituano, em Itu.
1 comentário
Feliz 2016 a todos do espaço já que é meu primeiro comentário aqui esse ano. Me dirigi pessoalmente até Itu para ver esse jogo já que é bem próximo de onde moro em São Paulo. Achei esse time do GRÊMIO bem fraco. Mas como não tem time que se possa sentenciar que é candidato ao titulo vamos ver onde essa gurizada pode ir. O Klauss até pode ser bem aproveitado mas precisa de bolas na área. Goleiro e defesa não são confiáveis, tem que se descobrir um jeito de proteger. Além da questão entrega Fagner vi um outro aspecto interessante. Esse time parece com preparo fisico em dia. Fazia um calor tórrido em Itu e o Desportivo Brasil é de Porto Feliz que fica bem do lado. Era pra eles estarem acostumados com o calor e o GRÊMIO não. No entanto se percebia o quando os guris deles desabavam no chão em decorrência do calor enquanto os do GRÊMIO continuavam em pé e correndo atrás. Isso é altamente positivo.