Ontem postei sobre o que tinha sido um GREnal inesquecível pra mim. Foi aquele dos 2×0 no Beira-Rio, 4 dias depois da final da Libertadores de 2007.
Ontem foi um dia parecido com aquele. A diferença maior é que eu estava no estádio. E foi uma loucura.
Cada gol, cada jogada. Foi um BAITA jogo. O Grêmio soube se impor e soube se defender. O gol achado do Rafael Moura em nada estragou a festa. Na hora fiquei “de cara” porque três jogadores do Grêmio deixaram ele levar a bola até o chute, mas depois pensei bem e vi que ninguém em sã consciência pensaria que o He-man iria acertar aquela bola. Passou depois do terceiro gol, 4 minutos mais tarde.
Jogadas bem trabalhadas desde a primeira chance de gol com o Dudu, onde foi marcado impedimento. Foi um bom passe do Barcos praquele que, pra mim, se não fosse o Alán Ruiz, teria sido o melhor do jogo.
Até nos chutes ruins, como o do Ramiro de fora da área e do Barcos do mesmo lugar, mas mais para a esquerda, mostrávamos qualidade chegando na frente com uma certa facilidade. A zaga do Inter é uma mãe. A sorte deles é que o goleiro não merece a zaga que tem e fez algumas defesas que não nos permitiram igualar ou passar a Chapecoense em quantidade de gols nos vermelhos.
No momento do primeiro gol, um lindo passe do Barcos pro Dudu, que driblou dentro da área e deu o presente pro Luan completar pras redes. Muito bem trabalhado. A arquibancada explodiu, quase que tendo a certeza de que ganharíamos por 1×0, afinal, esse era o Grêmio que tinha apenas 27 gols no Campeonato Brasileiro e que dificilmente marcava mais de uma vez por jogo. Mas esse era um dia diferente e a festa tinha acabado de começar.
O único momento de preocupação que tive foi na bicicleta do Nilmar. Esse tipo de gol só pode ser feito por um cara, como ratificou o Jardel.
Fonte: twitter.com/Jardel16Oficia1
No segundo gol, um belo passe do Luan pro Ramiro que completou pra rede como a bola veio, sem firula. Outra boa jogada, outro gol. Mais uma explosão de euforia na torcida. Foi lindo de ver.
Os 18 minutos seguintes ao gol do Rafael Moura me deixaram um pouquinho tensa, afinal 2×1 é um resultado perigoso. Mas o Grêmio seguia com vontade de jogar e principalmente de vencer o jogo.
Quando vi a substituição anunciada na plaquinha, ali pelos 22″, de novo fiquei inquieta. Entrava Giuliano e eu queria logo o Alán Ruiz pra expulsar alguém do Inter e dar um toque qualificado ao meio. Mas o Felipão sabe das coisas e o Giuliano me surpreendeu. Eu que achava que ele estava jogando mal nos últimos jogos, gostei muito da atuação dele. Principalmente do chapéuzinho dado no D’alessandro e a jogada individual com finalização forte mais para o final do jogo.
Aí, entrou O CARA do GREnal e 2 minutos depois tava fazendo o seu primeiro gol. Alán Ruiz completou pras redes depois de um cruzamento do Zé Roberto, cobrando falta. O Ruiz queria cruzar aquela bola, mas o Zé mandou ele ir pra área. A reação do nosso lateral, virando pra torcida e gritando, foi demais. Outro senhor que sabe das coisas e deve ser respeitado. Nessa hora, o estádio enlouqueceu. Já sabíamos que a vitória não escaparia mais e só 5 minutos depois, o argentino marcava de novo. Um chute com a mesma vontade que ele tinha de expulsar o D’alessandro, depois de passe do Giuliano. Aí, sim, a arquibancada explodiu.
Alán Ruiz foi comemorar na frente do banco de reservas do Inter. Eles não gostaram. Iniciaram um empurra-empurra por nada, só pra chamar atenção e alguém lembrar que eles estiveram em campo ontem. Totalmente desnecessário. Mas a torcida nem tomou conhecimento, continuou a festa até depois do apito final, com Felipe Bastos pulando na frente da Geral e o Marcelo incentivando o estádio todo a cantar.
No final, tudo certo na Arena. No aniversário do Felipão, todos os gremistas puderam comemorar junto. Essa declaração dele me emocionou depois do jogo:
“Foi o ápice, a coroação de uma carreira, que eu nunca achei que ia acontecer, vencer um GREnal pelo Grêmio, o time do meu coração, no meu aniversário, e ainda por 4 a 1. Eu devolvo ao Grêmio a possibilidade de eles acreditarem no trabalho que está sendo feito.”
E não tem como não acreditar. Estamos em 3º lugar, passamos o Atlético-MG pelo saldo de gols e quando Felipão chegou estávamos em 10º. Ele sabe das coisas, não adianta. Seguirei acreditando, rumo à Libertadores de 2015.
Deixo uma imagem de despedida:
Não precisa legenda. Fonte: instagram.com/alanruiz11
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