Um GREnal inesquecível

2 Postado por - 8 de novembro de 2014 - Artigos

Eu tenho muitos GREnais inesquecíveis na minha cabeça. Pra listar por cima: a final do gaúchão de 95 com o banguzinho dando show no Olímpico; o que teve gol de nuca do Pedro Júnior em 2006 (o meu primeiro GREnal em Porto Alegre, depois de voltar do interior); o meu primeiro GREnal no Olímpico que quase desmaiei no intervalo (fazia uns 50ºC); o meu primeiro GREnal no Beira-Rio pela Sulamericana em 2008; o GREnal do século no Olímpico; o meu primeiro GREnal sozinha no Beira-Rio em 2009; são muitos, pra ser sincera.

Mas o que mais me marcou foi o de junho de 2007. Aquele que serviu de catalizador pra cicatrizar o pedaço que foi tirado de mim na final da Libertadores contra o Boca.

Essa final foi, com certeza, a que mais sugou minhas esperanças e a minha torcida pelo tricolor. Acho que nunca tinha pedido com tanta intensidade um título como o daquele ano. Quando terminou o jogo no Olímpico, eu estava arrasada. Eu acreditava muito que o Grêmio podia reverter o placar negativo da primeira partida como tinha feito outras vezes na competição, o que tornou ela inesquecível e uma das mais emocionantes que já vivi. Chegou ao ponto de eu não poder ir ao Grêmio x Santos porque passei mal de nervosismo e não conseguia respirar. Ingresso comprado, não fui ao jogo.

Essa competição me tirou um pedaço.

Só 4 dias após a perda da L.A., tivemos que encarar um GREnal no Beira-Rio. Eles eram favoritos, já que não contávamos com boa parte dos titulares importantes e ainda estávamos abatidos pela derrota do dia 20. Fomos sem Lucas, Carlos Eduardo, Tcheco, Teco e Tuta (não que isso fosse lá horrível, mas era nosso titular na época). Entre os substitutos, Ramon, por exemplo. O cenário não era nada bom.

Logo no início do jogo, depois de uma péssima reposição de bola do Clemer, o Lúcio, que foi improvisado no meio, deixou o Índio e o Ceará a ver navios e marcou um golaço. Eu fui a loucura. Saí correndo de dentro de casa e fui pra rua, gritando. Eu não esperava ver um gol daqueles. Muito menos tão cedo.

A partir dali, Schiavi, no primeiro tempo, e Gavillán, no segundo, nos salvaram em chutes do Iarley e eu continuava muito nervosa, mesmo com a vantagem no placar.

Até que depois de um passe errado do Inter, o Everton (sim, Everton) arrancou com a bola e quando eu já estava gritando com a TV por ele não passar logo a bola pra um dos dois jogadores que estavam por perto, ele tocou a bola pro lado onde não aparecia ninguém. Logo apareceu o Diego Souza correndo com vontade e dando um baita de um chute que fez a bola parar só quando morreu no fundo da rede. Enlouqueci. Saí correndo novamente em direção a rua, mas nem gritar mais conseguia. Foi surreal.

Daí em diante, o Inter tentou reagir, mas não acertava o gol.

Lembro de uma jogada que me marcou em que o Sandro Goiano dá um corta-luz, enganando o seu marcador, pra deixar a bola pro atacante, que vinha em velocidade pela direita, chutar a gol. Não esperava ver aquilo. Já tava bom demais pra mim.

No auge dos meus 18 anos, não podia deixar de devolver todas as piadas que ouvi na Faculdade sobre a final da Libertadores. Fonte: meu fotolog, na época.

No auge dos meus 18 anos, não podia deixar de devolver todas as piadas que ouvi na Faculdade sobre a final da Libertadores. Fonte: meu fotolog, na época.

Ainda me dói pensar na L.A. 2007, mas nesse dia, eu pude esquecer um pouquinho a tristeza que ainda me incomodava naquela semana. Pra mim, foi um GREnal inesquecível.

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