Aos trancos e barrancos o uso do naming rights pelas arenas de futebol vem se espalhando. Entretanto a falta de simbiose entre patrocinadores, clubes e meios de comunicação estão dificultando negócios e a evolução do mercado da bola. Além de problemas estruturais, que também afugentam os prospects.
Hoje sei que temos: Itaipava Arena Fonte Nova, Arena Itaipava do Nordeste, Allianz Parque. Não lembro de mais nenhum, excluindo obviamente o pioneirismo paranaense da Kyocera Arena.
Enquanto por aqui corremos atrás do próprio rabo dizendo amém para a toda poderosa Globo, nos EUA e Europa essa prática é largamente explorada e seus números são bem maiores. Mas também tem retornos muito maiores de um mercado mais organizado e rico. Por vários anos a Globo vem prometendo flexibilizar a pronúncia correta dos nomes dos estádios, mas tacanhamente olha para o “prejuízo” direto e não pensa no potencial indireto de lucros. Eles alegam que estariam fazendo propaganda gratuita para os anunciantes narrando seus nomes na transmissão e por isso criam apelidos para os estádios. Mas não pensam no ciclo virtuoso que mais dinheiro investido no clube pode pode trazer para os intervalos de futebol.
É um pouco estranho esse comportamento da emissora tendo em vista que para alguns outros seguimentos não vemos tanta preocupação. Seguidamente vejo no Jornal Nacional os apresentadores falarem: Foi internado as pressas no Hospital Alber Einstein o fulano de tal. O músico tal fará apresentação no Credcard hall. Tem lógica isso?
De qualquer maneira a hegemonia da emissora vem sendo testada. Os canais especializados como a Fox Esporte e Esporte Interativo vem ganhando muita audiência. E nesses canais além de termos uma transmissão qualificada e comentários bem embasados, não há esse tipo de regulação com o naming rights. Inclusive o nome da competição é narrado por completo, como a Copa Bridgestone Libertadores.
Pra destrinchar um pouco os números:
Itaipava Arena Fonte Nova – Contrato de 10 anos – 10 milhões anuais
Arena Itaipava do Nordeste – Contrato de 10 anos – 10 milhões anuais
Allianz Parque – Contrato de 20 anos – 15 milhões anuais
Corinthias Arena – Perto de anunciar (a pedida era de 400 milhões por 20 anos)
Etihad Stadim – 69,2 milhões de reais anuais
Old Trafford – 64,3 millhões de reais por ano
Emirates Stadium – 25,6 milhões de reais anuais
E pelos nossos lados?
Depois de negociar com o banco chinês ICBC, houve um burburinho sobre a Ricardo Vontobel estar a frente de uma negociação em nome da Heineken, mas nada evoluiu. Será que depois que acabar a novela Grêmio/OAS acontece algo?
E isso abre espaço para o meu último tópico. Infra!
Já pensou se alguma operadora de telefonia móvel tivesse interesse em investir? O meu celular nunca funcionou dentro da Arena. E uma marca de cerveja que não poderia vender seu produto em dias de jogo? E um banco que hoje em dia só fala em praticidade e conforto. Associaria o seu nome à uma arena com dificuldades de acesso? Nessa onda só sobraria como possíveis patrocinadores empresas de seguro.
Enquanto isso ficamos só no:
Bora Patrolar.
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