E agora?

0 Postado por - 6 de outubro de 2011 - Sem categoria

Vencemos o Santos em uma goleada na nossa casa e vamos forte para o restante do campeonato. Temos ainda 33 pontos para disputar e pelo menos cinco adversários difíceis em jogos fora de casa. Assim, se conseguirmos fazer metade dos pontos (tá, um a mais, para não ficar nos números quebrados), somaremos 56 pontos. Se mantivermos o aproveitamento do Juarez no tricolor (59,5%), faremos 20 pontos e ficamos com 59 – o que, pela pontuação do ano passado, não dá vaga nem na fase eliminatória da Libertadores (1ª fase, segundo a Conmebol). Pelo ritmo que as coisas andam e pelo aproveitamento do líder devemos chegar a números bem parecidos com os do ano passado, onde o campeão fez 71 pontos (e digo isso apenas para justificar por que considero a pontuação do ano passado como referência).

Assim, para brigar pela LA, o Grêmio precisa ser ainda melhor do que vem sendo – que é onde mora toda a dificuldade. Ganhamos outro jogo que eu já havia previsto que ganharíamos – não por ser um adversário fraco, ou por jogarmos em casa. Mas pela maneira de jogar: o Santos não sabe marcar, e deixou isso muito claro ontem, quando distribuiu pontapés ao invés de roubar a bola. O Coritiba também não sabe, joga quase sempre com dois meias, e é um adversário que possibilita que tenhamos uma vitória como contra o Bahia. Tenho visto que o Grêmio vem crescendo como time, mas Sábado vai ser o primeiro teste sem um dos elementos do esquema, já que o Douglas está fora. É a partir desse final de semana que o Grêmio vai mesmo dizer a que veio.

E qual é a grande diferença desse Grêmio para o do primeiro semestre? O do primeiro semestre não tinha a bola e tentava ligação direta. O desse fica com a bola, mas tende a não chutar para o gol. Ou seja, não estávamos uma merda antes e fantásticos agora. Uma coisa que, creio, ajuda a explicar a diferença é que o Grêmio do Juarez aposentou o empate – enquanto esse novo Grêmio só te um (7%), o da era Renato teve 10 (25%) nesse ano, o que mostra que vale a pena arriscar para fazer os três pontos e não segurar empate, mesmo que eventualmente, tu perca o jogo. Se tu arrisca a vitória e só consegue ela em um jogo em cada três (33%), em dez jogos tu já tem a quantidade de pontos dos dez empates. Qualquer aproveitamento melhor que esse, digno de time de rebaixamento, já torna mais interessante jogar para vencer do que conservar empate.

E essa é uma grande virtude dessa equipe do Grêmio, além de um argumento que acaba tirando a ideia de “temporada perfeita” de alguns que andam por aí: vencer todas em casa e empatar fora. Se jogar para vencer fora e fizer isso em 40% das vezes, ao invés de fazer 19 pontos fora, tu faz 23. E acho que esse deveria ser o espírito para o jogo no Paraná: vamos para ganhar, mesmo que custe perder.

 

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