Enorme: Grêmio 2×0 Tucuman

1 Postado por - 19 de setembro de 2018 - Artigos

Alissson, o baixinho enorme, foi o nome do jogo na Argentina.

Um Grêmio enorme irrompeu em Tucuman e acabou com o Atlético da cidade. A vitória de 2×0 veio principalmente dos pés de Alisson, o iluminado, que foi colocado no time titular pelo Renato para suprir a falta de um centroavante. Luan fez o falso 9, Ramiro fez um tripé com Cícero e Maicon e o Grêmio de 2018 tá se reinventando em um 4-3-3 que muitos diziam impossível. Para o Renato, o estudioso Renato, nada é impossível, nada é impensável. E é preciso recompensar quem está na melhor fase – isso é típico do nosso treinador. Alisson já tinha gastado a bola no Sábado, repetiu a dose ontem.

Sim, no início do primeiro tempo veio uma pressão dos donos da casa, tal qual já tínhamos visto acontecer. Mas o Grêmio estava mais ligado e não deixou aquele primeiro nervosismo virar gol. Um pouco do nervosismo provavelmente veio pelos escanteios seguidos nos primeiros cinco minutos de jogo. No mais perigoso deles, a bola passou por todo o mundo e parou no pé do centroavante, que chutou pro gol e foi travado pelo Alisson. Esse era o seu primeiro gol pelo Grêmio na partida. Eles ainda tiveram boas faltas para bater, mas nós temos goleiro: Grohe fez duas baitas defesas.

O time começou a se acertar aos poucos. O sistema novo, sem centroavante para disputar a bola, muito erro de passe por problemas de posicionamento, mas com o andar da carruagem, as melancias se acertaram. E o time cresceu muito. A virada de bola rápida de um lado pra outro encontrava espaços. Primeiro com Everton, que não conseguiu bater bem e o goleiro pegou. Depois com Alisson, que demorou um pouco e precisou limpar o zagueiro pra bater bonito, mas fraco, pro goleiro defender. Aí só sobrou pro Tucuman usar o recurso do Estudiantes (e do Inter): matar a jogada com faltas na nossa intermediária.

Foi exatamente numa jogada dessas que abrimos o placar. Uma bola quilométrica pra área, a casca perfeita do Cícero e a finalização enorme do Alisson, de chapa, indefensável. Tava 1×0, mas era o segundo gol do Alisson, o baixinho enorme, no jogo. Aí o Grêmio respirou melhor e começou a tomar conta do jogo. Se os passes pareciam ainda um pouco ruins em alguns momentos e a gente não tina a posse de bola, pelo menos não sofremos mais nenhum perigo. E as coisas ficaram ainda melhores quando Alisson recebeu uma bola vinda de um escanteio espanado pra puxar o contra-ataque, foi travado e levou um pisão. O lance foi revisado no VAR e o cartão amarelo foi mudado pra vermelho. Era o terceiro gol do Alisson.

Alisson tá CHAPANDO pro gol. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

No segundo tempo o Grêmio voltou ainda mais tranquilo e mais enorme. Antes dos 10 minutos veio a segunda bordoada. Em boa jogada longa de Léo Gomes, Alisson partiu em profundidade e fez um passe milimétrico para o Everton só jogar pra dentro. Tava 2×0, mas foi o quarto gol do Alisson. O adversário tava morto, um zagueiro suspenso pra partida de Porto Alegre, o meia expulso cumpre suspensão, o lateral direito saiu contundido e também não deve jogar. Aí o Maicon forçou o terceiro amarelo, já visando a semi-final, e saiu para a entrada do Thaciano. Depois Alisson saiu, para ser aplaudido e dar lugar para o Pepê. A terceira mudança foi o Douglas no lugar do Luan. E a gente podia ainda ter feito o terceiro gol. Pepê puxou um excelente contra-ataque e serviu o Everton, que tentou bater de primeira e errou o gol. Provavelmente por que o Alisson não tava por ali.

Para o jogo da volta a Arena tem que lotar. Não tem garantia nenhuma de que vamos passar, mas estamos muito na feição para deixar passar. Temos que ser sérios, mas temos que entender que temos sim uma excelente vantagem. Demos um passo enorme para a próxima fase. Temos que jogar essa semifinal.

E obrigado, Edílson, por reforçar o Grêmio tão bem para 2018. Pouca gente seria tão gremista a ponto de fazer o que tu fez nessa temporada.

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