O sangue de De Leon é capaz de muitas coisas.
Foi esta gota de sangue que definiu uma personalidade, que hoje culmina (ou a mediocridade confunde) com imortalidade. Uma personalidade que passa por Lara, Everaldo e Foguinho. Pela parada no ar de André Catimba. O hino de Lupicínio. A superioridade de Airton Pavilhão. Foi com o sangue e o suor deles que o Grêmio de De Leon entrou definitivamente para a história.
O sangue de De Leon
Desde o sangue de De Leon, muita coisa mudou. A gente foi Bi da América. Bi do Brasil. Tetra da Copinha. Meteu 5 no todo poderoso Parmalat Palmeiras. Calou um Maracanã lotado, com um baxinho brincando de boneco de posto. Virou jogos impossíveis. E caiu numa década negra, de mais tristezas que alegrias. E é por isso que o quadro acima (presente do irmão talentoso, mas infelizmente colorado, Bruno Medeiros) fica em destaque na minha sala.
Pra lembrar que, apesar dos políticos populistas, os dirigentes amadores, dos títulos não conquistados, da despedida do Olímpico e das derrotas amargas, o Grêmio é muito maior que isso.
O Grêmio é poderoso porque é feito pela nossa torcida. Por quem paga mensalidade. Por quem empurra o time em campo. E até pelo corneta filhadaputa que não entende que, enquanto o juiz não apitar o final do jogo, nossa função é apoiar pra só depois cobrar.
Ganhar ou perder hoje não importa tanto se, ao perder ou ganhar, a gente saiba porque perdeu e ganhou.
E esta receita, que parece tão simples, não ronda a “cozinha” controlada pelos poderosos cartolas gremistas a muito tempo.
Hoje o Grêmio vai pra Arena Barueri jogar um jogo de iguais com o Palmeiras do Felipão que, convenhamos, é um time comum – não é nada demais. O Grêmio chega desclassificado. Mas sai de lá do jeito que ele, Grêmio, quiser.
O Grêmio não depende de ninguém pra ser Penta. Só dele mesmo.
8 + comentários
Sangue no Zóio, é isso q o grêmio precisa!
o pulso ainda pulsa… VAMOOO TRICOLOR!!!!!!!!!
Baita texto Russell.
Baita texto, de fato. Emocionante como o Grêmio da época do quadro e que, ainda acredito, se esconde em algum lugar dessa década que custa a terminar.
Estarei em Barueri daqui a pouco…pra perder ou ganhar, mas sempre apoiar. E não importa mais nada.
Parabéns pelo post Tiago, infelizmente a triste realidade é que o sangue nos olhos não existe mais. A entrega por amor a camisa sumiu. A vontade de ser grande esbarra no quanto eu ganho. Se ganho pouco me esforço pouco, se ganho muito me esforço um pouco mais. Jogadores como os de antigamente não existem mais. Guerreiros, com caráter e fibra. Hoje o jogador quando está em campo, ele não briga pelo time ou a torcida. Ele preocupa-se em não se machucar para poder aproveitar a praia no final de semana. Desisti a muito tempo destes falsos atletas. Não basta trocar o elenco, virão os mesmos preocupados somente com dinheiro. A única solução, não fossem os contratos, seria uma multa cada vez que o jogador tirar o pezinho ou fazer corpo mole ou fingir estar cansado para fugir da luta. Tomem tenencia merceários, aprendam que aqui no SUL somos guerreiros, peleadores, não fugimos de uma batalha por mais dura que ela seja. Aprendam com nossos atos de Gauchos Valentes, estudem a nossa História talvez aprendam alguma coisa.
Fazia tempo que eu não lia um texto tão bom sobre o Grêmio.
Gostei dos “corneta filhodaputa” hehehehe!
Pra cima deles Luxa!
Dá-lhe Grêmio!
Abr.,
Paulo
Obrigado pelos elogios.
poderia eu ficar lendo e lendo esse texto umas mil veses, se nessa situação em que nosso time se encontra ainda saio uma coisa tao show, imagina se esse ano fossemos campeoes da copa?!