Renato Líder

0 Postado por - 16 de julho de 2013 - Artigos

Primeira vez de Renato na Arena. Primeira vitória. Primeiro sufoco. Vitória contra o primeiro da tabela. A primeira vez é difícil de esquecer. Os três pontos foram garantidos e isso é o mais importante.

O que mais gosto na vinda do Renato, e que não falei no meu último texto mas gostaria de compartilhar com os senhores, é que ele domina o Grêmio. Ele domina, de forma positiva, obviamente, desde o porteiro até o presidente. Em todas as entrevistas de Portaluppi, desde o primeiro ano que ele veio como treinador, em 2010, noto que ele usa muito a palavra “meu”. “Meu grupo”. “Meu Grêmio”. “Meu jogador”. Não fica como mussum liso, no melhor estilo Tite de ser, quando veio treinar o Sport Club Internacional, que em tal situação falava assim: “Eu não sou treinador do Sport Club Internacional. Eu ESTOU como treinador.” Todos sabemos que Adenor é gremista. Estava complicado para ele colocar o profissionalismo acima da paixão de piá. Ele conseguiu. Mas é necessário mostrar isso. É necessário apresentar as bolas roxas que lhe foram dadas e parar de ensaboamento.

Renato é um líder nato. É o cara que não adianta o jogador espernear contra uma decisão dele. Obviamente que essa decisão precisa ser embasada e com um verdadeiro conhecimento técnico. Tem apoio da comissão técnica, tem apoio de Fábio André e tem apoio da torcida. Talvez esse último apoio seja o mais importante de todos. Mas não adianta ser um líder nato e ser um líder ruim. Como ele mesmo diz, ele sabe a hora de dar carinho ao jogador e a hora de chutar seu respectivo saco. O equilíbrio destas duas coisas faz ser o que ele é. Disse também que, caso algum jogador, ou alguma outra pessoa, mostre a ele que ele está errado, ou que existe outra maneira de executar determinada função, ele vai acatar. É aí que ele ganha pontos. Os comandados colocam-no como líder. Outro comportamento que gosto muito nele é o de dar NO MEIO de repórteres metidos a entendedores de tudo. Tem neguinho tastaveando depois das entrevistas e saindo bem pianinho.

A primeira ação do Santo, assim como em 2010, foi reunir o grupo e dar a cada um deles a devida importância. Também falou que, se o cara quiser sair, que saia, que ele não ia empatar a foda (leia-se negociação) de qualquer um com qualquer clube. E ele está totalmente certo. Um bom infeliz rende muito menos que o meia boca motivado. Já notamos que o time está com outra postura em campo. Não só taticamente, mas nas atitudes. E não tô nem falando de comemorar carrinho, lateral ou escanteio. É a vontade resgatada de querer ganhar. Vontade de querer vestir a camisa e ser vencedor. Despertar a vontade dos jogadores quererem ser quem foi Renato Portaluppi.

Em 2010, nosso treinador observou que, se tivéssemos mais cinco rodadas, nosso time teria sido campeão. Esse ano a situação é bem diferente. Já estamos muito perto dos líderes do certame. Espero que essas cinco rodadas não façam falta lá na frente.

Dále!

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