Mas que barbaridade!

4 Postado por - 10 de janeiro de 2016 - Artigos
A geração dos velhos babões não larga o osso.

A geração dos velhos babões não larga o osso.

Estamos em época de banho-maria. Enquanto tá todo mundo salgando a bunda na praia, não resta nada mais pra imprensa esportiva do que especular reforços ou cobrir a Pré-Temporada Grêmio Gatorade.

Enquanto os nossos Whapps ululam nomes de reforços improváveis pro tricolor, como Gignac e Barcos, a gente fica sem qualquer fonte fidedigna de informação.

O que nos força a olhar tudo o que é tipo de programa esportivo. E um deles, que fazia tempos eu já tinha desistido de ouvir, acabou se comprovando o pior deles.

No desespero por alguma notícia boa, escutei o Sala de Redação desta semana.

Não tinha escutado ainda com os novos convidados. Não sei se a ideia era renovar o programa, só sei que não adiantou.

Continua sendo uma mesa de gente desatualizada e preconceituosa, que usam (e ganharam mais 30min na grade da Gaúcha) seu espaço na rádio pra fazer sempre a mesma coisa: contar piadinhas de gays, insinuar que este ou aquele integrante do programa é gay, ou contar alguma piadinha colocando a mulher “no lugar dela”.

Quanto tempo mais eles precisarão pra entender que o que eles falam repercutem, e muita vezes cacifam, o comportamento errado das pessoas?

Qual o problema de uma pessoa ser “gay”? Por que parece que eles acham que lugar de mulher não é comentando futebol?

Eu não tenho resposta pra estas perguntas.

Pelo contrário.

Tem muito gay assumido que joga muita bola, seja no futebol profissional daqui ou da Europa. E tem muita, mas muita mulher que entende mais de futebol que a turma do babeiro (A Julinha, aqui do blog, é apenas um entre tantos exemplos).

Resumindo: liguei no Sala de Redação “novo”, ouvi um programa inteiro e me arrependi.  Ou melhor, me decepcionei.

Achei que eles evoluiriam. Achei que o Grupo RBS já tinha se ligado que tá virando dinossauro.

Errei feio.

E você? Tem algum programa sério sobre futebol que ache que vale a pena indicar?

 

 

 

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10 + comentários

  • Ezio 10 de janeiro de 2016 - 11:36 Responder

    Tiago infelizmente programas esportivos são perda de tempo. O único comentarista que merece o meu respeito é o PVC. Se trata de um cara sério que respeita a todos os clubes e no nosso caso particular se demonstra muito mais bem informado sobre o GRÊMIO do que muitos dos tidos “gremistas” na midia. Ele por exemplo antes do que mta gente já sabia que o Wallace tava já acertado com o GRÊMIO antes mesmo do que a RBS ou o CP…

    • Bernardo Hollmann 10 de janeiro de 2016 - 13:29 Responder

      Realmente, o PVC é o melhor comentarista brasileiro da atualidade

    • tiagorussel 11 de janeiro de 2016 - 13:39 Responder

      Realmente, o PVC tem fundamento.
      Mas da nossa imprensa regional, será que não se salva ninguém?

  • Ricardo 11 de janeiro de 2016 - 04:18 Responder

    Grato Thiago, por reassegurar aos que não mais escutam este programa de que o contrário seria um desserviço tanto ao próprio indivíduo quanto à sociedade.

    • tiagorussel 11 de janeiro de 2016 - 13:39 Responder

      De nada! 😉

  • Fabio Viana 11 de janeiro de 2016 - 14:08 Responder

    O problema desses programas é que eles baseiam seu sucesso ou insucesso, nas famigeradas pesquisas encomendadas, ou em prêmios, tipo Top Of Mind.

    Lembro que ainda temos uma grande parcela da população que, ou não tem acesso a internet, ou não sabe utilizá-la, ou ainda não utilizam como fonte de informação, resumindo seu uso ao Facebook e jogos on-line.
    Essas pessoas tem suas principais fontes de informação no rádio, TV e jornal impresso. Como foram acostumadas a obter informação desses meios, tudo que absorvem dali, é transformado em verdade absoluta. Não existe diversidade na fonte de informação e isso prejudica sua capacidade de compreensão. Vai convencer um taxista que ouve o Sala a 20 anos, todos os dias, que aquele programa é uma merda e dizer para ele desligar o rádio nesse horário. Para ele o Sala já virou uma instituição em sua vida, faz parte do seu dia a dia e mudá-lo é um grade desafio.

    Sempre ouvi dizer que uma das regras mais importantes do mundo dos negócios era ouvir a opinião dos seus cliente. Parece que esse conceito ainda não entrou no Grupo RBS, que a cada ano perde mais audiência e leitores, aponto de estar enfrentando uma profunda crise, com corte de projetos e pessoal. Sem falar se resolverem cobrar a dívida da operação Zelotes.

    Acho que esse comportamento jornalístico, não é exclusividade do Sala. No final do ano passado, estava ouvindo um programa da rádio GRENAL, tipo o Sala, um monte de véio falando ao mesmo tempo. Acho que o nome era Dupla em Debate, no horário do meio-dia. Em certo momento, estavam debatendo sobre o zagueiro Paulão do Inter e o Haroldo de Souza tascou que o Paulão era “Cavalo de puxar carroça” e nada mais. Aquilo me marcou, fiquei pensando na seguinte cena. Paulão e esposa voltando pra casa, ouvindo a rádio e ouvindo tal comentário.

    Acho que esse comportamento é intrínseco aos jornalistas “da antiga” que ainda perambulam nas rádios daqui. Não vão mudar. Quem tem que mudar somos nós, a começar pela escolha de onde e de quem obter informação com credibilidade. Há bons jornalistas, só que esses não estão no horário “nobre” do rádio.

  • Tiago 11 de janeiro de 2016 - 21:32 Responder

    Eu tento me abdicar de todos veículos de informação da RBS, da globo em geral. Mas aí eu percebo que a RBS é quase a única fonte “confiável” que trás constantes informações do Grêmio, acho que o que falta para RBS melhorar é um concorrente forte, hoje eles estão na zona de conforto, não tem porque melhorar. Mas acredito que isso mude em breve, já li em alguns lugares que o grupo RBS ta cada vez mais perdendo audiência. Rezo para que eles percebam tal situação e faça algo para melhorar!!

    E reforço a pergunta do meu xará Tiago Russel

    Vocês recomendam algum programa ou meio de comunicação que traga notícias do Grêmio com credibilidade?

  • Pablo 12 de janeiro de 2016 - 10:13 Responder

    Acho que o último programa esportivo – que no Brasil se resume a futebol desde… sempre – foi algum Cartão Verde dos tempos do Saldanha com o Nogueira e o Kfouri como mediador. Ou seja, faz muito tempo. Desisti de acompanhar essas porcarias, seja em âmbito nacional ou regional. Aliás, se estás a reclamar do setor aí no RS, nunca pare para escutar qualquer coisa nas plagas da Bahia. Prefiro saber da notícia confirmada e da apresentação do gajo-reforço e o resto é resto. Sim, tem muito gay que joga bola, muita mina que entende mais que muito “setorista”… O Brasil ainda é uma mala velha repleta de preconceitos e atavismos dos mais peculiares aos mais obtusos.

  • Eduardo Ferreira 13 de janeiro de 2016 - 08:43 Responder

    O Sala já tem uns 2 anos que não ouço mais, o programa ficou INTRAGÁVEL.. Aliás não ouço mais a Gaúcha pra nada. De lá pra cá ouço apenas o Ganhando o Jogo, da Guaíba, ao meio dia. Assim aproveito a liberdade do horário do almoço pra não perder os debates e não perco mais tempo depois da 1h da tarde..
    Claro que é um pouquinho chato aguentar o amor incondicional e megalomaníaco do Juremir pelo Dale e pelo Nilmar, mas levo isso no folclore… Ao menos a frequência de gente berrando sem que se entenda alguma coisa é rara e não me lembro de xingamentos no programa.

  • Mariana 15 de março de 2016 - 15:37 Responder

    Tive de ouvir o sala de redação por 20 min em virtude de uma carona que recebi. Fiquei completamente anojada com aqueles senhores machistas, preconceituosos! Como pode existir um programa assim em 2016? Tenho certeza que muitas pessoas sem cultura levam a sério aquelas bobagens que eles falam. Contaram uma piada que cultuava traição DOS HOMENS e todos riram sem vergonha alguma e ninguém achou ruim. Fiquei realmente preocupada pois tenho noção de que a audiência desse programa é alta. Como vamos melhorar o nível moral e intelectual dos gaúchos com programas retrógrados como esse? Bateu até uma tristeza.. Sala de redação anda rumo ao retrocesso.

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