Duro: Grêmio 0x0 Cerro Porteño

0 Postado por - 18 de abril de 2018 - Artigos, Galeria dos Grandes Ladrões

O Grêmio precisou voltar ao Paraguai, como no ano passado, para jogar a última partida do primeiro turno. E, tal qual em 2017, voltamos com um empate em um jogo duro que podia ter sido vencido pelo tricolor. A atuação forte na marcação e querendo jogar bola ressaltou ainda mais as qualidades da nossa defesa. Foi a primeira vez em muito tempo que o tricolor enfrentou um adversário que não quis ficar com 11 atrás da linha da bola e demorou um pouco para se adaptar, principalmente pela ausência de Luan – que faria chover com o espaço que o adversário deu. Sim, era pouco, mas era muitíssimo mais que nas últimas 15 partidas que fizemos no ano.

A escalação poupou alguns jogadores: Luan, que nem viajou, Maicon e Léo Moura. E esse foi o nosso maior problema no primeiro tempo. Cícero ficou muito apagado, era praticamente um a menos na função do Luan. E isso atrapalhou demais a posse de bola ofensiva. Não tínhamos alguém buscando a bola entre os volantes para iniciar as jogadas e o Grêmio pareceu ter um buraco no meio de campo. Madson e Jaílson não estão acostumados a cuidar da bola e sofremos enquanto tentávamos rebater toda a bola que eles tentavam costurar no ataque. Aí foi duro: rifávamos a pelota que sobrava pra eles repetirem o ataque.

O resultado foi o Grêmio ter menos posse de bola que o adversário – algo que não acontecia há muitos jogos. Mesmo assim, as chances deles foram de chutes de fora da área, para duas boas defesas do Grohe. Do nosso lado, quase fizemos com o Everton, que precisou desentortar um passe do Cícero para chutar desviado e o goleiro deles fazer uma defesa incrivelmente sem querer. Mas a melhor chance de gol da primeira etapa foi ridiculamente sonegada pelo juiz da partida. Germán Delfino voltou a ser o melhor jogador do adversário e não viu um pênalti claríssimo no Éverton. Faltam palavras para descrever a raiva que eu sinto desse Grande Ladrão. O cara que já tinha nos operado na Libertadores de 2017 repetiu a dose. Duro. Mas, pra quem acredita em SINAIS DO DESTINO esse é mais um, certo? Fase de grupos jogando na Venezuela, no Paraguai (empatando fora) contra um time com Palau e Novick, ser roubados fora de casa… já vimos esse filme.

Everton, outra vez o melhor do jogo. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Na volta do intervalo o Renato mudou o meio campo do Grêmio. Jaílson ficou na frente da área, pra impedir os chutes de fora, Cícero recuou para formar um losango com o Arthur e o Everton ficou na do Luan, revezando com o Ramiro. E acabou o adversário. Viramos a posse de bola, controlamos o jogo, mas tivemos poucas chances claras. A entrada do Michel no lugar do Cícero solidificou ainda mais o sistema defensivo e o Alisson no lugar do Arthur – que não repetiu a partida espetacular do ano passado lá – deram mais movimentação e o adversário, também cansado, deixou de atacar de vez.

Mas a melhor chance da segunda etapa veio com Geromel, em uma cobrança de escanteio. O goleiro rateou e o nosso 3 pegou de meia bicicleta. A bola caprichosamente bateu na trave e saiu. Tony Anderson ocupou a vaga de outro sumido no jogo, o Jael, e teve uma boa chance mal finalizada nas mãos do goleiro. Se não ganhamos também não perdemos o confronto mais duro que tivemos desde a Recopa. Agora na volta temos totais condições de vencer o jogo na Arena. Se tudo der certo, com Luan, Léo Moura e Maicon em campo, tendo mais posse de bola desde o início e mais criatividade para criar mais.

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1 comentário

  • Dionatan 21 de abril de 2018 - 15:07 Responder

    Os caras não se criaram. E falta alguém com a dinâmica do Luan no time. Depois da janela as coisas ficarão mais claras para a possibilidade de mais títulos.

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