3-5-2, eu aposto.

0 Postado por - 20 de agosto de 2013 - Artigos

A Dinamarca semifinalista da Euro 84 inovou num esquema de três zagueiros que não era defensivo. O líbero saía para o jogo quando o time estava com a posse de bola, chegando a incorporar o meio campo e, em alguns casos, o ataque.

O esquema era composto por um linha de três defensores, no meio campo havia um volante, dois alas, e dois meias armadores; e dois centroavantes um pouco abertos. O sistema foi muito utilizado na Europa nos anos 90.

O Lazaroni fez uma geração jogar assim na seleção. Não estávamos preparados ainda. O próprio sistema acabou perdendo espaço no fim dos anos 90.

O novo sistema tático aplicado pelo Renato, que por sinal ta calando a boca de muita gente, inclusive a minha, me traz algumas lembranças.

Foi trazido de volta no Grêmio naquele ótimo time que o Tite montou e ganhou a Copa do Brasil de 2001.

E o que o Roth montou em 2008, lembram? Só perdemos o campeonato brasileiro por falta de grupo. O sistema era sólido. O Tcheco tava em grande fase e tínhamos o Perea metendo gol.

Outra lembrança:

O fortíssimo time da Juventus, bicampeã italiana nos últimos 2 anos. Aliás, grande referência. 3-5-2 dos bons. Ou seja, dá pra ganhar campeonato de pontos corridos com 3-5-2, sim.

O nosso Ramiro seria um Arturo Vidal gaudério. A únca coisa que me preocupa nesse sistema é que nos jogos em casa o time precisa ser mais agressivo. Urge a volta do Zé Roberto ali no meio. É a cereja do bolo do 3-5-2 do Renato.

Até porque não estamos aproveitando cobranças de falta também. Sinceramente, não sinto falta do Elano. Bom é contar com o Vargas como opção. Não se sabe até quando o Kleber vai manter o rítmo.

Só andamos tendo boas notícias. Quem sabe já na quarta fazemos um baita jogo lá em Santos, e nos credenciamos na Copa do Brasil. E de 3-5-2, meus amigos.

2001-gremio 132381post_foto 901696-arturo-vidal MetaLivre_Selecao1990 Renato Gaúcho

 

Comparilhe isso:

7 + comentários

  • Eduardo Schwede 20 de agosto de 2013 - 18:43 Responder

    Não me vem à cabeça o esquema utilizado pelo Palmeiras ano passado na semi da BrazilCup no Olímpico, mas lembro que o Felipão fechou muito bem atrás e fazia com que o zagueiro Henrique subisse ao campo de ataque várias vezes no jogo, e, quem dera, funcionou muito bem!!!

  • Rovan Borba 20 de agosto de 2013 - 19:23 Responder

    O esquema de jogo, deve sempre ser o melhor pelo elenco disponível, e é isso que o Renato vem fazendo. Se os melhores jogadores compõe o esquema 3-5-2, é este que deve entrar em campo. Não temos um xerife para por na zaga, então, nada mais correto que fortalecer a zaga com mais um jogador. Não temos dois meias ofensivos que consideramos titulares absolutos. Por isso dois volantes, ou então até 3, que achei exagero, mas que funcionaram.

  • Hermes Tessaro 20 de agosto de 2013 - 20:30 Responder

    Mas o Zé entra no lugar de quem e em que posição?

  • Ronaldo 20 de agosto de 2013 - 22:40 Responder

    Nenhum sistema tático é perfeito. E nenhum sistema tático é imprestável. Quase todo sistema pode funcionar bem se contar com jogadores com características adequadas.
    Alguém dirá: isso é ÓBVIO.
    Pois é, é uma obviedade tão grande, mas que é ignorada por grande parte da (em sua maioria) desqualificada crônica esportiva e dos pseudo-entendidos em geral que, mesmo que em menor grau do que em outras eras, ainda são formadores de opinião. Um deles (aquele com iniciais de sanitário) apelidou o 3-5-2 jocosamente de esquema chama-derrota e vejo muitas gente no dia-a-dia repetir essa bobagem.

  • Weide 21 de agosto de 2013 - 10:56 Responder

    Oi Hermes, a escolha é difícil né?
    Mas na situação eu tiraria o Riveros.
    Ou o Souza. Daí recuaria o Ramiro para a primeira função.
    Daí ficaria Ramiro e depois numa segunda linha Riveros e Zé (mais os alas).

    Tem um negócio que eu gostaria muito de testar.
    Mas é tema de post. O Elano na ala direita.
    Abraço!

  • Eduardo Dorneles² 21 de agosto de 2013 - 17:23 Responder

    Com os jogadores que temos sempre apostei neste esquema, antes mesmo do Renato ser contratado.

    1º – porque não temos zagueiros confiáveis,
    2º – goleiro também não é confiável, não sai em cruzamentos da linha de fundo
    3º – talvez o principal motivo, temos o Alex Teles que apesar de jovem já mostrou ter coragem de buscar a linha de fundo, tem velocidade, e bom cruzamento, coisa rara no futebol hoje.
    4º – não temos meias tradicionais, que fazem o time jogar e assistem os atacantes, não arriscam jogadas individuais e nem arremates (aqui cito Elano e Zé especificamente, pois creio no Jean Deretti, Guilherme Biteco e Maxi, mas quando compus esta teoria pouco jogavam).
    5º – juntando os outros 4 motivos, conclui-se que tramando jogadas pelas pontas (onde se pega muito adversário mau postado, com laterais fracos de marcação e cobertura deficiente) com bons alas (exceto Pará, atual ponto fraco do time), não dependeríamos tanto da existência de meias especialistas em assistências, utilizaríamos muito mais a centroavância do Barcos em bolas altas, a zaga ficaria mais protegida, dando liberdade até aos volantes avançarem freqüentemente como fator surpresa no ataque, especialmente chutes de fora da área, atentos para a segunda bola ou cabeceio aproveitando os cruzamentos dos alas (exatamente as características dos melhores volantes do time: riveros, souza, Ramiro, zé).

    Outro fator tão importante quanto essa mecânica de defesa/ataque é a atenção com o adversário. Ao iniciar um jogo neste esquema dificilmente o adversário irá espelhar teu esquema, emparelhando o confronto, a maioria tem jogado em 4-4-2, 4-2-3-1 e variáveis, o time sai em vantagem por ter mais meio-de-campo, e mesmo que ocorra o espelhamento ainda há a opção de tirar um zagueiro e mudar o esquema, surpreendendo o adversário que anular o esquema 3-5-2 habitual.

    Acredito que a escalação contra o Vasco foi surpreendente, porque o Souza não vinha bem, e ainda acho que o Riveros não tem tanta técnica para propor o jogo, ficaríamos sem armação, porém jogaram muito, não esperava isso de nenhum deles, sem falar na qualidade do Ramiro e aplicação do Kleber e Barcos, mas assim como nos outros dois últimos trunfos o Grêmio se deu bem com as circunstancias do jogo – falha do Cris as 5 min. de jogo, gol do Barcos. E quando o Vasco começou a virar o rumo da partida, gol do Ramiro, e quando o Vasco voltou pro 2º tempo já estava mais resignado, o Grêmio não, voltou ligado, gol de novo. Aí sim, poderíamos ter até goleado.

    Aprimoramento do esquema e peças:
    _ Nem todo jogo as circunstancias serão favoráveis, por isso este esquema tem que aprimorar muito com variações e jogadores.

    _ a zaga precisa entrosar e treinar a bola enfiada pela linha de fundo

    _ o Dida precisa estar mais atento – mas neste caso é problema de peça, trocaria pelo Marcelo já!

    _ o Pará não funciona neste esquema, pois é mais zagueiro do que ala, e do que lateral. É disciplinado, mas perdemos o flanco direito de ataque com a ausência dele na frente. A solução que vejo é colocar algum volante ali, optaria pelo Zé Roberto, que é um jogador mais completo e acho que saberia improvisar do outro lado do campo, ele tem ultrapassagem, velocidade, marcação, algum drible e sabe cruzar. Se ele for pra lateral do campo talvez não atrase tanto as jogadas pelo meio como ultimamente, que vinha retendo muito a bola e dando passes pra trás.

    _ Guilherme Biteco – não sei, mas me parece ser um jogador com mais recursos que os outros, acho que tem mais polivalencia para atacar/defender, preencher espaços, marcar, passar, driblar e possui visão de jogo, colocaria no lugar do Souza, posicionaria no lado esquerdo, tabelando com Alex.

    _ Ataque, meu titular é Vargas, tem mais explosão e faro de gol, porém teria que se encaixar mais na atual pegada do time, marcando na frente. Como está sendo convocado com freqüência o Kleber nunca perderia ritmo de jogo.

    _ Banco: ficou fácil escalar o banco com a nova regra, pelo que vi até 12 jogadores podem estar ali, teríamos ótimas opções com Kleber, Lucas, Elano, Biteco, Jean (se um dia voltar), Saimon, Souza, Maxi (quando Vargas estiver com a seleção).

    _ Gostei muito de uma frase que li esses dias e que se aplica pra este esquema: com ataque se ganha jogos, com defesa se ganha campeonatos. Fecha bem atrás, não toma gol que o ataque irá fazê-los.
    (lembrei de um exemplo, a campanha de 2008, 3-5-2 com goleiro, zaga e meio bons, mas deficiente nas alas e no ataque, fomos vice com a melhor defesa e criávamos muitas chances de gols, desperdiçados por Perea e Marcel)

    Resumindo: 3-5-2: Marcelo – Werley, Rodolfo, Bressan – Zé, Ramiro, Riveros, G.Biteco, Alex – Vargas, Barcos

    Variação para o 4-3-3: Marcelo – Ramiro, Rodolfo, Bressan, Alex – Riveros, Zé, G.Biteco – Kleber, Vargas, Barcos

  • Eduardo Schwede 21 de agosto de 2013 - 18:45 Responder

    “O Elano na ala direita” por Weide…

    Tua suposição é pensando num ganho ofensivo né? Pois é, se assim for, também ja tinha pensado nisso, o problema é que o kara não tem muito fôlego, é 2 ou 3 subidas e já eras. Teria que encostar alguém perto dele pra proteger a subida dele. O Riveros por exemplo é um kara que gosta de subir junto com o time.

  • Deixe uma resposta