O que aconteceu no domingo em termos de resultado tá longe de ser surpresa. Seja pelo que o Grêmio vem mostrando, seja pelo fato de o trabalho do Felipão estar apenas iniciando.
Acho que o assunto já foi bastante abordado aqui. Então vou chamar pra reflexão um assunto que está ganhando mais destaque nos últimos dias.
O que foi cantado no domingo, no estádio Beira Rio, durante o Grenal, por parte da torcida Gremista, ABSOLUTAMENTE NÃO reflete o que eu e todas as pessoas que eu conheço de um lado ou de outro pensam da trágica morte do Fernandão.
Usar a perda de um ídolo pra tentar atingir um adversário é de uma baixeza que não está nos anais das grandes conspirações da história do mundo.
Um ato no mínimo repulsivo.
Isso me lembrou de um episódio que aconteceu depois do acidente com o vôo 3054 da TAM. No qual perderam a vida 187 pessoas.
Uma das vítimas, Rebeca Haddad, era uma gremista fanática filha de um pai colorado.
No domingo seguinte ao acidente, em um partida contra o Flamengo, o pai dessa menina, vestido com a camiseta do inter, foi até a frente da torcida e vestiu, por cima, a camiseta do Grêmio.
Ao som de “(…) para os gremistas que, lá do céu, cantam comigo (…)” entoado pela torcida em coro, uma justa e emocionante homenagem foi prestada naquele dia.
O contrário aconteceu no último domingo.
Não posso pedir desculpas. Nem fazer com que os que cantaram aquilo se arrependam.
Só posso lamentar.
E mandar um recado para aqueles que cometeram esse ato terrível: querem mudar de lado a gangorra? Comecem por seus próprios atos. Pois alguns deles envergonham muito mais que derrotas em Grenais.
PRA CIMA DELES, GRÊMIO!
16 + comentários
!00% contigo.
perfeito.
não podemos como gremistas assumir essa vergonha, essa vergonha é dos otários q cantaram. não nos representa e por mim a direção deveria expulsar do quadro social.
perfeito. e muito bem lembrada a homenagem da vítima da TAM.
Parabéns pelo post! 100% apoiado! Nós, gremistas de verdade, temos que repudiar esse tipo de ato. Temos que exigir da nossa diretoria que tome providências contra estes “indivíduos” que envergonham o clube e também a sua torcida.
Ja fiz um comentario repudiando e declarando minha vergonha pela attitude destes imbecis. O Gremio nao merece este tipo de “torcedor”, que na verdade se aproveitam de uma oportunidade para “vomitar” sua ignorancia e o desrespeito pelo ser humano. Ja esta mais do que na hora de impedir a participacao destes mau carater em jogos do Gremio. Por favor Presidente, tome uma attitude digna do nosso querido Gremio.
Além da vergonha que senti, também me fez lembrar da história do Karma instantâneo, mais do que justa a derrota.
Só fiquei sabendo do acontecido depois do jogo, mas se eu estivesse no estádio, junto com a torcida, certo que pensaria – “Não cantem isso, perderemos pela arrogância”.
Abraços e vamos em frente que o tricolor vai melhorar.
A tua crônica é simplesmente perfeita. Abs
Cara, o que a torcida fez foi se apequenar mais ainda, foi este o recurso para atingir os torcedores do inter.
Estamos ficando com a cara do inter da década de 90 que não ganhava nada e tinha uma torcida amarga dos tíulos do Grêmio.
Acorda pra vida torcedor Gremista, chega de se prender ao rival, aos seus feitos, vamos em busca de novos sonhos com novos pensamentos, vamos focar em nós.
Eu to cansado desa porra que virou o Grêmio e sua torcida, cada vez fico menos Gremista, me anoja o cântico que desferiram, que dane-se essa torcida amarga e que volte a entoar os VERDADEIROS TORCEDORES GREMISTAS, não essa minoria escrota que cantou essa porra.
De novo o bom-mocismo politicamente correto dando o tom do blog, querendo dar aos fatos uma conotação além do contexto em que está inserido. Não esqueçamos que o futebol deveria ser apenas uma guerra simulada, que no jargão do futebol é comum o uso de termos bélicos, que os cânticos são normalmente provocativos, e por vezes agressivos. Às vezes passam do ponto e caem no mau gosto, no grosseiro. E é tão somente assim que deveria ser encarado o cântico que “comemora” a morte do Fernandão, como uma brincadeira de mau gosto e não mais do que isso. Ir além é levar demais a sério o que se diz. Me desculpem os politicamente corretos e todos aqueles que defendem o controle do uso da linguagem, mas a violência verbal é a menor das violências e a postura de se levar tudo excessivamente a sério leva a intolerância, esta sim responsável por violências bem maiores. O futebol é apenas um jogo e a consequência de um cântico infeliz é nula se for ignorado ou respondido com bom humor. Infelizmente como povo nos tornamos muito mais intolerantes, perdemos a capacidade de rir de nós mesmos e de rir da desgraça.
Violência verbal não é a menor das violências! É violência e pronto Ronaldo… Está na moda agora, em nome de uma liberdade absoluta, criticar a moderação na linguagem e no proceder. Não gosto da expressão “politicamente correto”, acho-a vazia de sentido. Correto deve ser nosso proceder diante do outro, correta deve ser nossa maneira de nos expressarmos diante do outros. Nada de político isso, apenas civilizado. Devemos ser intolerantes sim com esses que se julgam acima de tudo e de todos. Sem essa da outra face Ronaldo. Brutalidade atrai brutalidade nada mais…
Zenio, em nome até da sanidade mental, o ser humano não pode se controlar e se policiar o tempo inteiro. Para isso existem os momentos de catarse, em que determinadas regras e procedimentos legais e morais ficam temporariamente suspensas. O futebol existe para isso, para extravasar, desde que isso fique somente no plano da linguagem. Depois dos 90 minutos, esquece-se tudo e volta-se à vida normal.
Se fôssemos aplicar os ditames da vida “real” ao que acontece em um campo de futebol, ou os jogos ficariam totalmente amorfos ou seríamos todos criminosos. Quem nunca chamou a mãe do árbitro de prostituta (como palavras de baixo calão, é claro)? Ao pé da letra, seria crime: injúria e difamação. Quem nunca chamou o árbitro de ladrão (aqui no blog mesmo tem a galeria dos grandes ladrões)? Ipsis literis: crime de calúnia. Metade dos cânticos de todas as torcidas contém ofensas de cunho homofóbico.
Podemos querer policiar tudo isso e tornar o estádio um lugar tão chato e formal como, por exemplo, um ambiente de trabalho.
Ou podemos entender tudo isso como uma representação, um grande teatro em que cada parte tem seu papel e quando saem dali, a imensa maioria das pessoas vão viver suas vidas normais. Nesse contexto, a única preocupação seria vigiar e punir aquela minoria (esses sim pessoas desajustadas) que não conseguem entender esse espírito do jogo, levam as rivalidades para além da representação simbólica, possuem uma cultura do ódio e fomentam a violência dentro e fora dos campos
o gremio tem um hino apenas e ele não fala de rivais, como ja se disse temos de esquecer os rivais e reinventar a nossa historia e buscar novas conquistas. até a pé nós iremos, para o que der e vier mas o certo é que nós estaremos com o gremio onde o gremio estiver.
Realmente, acusamos o golpe. Tem coisa que se brinca, tem coisa que não. Isso não é esporte, isso é civilidade.
Morte do Dener em 1994, macacos levam cinto de segurança pro estádio…
Ronaldo… oque aconteceu no domingo nao tem explicação um bando de babaca, dizendo ser gremistas, canticos ofensivos aos adversarios tudo bem, porem devemos continuar sendo humanos e respeitar as perdas, se coloque no lugar da esposa do Fernandao e de seus filhos que la estavam presentes, tudo bem que jogou no coloridos porem no meu ponto de vista Fernandao era um PROFISSIONAL EXEMPLAR E SAIBIA RESPEITAR AS PESSOAS. E Como diz o Vinicius… “que volte os verdadeiros torcedores gremistas” era lindo ver a geral empurrando nosso tricolor nos jogos do OLIMPICO, hoje a geral continua empurrando mas de uma maneira que nao parecer ser a TORCIDA MAIS FANATICA DO BRASIL… TEMOS QUE FAZER DA ARENA UM CALDEIRAO, IGUAL NOSSO VELHO CASARAO, PARA QUE OS TIMINHOS TENHAM MEDO DE JOGAR NA ARENA… E ISSO SO PODE ACONTECER COM O APOIOOO DE NOS TORCEDORES… QUE VAO AO ESTADIO APOIAR, GRITAR E VIBRAR O JOGO INTERIO….
VAMO GREMIOOOOO
Parabéns pelas colocações. Uma pessoa tem que ser muito estúpida para desrespeitar o sentimento da família do falecido.