No sufoco, no final, na ponta mais uma vez

2 Postado por - 5 de junho de 2016 - Artigos

O Grêmio estava marchando para um daqueles jogos de 2015, onde martelamos, martelamos, martelamos e não conseguimos fazer o gol mesmo dominando o jogo. Com a torcida nervosa, em um contexto onde uma vitória significaria a liderança. Até o Luan, O CARA, matar a bola no peito, deixar quicar e colocar no ângulo da Ponte Preta, aos 49 do segundo tempo, e acabar com aquela angústia toda. Vitória, três pontos e vamos ao Rio agora, jogar pela manutenção dessa boa arrancada.

Comemora Luan! Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Facebook)

Comemora Luan! Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Facebook)

O jogo foi mais ou menos o que estava acontecendo nos últimos jogos. Porém com uma oscilada em função de uma má jornada do Douglas (a primeira em muito tempo) e do Everton, que é apenas um guri – ou seja, nada mais normal que oscilar. Também foi marcada pela estreia do Wallace na zaga, em uma atuação sem erros, bem tranquila, parecendo que já jogava há tempos ao lado do Geromel. O único lance em que a zaga perdeu uma bola aérea foi longe da posição dos zagueiros, onde o outro Walace costuma cobrir.

Produzimos bastante apesar da falta visível do nosso 5 selecionável na armação das jogadas. Não tivemos um jogo tão bom quanto como o último que perdemos porque faltou velocidade na transição – coisa que o titular sempre consegue. Ramiro esteve fora de ritmo e sem confiança para aparecer na frente. Mas terá mais seis jogos para conseguir isso. Mesmo assim, fizemos uma jogada primorosa aos dois minutos, onde, em triangulação rápida, Giuliano deu um passe de futvolei pra deixar o Everton na cara do goleiro, sozinho. O nosso atacante isolou.

A Ponte conseguia marcar o meio, mas não chegava na frente nem com banda de música. Wallace cobria e Geromel podia ir para o seu melhor futebol, que é feito na antecipação. Mais uma grande partida do Germonstro. Mas faltava o acerto no passe lá no meio das duas linhas da defesa dos paulistas, o que resultou em poucas chances. Quando acertamos, chegamos. E todas as vezes com o Everton. Primeiro em uma grande jogada pela direita cruzada pelo Luan, o atacante concluiu na trave. Depois, no fim, em uma triangulação com toque de calcanhar do Douglas, mais uma vez ele ficou livre com o goleiro e chutou pra fora. Não era a tarde do nosso camisa 11.

A arbitragem também avacalhou com  a partida. Sem saber controlar o jogo o tal Bassols distribuiu cartões sem critério. No Edílson, que não fez nada em lance com o lateral deles, na expulsão do jogador da Ponte (era pra amarelo), no amarelo que tirou o Luan do jogo contra o Fluminense (o cotovelo bater no rosto nem sempre é cotovelada e nesse caso não foi). E depois, manteve o critério ridículo de expulsão tirando o Lincoln do jogo em um lance para amarelo tirando um jogador que seria útil para o jogo no Rio.

O segundo tempo viu um monte de arremates nossos, mas quase nenhum no gol. Foi impressionante a quantidade de chutes que não deu trabalho algum pro adversário. Mas seguimos insistindo. A entrada do Bobô foi acertada, o adversário não esperava chuveiradas e isso criou mais espaços pra gente no ataque. Espaços que não sumiram depois de ficarmos 10×10, pra mostrar que foi uma boa leitura. Porém a execução não saiu bem. No fim, 5 minutos de acréscimo e a bucha do Luan para colocar a gente mais uma vez em primeiro.

Editado: parece que, de fato, o líder é o Corinthians porque tomamos um cartão vermelho enquanto eles ainda não tiveram ninguém expulso. Mais um motivo de eu considerar a arbitragem de hoje catastrófica.

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10 + comentários

  • Felix Nuñez 5 de junho de 2016 - 19:13 Responder

    Escrevi alguns posts anteriores que enquanto não aprendermos a ganhar destes times de menor expressão retrancados, ainda não pensarei em título.

    De positivo é que o time continua insistindo até o último minuto sem perder de certa forma a organização. Me lembra um pouco os times de Tite. E Luan e Geromel são craques!

    A vaia na saída do Everton foi lamentável. Guri vem nos ajudando demais. Não era seu dia. Desnecessário.

    Quanto ao Lincoln, acho que alguém precisa baixar um pouco a bola do guri. Posso estar enganado, mas ainda acho ele muito marrento e se focar mais na bola vai nos dar muitas alegrias. Vi e revi o lance: ainda estou em dúvida. Parece querer enfiar o cotovelo propositalmente na cara do adversário. Mas Bassol sempre é uma piada apitando. Palhaço arrogante!

    • Fagner 5 de junho de 2016 - 19:26 Responder

      O Lincoln é guri, e a reação dele mostra isso. O cara chegou com o pé na cara dele e ele devolveu a jogada com o cotovelo. Vileirice de jogo. Porém, ele parece que se arrepende no meio. Ou seja, não deu com força, só largou o braço e atingiu o rosto. O mesmo lance que aconteceu com o Edilson. Os dois casos, pra mim, era só amarelo e falta. Mas o lance do cotovelo todos precisam parar de fazer.

      Saludos,
      Fagner

      • Mauro 5 de junho de 2016 - 21:21 Responder

        Fagner, me desculpa, mas “ser guri” não é motivo pra fazer o que o Lincoln faz. Digo FAZ porque ele SEMPRE parte pra esse tipo de violência/irritação. Vejo o fato dele ser guri como ponto positivo, pois esta mais suscetível, assim espero, a receber conselhos do técnico e dos colegas mais seniores. Bola ele sabe jogar, teria que focar enfaticamente na mudança de postura.
        No mais, graças a Deus que o Dunga é burro e não levou o Geromel.

    • Ezio 5 de junho de 2016 - 20:30 Responder

      Felix o Everton tem que aprender a conviver com as vaias que foram sim merecidas. Fosse ainda um mas foram TRES gols que ele perdeu na sequência que não dava pra errar. Um daqueles três tendo entrado já mudaria a história do jogo e não teria sido a via crucis que foi no 2 tempo. Menos mal que o time parece que está aprendendo a passar até por cima dos próprios erros e buscar o resultado.

  • Ezio 5 de junho de 2016 - 20:34 Responder

    O jogo valeu pela estréia do Wallace e pela capacidade do time em superar os próprios problemas e arrancar o resultado. Eu próprio já me preparava pra reclamar de mais um campeonato que seria jogado pela janela pelo time tropeçar em timecos em casa. Mas ainda bem que o Luan queimou a minha lingua. E teremos que suar sangue com essa palhaçada de cartão ser critério de desempate já que na dúvida sempre os juizes vão apitar pros queridinhos da mídia. Agora é manter a boa sequencia contra o Fluminense.

  • José Alfonso 5 de junho de 2016 - 22:46 Responder

    Meu Deus! Achar que o lance do Lincoln é só para amarelo é piada, foi uma agressão claríssima. Podemos ser torcedores, mas podemos enxergar o futebol com os olhos e não de forma totalmente parcial. Até hoje eu vejo gremistas reclamando da expulsão do Rivarola contra o Ajax. Po, se esses lances não são para vermelho, então não existe lance para expulsão.

    • Fagner 6 de junho de 2016 - 16:04 Responder

      Não teve força. Ele foi pra bater e desistiu. Por isso acho que era pra amarelo, não vermelho direto. Mas, veja bem, não discordo de ti. Detesto cotovelada, pra mim podia expulsar todo o mundo que usa o cotovelo. Porém, não é o que veremos nesse campeonato. Pelo que é normalmente aplicado nesse tipo de lance, amarelo tava de bom tamanho, pois ele não bateu, ele encostou – e aconteceu exatamente a mesma coisa no lance da Ponte. Usar cotovelo na altura do rosto não faz parte do futebol. Falei sobre isso aqui: http://www.gremiolibertador.com/o-futebol-e-parte-da-sociedade-ate-na-imbecilidade/

      Sobre o lance do Rivarola: a reclamação não é pelo lance, mas como a expulsão foi feita. Ninguém viu, só a TV. A transmissão do evento colocou a imagem no telão e aí o trio de arbitragem viu e expulsou. Não temos permissão pra isso até hoje (embora eu seja defensor do uso de tecnologia). Esse é o mote da reclamação.

      Saludos,
      Fagner

      • José Alfonso 6 de junho de 2016 - 21:32 Responder

        Cara, mas tu não acha que o que vale nesse caso é a intenção? Se o cara vai para bater e não acerta com tanta força é lance para vermelho de qualquer forma. Imaginemos um cenário em que o jogador adversário tenta acertar um soco no Luan, mas fica no vácuo porque o gremista consegue se esquivar. Nessa hipótese não houve impacto e nem machucado nenhum. Porém, o jogador não merecia ser expulso mesmo assim?

        E do Rivarola me lembra o papelão que o Palmeiras fez no último rebaixamento. Acho que tu lembra do lance em que o Barcos fez o gol no Beira-Rio com a mão, aí a arbitragem anulou o gol com atraso, possivelmente com auxílio de tecnologia. Com isso, o Palmeiras tentou com que a partida fosse anulada e jogada novamente. Não dá para colocar a forma antes da essência. Por vias tortas a arbitragem acabou acertando nos dois lances. Seria um absurdo tanto ter dado o gol para o Palmeiras como não ter expulsado o Rivarola.

        • Fagner 6 de junho de 2016 - 23:21 Responder

          Como eu falei, eu concordo contigo. Gostaria que expulsão fosse o critério sempre, mas não é. Em lances desse tipo os juízes estão dando amarelo (o cara que quebrou o Miller que o diga). Se nem pênalti dão usando o critério “força do contato”, não vai ser cotovelada que eles vão mudar.

          Sobre o Rivarola, mais uma vez: também acho. Mas o normal da arbitragem atual é: não anular e não expulsar. Por isso falei do critério.

          Saludos,
          Fagner

          • José Alfonso 6 de junho de 2016 - 23:36

            Valeu, Fagner! Me desculpe se me fiz parecer desrespeitoso, a intenção foi só a de debater ideias.
            Abraço

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