A valorização de Roger

2 Postado por - 17 de junho de 2016 - Artigos

O nome de Roger Machado já havia povoado as manchetes do centro do país quando fora sondado para treinar o São Paulo. Nesta quinta-feira, a notícia de que o Corinthians procurou o nosso treinador foi a pauta de todo torcedor gremista que acompanhou a imprensa.

As manchetes também diziam que o time paulista recebeu um não de Roger, que permanece na Arena. E aqui vai uma informação: o técnico não pediu um centavo de aumento, o que seria até natural diante do interesse corintiano.

O fato do atual campeão brasileiro querer nosso treinador precisa ser entendido por diversas maneiras pelos dirigentes e torcedores gremistas. Na primeira delas é a garantia que Roger precisa ser mantido no cargo mesmo que enfrente momentos de turbulência, como foi o vivido após nossa eliminação na Libertadores.

Foto: Flickr Grêmio Oficial

Foto: Flickr Grêmio Oficial

Numa segunda maneira, no fato de que por ser um jovem e promissor treinador, Roger pecará em alguns detalhes que só o tempo de carreira lhe dará cancha, como demorar para mudar algumas convicções que não são confirmadas dentro de campo. É um processo natural na carreira de qualquer profissional.

Acredito que essa investida corintiana também precisa ser refletida por nós torcedores. Há quanto tempo não tínhamos um técnico tão valorizado em nossa casamata? Claro que alguns medalhões passaram pelo comando técnico gremista, mas em nenhum momento tivemos tanta empatia com eles como a temos com Roger.

Além disso, o ponto mais importante é que vemos dentro de campo o trabalho do técnico. Claro que não somos perfeitos e precisamos arrumar sérios problemas – o mais latente o da bola área defensiva –, mas Roger, desde o ano passado, conseguiu fazer um Grêmio forte que lutou e lutará por títulos.

Que nós – dirigentes e torcedores – saibamos valorizar nosso atual comandante como um ótimo treinador, fato ratificado pela proposta corintiana.

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4 + comentários

  • Mano 17 de junho de 2016 - 14:15 Responder

    Ótimo, mais uns 3 ou 4 anos e a gente ganha um título.

    • Artur Wolff 17 de junho de 2016 - 14:34 Responder

      É ……..se for isso já comprava agora!!
      Se o time até o fim do ano conseguir ter uma defesa decente, um meio de campo que saiba armar e um ataque com alguma jogada ensaiada já estou contente.

  • Daniel 17 de junho de 2016 - 21:17 Responder

    Palmeiras vai à CBF reclamar do apito e pedir ajuda com organizadas… Em quanto isso somos roubados discaradamente e o presidente do nosso time de bonzinhos e de caráter não faz nada…
    Em relação ao Roger, basta escutar os comentários dos colunistas de fora do RS… òtimo texto Alemão! Concordo contigo!

  • Jair 18 de junho de 2016 - 01:02 Responder

    A carência é um sentimento, pra mim, assustador, que trai ao escancarar o desespero que os fragilizados à beira do monstro (morte) deveriam disfarçar para se agarrar ainda a alguma chance de vida. Não temos time competitivo, não vencemos nenhum campeonato, somos sistemática e meramente medianos há década e meia, temos diretorias fracas no futebol (cujo mérito é bem administrar a miséria) e outras quem nem vale a pena lembrar para não resgatar tanta vergonha… e então que ter um treinador de primeira viagem que opta por não sair para outro clube transforma-o em ÍDOLO DOS ÍDOLOS; e transforma-se o fato em FEITO DOS FEITOS, no super campeonato que conquistamos pra lavar a alma de nosso debu de fracassos.
    Sou sempre da opinião que não deveríamos expor a realidade pequena do Grêmio dessa maneira. Como diria um amigo, “posso estar com as galochas transbordando urina, mas morro dizendo que é suor”.
    O Roger, com sensatez, optou pela calmaria da não cobrança por resultados que paira no Grêmio (de parte da diretoria e mais ainda da torcida apoio incondicional, alentadora de derrotados) do que ir para a bandidagem dos mano. Fez bem, aliás, MUITO BEM PRA ELE. Pelo menos não é bobo igual a turma do super, mega, hiper INCONDICIONAL alento.

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