A pergunta que mais ouço acerca do Grêmio na última semana, provavelmente é a que é feita em todas as rodas de conversa sobre futebol:
– E o Felipão, hein?
Pois bem, acredito que se fôssemos aplicar um critério semelhante ao utilizado pela FIFA e por outras entidades de futebol para ranquear times o Felipão provavelmente estaria em primeiro lugar entre os técnicos em atividade no país. Tem mais glórias no passado do que no futuro, tem, mas o Felipão não é jogador que tem data de validade curta, Felipão é técnico, e por mais que em algum momento possa ter ficado ultrapassado sempre existe a possibilidade de se reciclar e retomar o caminho da vitória.
Muito já foi dito e se eu me estender aqui vou escrever coisas que vocês já estão cansados de ler na última semana. Por isso, vou destacar dois pontos positivos na volta dele para o Grêmio e duas expectativas minhas em torno disso.
O primeiro ponto positivo é que o Felipão vai movimentar a torcida, vai trazer mais gente para a Arena, vai mexer com os brios tricolores, e isso faz diferença. A Arena ainda não se tornou um lugar difícil de jogar para os adversários, e se não se tornar agora, não sei quando isso irá acontecer.
O segundo ponto é que o Felipão tem alvará para errar. Felipão e Renato são os dois únicos técnicos no mundo que tem o direito de errar no comando do Grêmio. Nem Mourinho, nem Guardiola tem esse aval do torcedor gremista. E a possibilidade de errar é imprescindível para quem quer acertar. Nenhum técnico acerta o time somente nos treinos, ele precisa de jogos para isso, e nas suas tentativas ele fatalmente cometerá erros.
Sobre as minhas expectativas para 2014, sendo muito otimista, quero ir para a final da Copa do Brasil e conquistar uma vaga para a Libertadores do ano que vem. “Ir para a final.” porque acho que a previsibilidade a cerca de um bom trabalho vai até aí, “ir para a final”. Vencer envolve outras situações externas que muitas vezes influenciam no resultado final. “Conquistar uma vaga na Libertadores” significa não ter desmanche de time no ano que vem. Significa entrada de dinheiro garantida.
Com essas duas situações o Grêmio começaria um 2015 estruturado, com um técnico de ponta, respeitado pela torcida, de confiança da direção e com um time montado. Aí poderemos sonhar em acabar com essa seca de títulos que nos assola a tantos anos.
E o que vier antes disso é lucro, pelo qual torço muito.
9 + comentários
De minha parte não mudo nem uma virgula do que escrito. Belo texto, coerente, Parabens.
Na mosca, Sandro.
Muito lucido e verdadeiro. Espero que o Grêmio consiga isso pelo Felipão e pela retomada de garra de seus jogadores, que infelizmente estão na zona de conforto, e para eles, tanto faz vencer ou perder.
Só esqueceu do Valdir Espinosa.
4-4-2 no grenal com tres volantes, já!!
Finalmente li algo sensato aqui. \o
Lúcido e realista. Faltou, apenas, incluir aí a indispensável continuidade do Presidente Fábio Koff.
Boa!! Tem muita gente colocando expectativa exagerada em cima deste GRE-nada que vamos disputar com menos de uma semana de trabalho de Felipão.
Deste GRE-nada, embora eu vá torcer como louco pela vitória, eu só espero e exijo duas coisas:
– Que o time demonstre entrega, raça, lute até o final … mesmo que perca, de 1 x 0, de 4 x 1 ou de 7 x 1 que seja!
– Na eventualidade de uma derrota, que isso seja tratado com a devida indignação proporcional a elasticidade do placar.
Se conseguirmos isso já será um passo dado em busca da retomada da dignidade. No mais o trabalho que o Felipão precisa fazer com esse time é devolver os brios. No caso de alguns jogadores, descobrir se eles tem.
Minha expectativa pra 2014 é essa! Que Felipão acabe com a bundamolice e a paumolescência! Já será um grande feito.
No brasileirão tudo que eu espero são mais 27 pontos.
Na Copa do Brasil, que o Grêmio se perder (seja na fase que for), perca para um adversário e não tropece nas próprias pernas, como foram as eliminações para Santa Fé, Milionários, Palmeiras, Atletico-PR recentes.
Buenas.
Muito bem lembrado a questão do novo ESTÁDIO, a “Arena”. Arena que significa espaço coberto de AREIA. Mas tudo bem.
A proximidade com o campo e a acústica, tem sido um convite aos visitantes, serem tratados como realezas.
Até o momento em nenhum jogo, identifiquei qualquer temor de qualquer adversário. Já sei, tempo ao tempo.
Acredito e quero uma vitória, dentro do estádio que tem verba pública. Podem até perder, mas que a derrota não seja consequência de pouca entrega, covardia, bunda molice.
Tenham respeito pelo rival, mas olhem para o outro lado do campo, e digam: “Vamos surrar esses bostas “.
Pensamento positivo, força de vontade, virilidade. Na maioria das vezes, isso dá certo.
Ah, o futebol eles já sabem, afinal são profissionais, vivem disso. Não é?