Kléber no Olímpico

Já chegou, já vestiu a camiseta e já foi apresentado. A vinda de Kléber para o Olímpico não ficou para a semana que vem. De repente é por isso que a imprensa tenha ficado tão alvoroçada e tão sedenta por novas informações. Tão acostumados que estão com contratações de abril, ficaram impacientes até com a demora dele em chegar à Arena, palco de sua apresentação. É um ótimo jogador. Acho que vai ter dificuldades com relação aos juízes, pois é muito aguerrido. Se já levava amarelos aos mundos no Palmeiras, imagina agora, vestindo a camisa tricolor. Mas tenho boas esperanças sobre essa contratação.

Graças ao Final Sports pude acompanhar a entrevista coletiva do jogador completa, sem cortes (e com a participação da torcida no fundo) diretamente do ambiente que alguns jornalistas tanto reclamaram, pois não podia haver “nem torcida nem palhaços”, como se referiram em redes sociais a colegas de profissão que costumam tratar as notícias de maneira menos cisuda e “imparcial” (tá, forcei horrores, os que reclamaram não são nada imparciais). Um dos momentos que mais me chamou a atenção foi a boa resposta à pergunta sobre a sua vinda à Porto Alegre e se conhecia bem a cidade, quando mostrou um senso de humor muito necessário para tratar com os péssimos jornalistas que temos por aqui, algo que, a julgar pelas outras respostas, ele já está informado.

Porém, o maior motivo deste post foi a ótima impressão que deu a sua última resposta, para a pergunta “o que aconteceu nos outros clubes que tu não querias que acontecesse no Grêmio”. Ao contrário de lesões, que foi a primeira coisa que me ocorreu, o Gladiador já colocou a adaga no pescoço do politiqueiro mor, para mostrar que ele não é e não será joguete de ninguém. Kléber quer um time de qualidade, com reforços que possam fazer ele brigar por títulos. Isso é, minha gente, o bom e velho sangue nos olhos que queríamos ver. Ele quer ter condições de ser campeão – coisa que não teve no Palmeiras. E, pelo visto, vai cobrar. Faz parte do acordo, pesou e ficou marcado para ele. Quem mais ganha com isso somos nós.

Que seja bem vindo.