Acabados

0 Postado por - 5 de dezembro de 2011 - Artigos

Nosso último compromisso futebolístico foi ontem e estamos devidamente acabados junto com o ano de 2011. Terminamos como começamos: jogamos, no mínimo, de igual para igual, com a dificuldade imensa de colocar uma bola na rede e tramar jogadas ofensivas. Aquele time de 2010, com o Jonas trucidando defesas, ficou lá, num passdo distante. Ficamos o ano inteiro sem atacante – seja por lesão, seja por má forma, seja por má vontade, seja por solidão. Três técnicos passaram. Pensando bem, um 12º foi de bom tamanho – já vi esse filme de três técnicos e o final foi bem mais apavorante.

O jogo foi uma bela duma porcaria. O pavor do nosso adversário estava estampado no rosto e nas atitudes dos torcedores, que mais torciam pelo radinho do que pelo seu time. Nós não ajudávamos – estávamos jogando com cara de paisagem, como se aquele jogo não fosse um clássico, mas sem nenhuma ambição mais séria, cozinhando um galo velho. Um reflexo do ano inteiro, diga-se, onde a base do time pouco se alterou. Isso é um sintoma: o entra e sai de treinadores não ajudou em nada. Assim, quem seria o problema?

Não responda ainda. Ontem o nosso demissionário treinador fez mais uma das suas. Fábio Rochemback, que vinha descontado do joelho há horas, estava encostado no estaleiro há cinco jogos (incrivelmente o mesmo período que não fazíamos pontos). Era o último jogo do ano. Por que colocá-lo para jogar? Estava visivelmente lento e não teve tempo de sair da frente do jogador deles, cometendo um pênalti bisonho. Depois disso, a tradicional bagunça do “abafa” tricolor, que mais tira o nosso fôlego que o da defesa adversária. A última alteração veio aos 40 minutos do segundo tempo, deixando o time só com um meia e três atacantes perdidos no meio da defesa. E aí, de quem é a culpa?

Só mais uma consideração. Depois de mais uma derrota, a bomba de fumaça do nosso presidente ninja foi anunciar o previamente anunciado e dar mais um dos seus “discurso arena” (baita neologismo do Marinho Saldanha). Isso me  lembra outros dirigentes que falavam de ônibus e sites. O desempenho de campo foi similar e a negação disso também. Os jogadores não funcionaram, nem os treinadores. Tem horas que a direção tem que tomar as rédeas. Porém, com essa, acho é que nós tomaremos em outro lugar…

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