O desempenho de G-4 do Grêmio+Roger no Brasileirão

7 Postado por - 15 de julho de 2016 - Artigos

Roger fará o seu 50º jogo de Brasileirão no comando do Grêmio contra o Sport, na Ilha do Retiro, nesse domingo, às 18:30. Coincidentemente fora de casa, como foi a sua estreia contra o Goiás. Aquele jogo rendeu um empate ao Grêmio – coisa que muitos queriam antes da bola rolar, mas lamentaram pós apito final (como bem contou o Minwer). A situação de momento do time era: depois de empatar em casa e perder pro Coxa fora, uma vitória com o James de interino e o empate ali, um 13º lugar – pior posição do Grêmio nessas 49 rodadas. Na 50ª, na pior das hipóteses, permaneceremos em 3º, dentro do G-4 (temos 4 pontos de vantagem do Santos). Uma rotina para o torcedor tricolor desde que essa dobradinha iniciou.

Enquanto as melancias se acertavam, nas rodadas 5-6-7 ficamos em 9º-12º-7º respectivamente. Aliás, desde a sexta rodada do Brasileirão 2015 não figuramos entre a 10ª e 20ª posição do campeonato. Assim, de 49 rodadas disputadas, ficamos entre os 9 primeiros em 47 oportunidades. Não dá pra contar muita vantagem, mas tem times grandes do certame nacional que não podem dizer a mesma coisa. Talvez apenas o Corinthians possa contar essa história. E olhe lá.

O Grêmio chegou ao G-4 com o Roger pela primeira vez na 10ª rodada de 2015. Isso aconteceu há 42 rodadas. Desde lá figuramos nessa zona de classificação em 37 rodadas (89% do total). No campeonato passado ficamos 26 partidas de um total de 29 nessa zona (saímos entre as rodadas 14-15-16, quando figuramos em 5º-6º-8º). Contando todo o período sob o comando de Roger, são 26 em 35 rodadas (74% do total). Nesse ano, de 14 rodadas, 11 delas foram no G-4 (78%). Com o apito final em Recife serão 38 rodadas (de 50) no G-4, ou seja, em 76% das rodadas com Roger no comando.

Desempenho posição x rodada desde que o Roger assumiu o Grêmio.

Desempenho posição x rodada desde que o Roger assumiu o Grêmio.

O Grêmio figurou uma vez na primeira posição (4ª rodada de 2016); quatro vezes em segundo (11ª de 2015, 3ª, 5ª e 6ª de 2016) e duas vezes em 4º (10ª e 13ª rodadas de 2015). Em outras TRINTA oportunidades o Grêmio ficou em terceiro na tabela. Desde que o Grêmio ingressou a primeira vez no G-4 com o Roger, apenas em 7 oportunidades não estivemos em terceiro. Se por um lado isso é meio frustrante (se ignorarmos que é dificílimo tirar o time do Roger do seleto grupo dos três principais times do campeonato), por outro, se analisarmos só esse ano, os números são mais animadores. Em 2015 ficamos apenas uma vez em segundo. Agora, já tivemos uma rodada em primeiro e três em segundo – o que é quase o mesmo que as sete vezes que aparecemos em terceiro nessa temporada.

É claro que todos esperam que o Grêmio suba um patamar e seja campeão. Os números mostram que a parte de aprender, de ganhar experiência, já está se encerrando. Mas eu quero mostrar, no fim das contas, é que estamos no caminho certo. Com Roger, com manter a base, com não fazer loucuras. Precisamos seguir assim, por mais incômodo que não ter um título seja. Nesses quinze anos jogamos muito trabalho bom  no lixo por causa disso. E, olha, aposto que, se tivéssemos feito o contrário, já teríamos terminado com esse jejum enquanto ainda se chamava fomezinha.

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12 + comentários

  • Jonatha Zimmer 15 de julho de 2016 - 07:54 Responder

    Parabéns pelo levantamento destes dados Fagner.

  • Luciano Réus 15 de julho de 2016 - 08:06 Responder

    Favor trocar o comentário anterior por este, pois ficou com erros de digitação

    Se o Grêmio pensa de fato em ser campeão precisamos somar os seis pontos em casa contra corinthians e Palmeiras, e assim já seremos líderes automaticamente em pouco tempo. Ou seja, o título só depende de nós e de mais ninguém….

  • heraldo 15 de julho de 2016 - 08:25 Responder

    pensei nestes dias, ano passado ficávamos brigando 3-4-5, este ano,1-2-3,se continuar nesta toada,quem sabe ano que vem 1-2

  • Alvaro 15 de julho de 2016 - 08:42 Responder

    Existe muita ansiedade da parte jovem da torcida, e alguns não enxergam que estamos tendo equilibrio e constância, coisa que nesses ultimos 15 anos não tivemos, o time mudou pouco do ano passado pra esse, o tipo de jogo se mantem… jogadores da base evoluindo.. Everton, Jailson… Só vejo um time capaz de tirar de nós o titulo, o Palmeiras.. que tbm terá perdas importantes para as olimpiadas… Eu realmente acredito que um titulo importante esteja próximo, mas teremos que manter esse pensamento e essa proposta que vem desde o ano passado, pq se não for esse ano, não podemos jogar tudo fora como você disse.

  • Joao Gabriel Silva 15 de julho de 2016 - 08:54 Responder

    baita levantamento, parabéns Fagner!

    o que eu acho mais incrível disso tudo é que não tem nada novo aí, nenhuma fórmula mágica, e sim a receita que sempre se soube que daria resultado, mas que por motivos DIVERSOS nunca foi executada:

    um bom treinador, com o mesmo grupo por mais de 6 meses. os resultados serão fruto de planejamento! BINGO.

    pq tanto tempo esperando isso, grêmio?

  • luiz 15 de julho de 2016 - 09:27 Responder

    O time do Equador, Independiente del valle, está a 4 anos com o mesmo técnico. Nem.foi campeão equatoriano, e está na final da libertadores.Continuidade e persistência é tudo.

    • Jair 17 de julho de 2016 - 21:10 Responder

      Cuca tem quatro meses no ‘Parmera’ e lidera com folga.
      Pela simples lógica da continuidade, ano que vem não terá campeonato pra disputar, pois o Mundial será apenas o lanche.
      Mas não é assim; só a continuidade não garante nada.
      Bernardinho há 500 anos à frente da seleção de vôlei perdeu hoje para a ‘novata’ Sérvia.

  • Jean 15 de julho de 2016 - 10:08 Responder

    Eu concordo contigo, Fagner.

  • Gilso 15 de julho de 2016 - 10:33 Responder

    Bom dia!!

    Baita levantamento, e concordo com sua aposta, pois todos os exemplos de técnicos que permaneceram por mais tempo em algum clube, foram de um resultado excelente. Marcelo Oliveira no Cruzeiro, Tite no Corinthians, sem contar os clubes Europeus. O trabalho de Roger com certeza gerará frutos e nós torcedores só temos é que confiar e apoiar o Grêmio. Empurrar o time em momentos de dificuldade e mostrar a garra e a imortalidade com que nos acostumamos ao longo dos anos.

    Não teremos sempre vitórias para comemorar, mas quando elas vierem, devem ser comemoradas como se fosse uma final de copa. O torcedor sente essa energia e se contagia dela. Um Fred erguendo a torcida depois de um corte bem sucedido na linha de fundo, um Douglas chamando o povo pra dentro do campo em um abafa no time adversário… Garra e Raça que esta em nosso DNA tricolor!!!

    2016 será Azul, Preto e Branco… e no fim desse ano, teremos grandes feitos a serem celebrados!!

    Abraços…

  • Grêmio Teórico 15 de julho de 2016 - 10:36 Responder

    Uma das análises mais interessantes que vi ultimamente sobre o comando do Roger. Parabéns

  • tche 15 de julho de 2016 - 12:34 Responder

    O Grêmio há anos vem fazendo campanhas consistentes no Brasileiro, com Roger então virou regra.
    Falta o algo a mais para não ficarmos nessa de Arsenal, sempre em 3º ou 4º… Se em algum futuro próximo pensarem em demitir o Roger, cancelo meu título de sócio na hora.

  • Yul 16 de julho de 2016 - 00:11 Responder

    Um dos maiores problemas no Brasil é que técnico não fica muito tempo. No máximo dois anos (há exceções). Isso é ruim para um trabalho a longo prazo. E é no trabalho a longo prazo que se ganha campeonato hoje em dia. É preciso construir base, estruturar as áreas importantes, criar entrosamento, e criar uma equipe que confie em quem tá no comando.

    Por isso que times como o Manchester United manteve um Alex Ferguson por 25 anos, e foi campeão na maioria deles. Se o Grêmio quer ser campeão, precisa ter esse pensamento. E saber que não se ganha sempre, mas que a base do trabalho permanece

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